sinopse: Quando Jimin e Namjoon decidem mudar os planos da lua de mel, não imaginavam que a simples doença de Namjoon era, de fato, uma epidemia.
gênero: drama/angst, fantasia, apocalipse zumbi.
avisos: descrição de sintomas, insinuação de morte.
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Tudo começou com uma epidemia. Não se sabe exatamente onde, mas o vírus se espalhou de forma tão rápida e fora de controle que, quando compreenderam a dimensão daquele vírus nunca antes visto, já era tarde demais. Não havia tempo de pesquisar e criar um antídoto, a velocidade com a qual a população estava sendo contaminada era assustadora. O governo e algumas empresas particulares tentaram agir como manda o protocolo em caso de surtos de outras epidemias, porém nada parecia impedir o crescimento no número de vítimas. É até irônico pensar na possível quantidade de sinais durante o estágio inicial que foram menosprezados.
Na prepotência do ser humano, classificaram as casualidades como qualquer outra coisa, menos urgente. E na ignorância do dia a dia, nada recebia atenção o suficiente quando não era algo grandioso, as pessoas sempre correndo contra o tempo capitalista e acostumados demais com os efeitos do cinema. Então, de certa forma, o fim da sociedade começou bem debaixo do nariz de todos. Aquele senhor morador de rua que empalideceu e as veias se destacavam num tom preto; ou aquela criança vegetariana que tentou comer o rosto de um colega durante o intervalo da escola. O aumento nos casos de pessoas tendo crises de convulsão, a dor aguda no estômago... Os sinais estiveram ali o tempo todo, apenas acumulando e agravando até finalmente explodir sem nenhuma forma de ser freado.
Recém casados, Jimin e Namjoon tiveram que optar em trocar a paradisíaca viagem de lua de mel para as praias brasileiras, por uma confortável cabana no meio da floresta. Com Namjoon de repente indisposto, preferiram ter apenas as duas semanas dedicadas ao descanso e cheias de amor antes de voltar para a rotina agitada que ambos possuíam. Contudo, depois do quarto dia, o ar fresco do outono e as doses extras de atenção que recebia de Jimin não pareciam estar realmente ajudando o mais velho.
Namjoon estava ficando cada vez mais pálido, mas insistia que não se sentia mal o suficiente para interromper a viagem e ir ao hospital. Palidez, falta de ar, momentos com uma certa agressividade, um alto desejo por carne vermelha, breves instantes de desorientação. Sinais que foram completamente ignorados pelo casal, acreditando não ser algo de extrema anormalidade. Talvez fosse apenas uma gripe, ou uma simples virose.
A partir do sexto dia, os dois passaram a não fazer mais as aventuras pelas trilhas da floresta, mas continuaram em clima de romance, dedicando o tempo entre outros hobbies e a cama. Jimin amava poder cozinhar e mimar o marido, fazê-lo adivinhar os ingredientes em troca de um beijo, enquanto que Namjoon se dedicava em escrever poesias que pudessem expressar tudo o que sentia pelo amado.
Estavam construindo excelentes memórias ali naquela cabana, mas a cada novo dia ficava mais difícil de ignorar o estado de saúde de Namjoon. A primeira indicação que as coisas estavam começando a sair do controle aconteceu no décimo dia, o Jimin encontrando o mais velho ardendo em febre. Não muito tempo depois vieram os calafrios, a dor no estômago ficando cada vez maior, a enxaqueca constante. Cambaleante, Namjoon parecia ter a força habitual apenas durante as crises de raiva. Mas quando Jimin decidiu por fim levar o marido - contra a vontade do próprio - para emergência do hospital já era tarde demais.
