"Não julgue o livro pela capa!"
O velho ditado popular que ninguém dá a mínima. Francamente, não sei se existe alguma publicação que tenha uma capa com visual de pobre qualidade com uma história incrível de tirar o fôlego, mas sei que existe histórias com títulos incríveis e idéias tão boas, mas com uma história péssima. É muito triste pra quem busca ler verdadeiras obras de arte e se enganar pela beleza do designer da capa e/ou do título. Infelizmente, notei que a plataforma é um lugar onde pessoas escrevem a vida que queria ter em forma de histórias chinfrinhas com 0% de criatividade. Sei que muitos escrevem sem o desejo de se tornar o "famosinho" do wattpad, e simplesmente querem registrar seus "belos" pensamentos por aqui, mas tem MUITOS que levam sua(s) história(s) muito a sério, tratam como se fosse uma obra de arte, algo revolucionário da história da literatura brasileira do séc XXI, e acaba se notando que é um amontoado de merda atrás de merda. Eu não sei o que é pior: Pessoas que escrevem essas "super histórias"; ou os seguidores que bajulam a história como se fosse um livro do grande John Green.
Há histórias com títulos tão óbvios, mas tão óbvios que você, leitor, nem precisa ler a sinopse, e nem a história! Afinal, já é totalmente previsível o que vai acontecer no final. Os títulos de hoje além de ser clichês, não são criativos, não despertam interesse nenhum, mas são tratados como se fossem grandes descobertas de títulos inovadores. É preciso buscar inspiração, ser original, pesquisar a origem das palavras que compõem o título, isso torna mais atraente, desperta a expectativa de inovação e a esperança de uma história memorável. Pode haver publicações que não tenha um designer de capa visualmente agradável, mas mesmo assim há títulos que chamam muito atenção e se saem melhores do que vários títulos de outras histórias por aí. Considero o título o marketing inicial e principal para o que pode ser uma grande história.
Hoje, o que está na moda (mesmo sendo ultrapassadíssimo) é aquele "clássico" romance mixuruca da "princesa e plebeu" dos dias atuais onde a riquinha consegue namorar o pobretão vagabundo popular da favela que não gosta de estudar, nem trabalhar, que não tem onde cair morto, que não tem dinheiro pra comprar UM salgado de R$ 2,50 na esquina de sua casa, sendo que na realidade, esse tipo de união não existe (ou é raríssimo de acontecer). E a "criançada" ama esse tipo de história, afinal percebe-se que elas, querem esse tipo de pessoa pra vida delas ao invés de desejar pessoas melhores e assim poupar vergonha e muita dor de cabeça. E isso tudo porque o "amor não tem limites." Usam esse argumento pra justificar o nível baixo de inteligência na hora de fazer suas escolhas amorosas. E foi a partir dessa "moda" que surgiram mais histórias estúpidas desse gênero, praticamente com o MESMO enredo, porém com títulos, pessoas e lugares diferentes, mas é tudo a mesma merda; e é aqui que começo a falar das sinopses.
Há muitos elementos e formas de contar histórias que aborde a temática da 'união das diferenças diversas', ou seja, a união amorosa e/ou de amizade entre personagens de diferentes contextos de vida e conduta. Mas é um grande saco quando apelam para as pieguices românticas baratas e genéricas (clichês [vai ser a palavra que mais vou usar nesse livro]). Como eu disse no primeiro parágrafo, percebo que essas palhaçadas que chamam de "histórias" são nada mais que um reflexo da vida que o(a) autor(a) sonha em ter, desde as mais pequenas doideras até as mais fantasiosas sem algum nexo, e o pior é que essas histórias se deixam ser levadas à sério no intuito de tentar fazer o leitor 'imergir' de maneira que faça se colocar no lugar do personagem destacado emocionalmente e psicológicamente, sendo que toda história é um total desperdício de boas idéias, preferem apelar pra "melosidade" sem propósito ou critério. Parece que não sabem abordar essa temática sem aplicar esses melodramas adolescentes horríveis.
Para que haja maior compreensão, darei exemplos do que me refiro quando falo sobre união das diferenças diversas:
- O pobretão e a ricassa
- A pobretona e o ricasso
- O "super social" e a "super tímida"
- A "super reservada" e o "super desinibido"
- O anjo e demônio
- Anjo e o ser humano
- Demônio e ser humano
- Seres mitológicos (deuses, vampiros, entidades, monstros, etc.) e o ser humano
- Religioso (a) e ateu (ia)
E muitos outras diferenças que se unem por uma boa causa ou não.Além de ter títulos óbvios na grande maioria das histórias (que são uma bosta!), as sinopses são escritas por pessoas que NÃO SABEM ESCREVER UMA SINOPSE! Sinopses que praticamente conta a metade de TODA A HISTÓRIA e acabam perdendo a graça, não desperta interesse ou curiosidade. Sinopse tem que ser contada apenas um pouco do que vai acontecer e não a história completa. Outras são expositivas ao ponto de fazer o leitor querer pular os capítulos pra não ter que ler informações repetidas da sinopse, isso é horrível e desnecessário.
Uma sinopse boa é aquela que é curta e direta sem dar spoilers do que pode ou não acontecer nos próximos capítulos; informações básicas e precisa de fácil compreensão. Pense nisso!
Se você conhece alguma historia boa e deseja me recomendar, comente. Será um prazer aderir uma sugestão sua.
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Uma Gota de Criatividade No Oceano De Clichês.
RandomEssa "linda história" tem como intuito abordar o fato do quanto é um pórri ler histórias infantilóides feito por crianças retardadas que escrevem pra outras crianças retardadas, histórias com a mesmíssima sinopse porém com títulos diferentes (clichê...