Terça-feira 09 de Julho 2019Olá, me chamo Rafael Rodrigues, tenho atualmente 19 anos, estou cursando administração e sendo bem sincero não me vejo atuando dentro desta área, por isso estou procurando outros cursos na qual eu tenho um chamado.
É vou contar minhas histórias, então não vou ficar explicando sobre mim atualmente, melhor falar sobre as coisas que eu já vivi, depois eu falo mais sobre o meu eu de hoje...
Bom tudo começou mesmo lá em 2012, eu tinha 12 anos, era pequeno, gordinho, dos cabelos pretos e dos olhos bem clarinhos, sempre fui uma pessoa muito amigável e prestativa, gostava de ajudar os outros, tinha muitas amigas, era engraçado, mas algo estava mudando, naquela época foi que chamamos de "entrada na pré adolescência", as meninas já queriam se maquiar, os meninos queriam namorar, tudo isso incentivo dos mais velhos... Algo que acho ridículo, mas ok.
Aos meus 12 anos nunca tinha gostando de nenhuma menina, era uma criança praticamente, não tinha pensamentos para isso naquele momento, mas sobre os garotos... Eles me despertavam algo diferente, uma curiosidade na qual eu não entendia o porque, achava eles legais, bonitos, prestava atenção em cada detalhe do rosto, do corpo, então eu pensei "o que está acontecendo comigo", fiquei nisso até meus 14 anos, foi quando minha dúvida aumentou de vez, minha família é muito religiosa e quase não falávamos sobre sexo, muito menos sobre a palavra "sexualidade", se você cresceu em uma família assim deve imaginar o tabu que essa palavra é dentro de casa.
Eu ia pra igreja com a minha mãe Meiry, lá eu estava sendo treinando pra ser um líder de célula (líder de um grupo específico de adolescentes e jovens que tem o intuito da união e pregação e blá blá blá, eu era vice-líder na época ponto final). Mas quando eu percebi que meus pensamentos com rapazes havia aumentando tanto, eu já não ficava apenas observando, eu pensava neles, desejava eles, sentia algo dentro de mim que não sabia explicar, meu grupo em volta era muito preconceituosa, não sabia o que fazer, com quem falar, não sabia se deveria falar, então me calei, me fechei e escondi isso dentro de mim, minha dúvida se tornou tão grande na qual eu não sabia mais quem eu era, com 15 anos eu pude conversar com umas amigas minhas na qual me ajudaram muito, uma delas é a Lua, minha melhor amiga até hoje, o fato de ter me falado gerou tantos problemas, além das dúvidas eu me isolava, minha mãe observava de longe que tudo andava anormal, meu pai na época era/é muito falho no termo "pai", fora que é super homofóbico, então nem rolava falar sobre meus sentimentos com ele.
Procurei ajuda de uma psicóloga na época que me explicou tudo, conversei tanto com ela e me mostrou que não unha nada errado comigo, foi aí que eu fui começando a me aceitar.
Uma vez peguei o notebook do meu pai para mexer, nessa busca na internet acabei entrando em um site impróprio, acabei pesquisando sobre dois homens juntos e apareceu vídeos, pra que kkkkk, logo eu senti coisas (não só desejos), então eu exclui e fui dormir, umas semanas depois meu pai foi até minha casa conversar com a minha mãe sobre uma pesquisa que eu havia feito, que estava escrito "homens sem roupas" kkkkkkkk, minha mãe ficou abismada, enquanto ele falava um monte de merda eu pensei "agora vou ser expulso de casa".
Minha mãe apenas falou: "Você não tem o direito de falar merda alguma do Rafael, ele cresceu com os meus cuidados e da minha família, você nunca foi presente, nunca ajudou em nada e agora vem querer dá uma de pai? Saia da minha casa e não mexa nunca mais com meu filho".
Ele apenas disse: "Eu preferia ter um filho presso, morto ou estuprador do que um filho gay"
Essas palavras me gravaram de uma maneira horrível, pois para um jovem em dúvidas de si mesmo, aquilo foi horrível de ouvir. Bom, não tive o apoio da minha mãe, mas obtive o respeito dela que pra mim é o suficiente, afinal aceitar é uma escolha individual, mas respeitar, isso qualquer ser humano merece.
Tudo muito triste, meio melancólico, mas agora que entra nas histórias dos meus amores.
Esse foi um breve resumo de como eu "me achei" vamos se dizer assim, pois eu sempre fui homossexual, desde pequeno, apenas não tinha conhecimento sobre isso e depois disso aconteceu tantas coisas. Aí Deus, vamos lá...Para meu querido leitor, com carinho, Rafael.
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MEUS AMORES E MINHAS DORES
RandomHistória baseada em fatos reais da vivência de relacionamentos frustrados ou não de um jovem, na qual tem a vida muito intença e engraçado ao mesmo tempo, por um lado tudo tende a tristeza, mas ele sempre da um jeito de aprender com seus erros e cre...