18. Venice Beach

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*chat Bailey e Sofya*

Bailey: Plotnikova, vamos conhecer mais um lugar hoje? Eu queria terminar logo o trabalho...
Sofya: Pode ser, May. Temos que ir em só mais dois lugares. Onde vai ser hoje?
Bailey: Venice Beach?
Sofya: Ok, te encontro lá às 16:00

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• Bailey •

Era com toda certeza o meu lugar favorito e o mais bonito da cidade. As árvores, a praia, a pista de patinação e skate. Era maravilhoso.

Quando cheguei a Venice Beach, Sofya já estava lá. Ela parecia ter chegado há muito tempo pois já estava suada, e como estava com patins nos pés, deduzi que estava patinando há alguns minutos.

Me aproximei dela, desejando que ela me visse e eu não tivesse que incomoda-la, mas isso não aconteceu. Ela estava distraída, e enquanto patinava dava uns saltos e giros. Eu nunca conseguiria fazer isso, sobre rodas eu só levo tombos.

Ela parecia ter perdido o controle, pois vinha correndo em minha direção, tentando se equilibrar. Ela estava caindo, e eu fui correndo para segura-la. A menina podia ser chata, mas eu não iria deixar ela se machucar.

- Nossa, muito, muito obrigada. Não sei o que aconteceu! Eu não costumo cair com os patins! Muito obrigada mesmo. - E então ela levantou o rosto e me viu - Ah, é você May.

Ela ainda se levantava, meus braços ainda estavam ao seu redor, mas ela não parecia ter percebido.

- Eu me atrasei? - perguntei

- Na verdade, não. Está até adiantado. - disse conferindo o relógio que tinha no pulso - Eu que cheguei muito cedo. Faz meses que não patino aqui, resolvi matar as saudades. Eu, Heyoon, Hina e Shivani sempre vistamos esse lugar. Acho que Sina ainda não conhece, temos que apresentá-la essa maravilha.

 Acho que Sina ainda não conhece, temos que apresentá-la essa maravilha

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- Claro, claro. - Falei, ainda a segurando - Será que pode se equilibrar somente com as sua pernas, princesa.

- Foi mal - ela disse se afastando - Vamos começar?

- Quando a princesa quiser! - Falei

Tiramos algumas fotos, de diferentes ângulos e entrevistamos algumas pessoas para as perguntar o que mais gostavam na cidade. As pessoas vinham de vários cantos do país, de diferentes lugares do mundo.

Quando terminamos de fazer o que precisávamos, Sofya tirou seus sapatos e foi correndo em direção a areia. Eu fiquei admirando-a do alto do calçadão, enquanto a menina ria e dançava na areia. Ela parecia não se divertir assim há séculos.

- Bailey! - ela gritava - Desce aqui! Vem se divertir um pouco!

Eu hesitei em tomar uma decisão. Mas a garota sorria tanto que sua felicidade me contagiou. Ela subiu correndo e pegou a minha mão, me puxando para a areia.

Era como se nós dois fôssemos as únicas pessoas naquela praia. O tempo estava congelado.

Sofya me empurrou na areia, era uma brincadeira, eu sabia. Mas isso me fez voltar a si. Me levantei bravo.

- Pra quê isso, Sofya? - perguntei tirando areia da minha roupa

- Era só uma brincadeira. Eu achei que você estivesse se divertindo. - Sofya parecia não entender - Me desculpe.

- O que estava pensando? Que eu sou seu amigo? - Sofya me olhava ainda perdida - Fique sabendo que não sou.

- Perdão, eu pensei...

- Você pensou errado. - dei as costas para a menina - Já está na minha hora de ir embora.

- Por que Bailey? Por que? - Sofya olhava para mim

- Por que o que? - perguntei

- Por que você trata todos meus amigos bem, e me trata desse jeito estúpido? - A garota tinha lágrimas nos olhos - Por que você é desse jeito? Me diz qual foi o crime hediondo que eu cometi para você me odiar? Me diz e eu vou direto para o inferno para pagar por todos os meus pecados horrorosos.

Sofya estava muito brava, ela estava tão brava que qualquer pessoa que passasse por nós conseguiria sentir o cheiro do sarcasmo que ela falava, e da tensão que estava no ar.

- Você quer saber por que eu te odeio tanto Sofya? Eu te falo. - Eu surtei - Eu te odeio porque é por sua causa que eu não estou na academia de dança da Vanessa Crepaldi. Eu te odeio porque você parece nem ligar para isso. Eu odeio o jeito como você passa pelos corredores, sorrindo e linda, e todos param para te admirar. Eu odeio não poder te ter só para mim. E eu odeio ainda mais como eu não consigo te odiar.

Sofya me olhava confusa, mas não estava mais brava. Eu, acabei percebendo, que já não tinha mais raiva da loira há muito tempo. Era um motivo tão idiota que não sei como levei por tantos anos na mente.

E então eu a puxei para perto de mim. Para mais perto do que sempre esteve. Repousei uma de minhas mãos na sua nuca, e a outra na sua cintura.

Cheguei mais perto ainda, e a beijei. A beijei intensamente. Um beijo necessitado, um beijo que há muito tempo era a razão dos meus pensamentos.

I hate you I love you Onde histórias criam vida. Descubra agora