Capítulo 8_Sentimentos confusos

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Eu não sabia o que estava acontecendo, só sabia que havia tido um sonho muito louco, em que o Gabriel dizia sentir algo por mim, espera este não é o meu quarto!
Senti seu cheiro e finalmente abri os olhos, seu rosto estava a centímetros do meu, seu corpo abraçava o meu e eu sentia cada parte dele dura, rija e forte, sua pele negra tão linda em contraste com a minha.
Passei a admirar seus traços, seu rosto expressivo, seus braços musculosos cada pequeno pedaço dele era incrível!
Um sentimento que eu neguei desde o primeiro dia se tornava mais aparente, mais vivido, mais intenso e perigoso, eu não sabia qual o caminho que esse sentimento traria pra mim, mas eu já estava perdida entre os desejos do meu coração e da minha razão, eu queria beijar seus lábios, eu queria acariciar seu rosto, eu queria tantas coisas...
Mas eu não podia mudar nada, quanto mais eu negava, mais ele me acusava e isso me destruiria algum dia, estar a tanto tempo aqui tem mudado meus pensamentos, mas não tem mudado os dele, eu sinto toda a sua dor e a sinto junto a ele, mas eu também sinto todo o seu ódio e violência, em grande parte do tempo eu consigo olhar pra ele e ver apenas um irmão mais novo que admirava o irmão demais,e que o perdeu tragicamente, talvez ele fosse diferente, ou talvez ele seja assim como a correnteza do rio, tão forte e inconstante quanto diversificada, suas correntes são incrivelmente pesadas, seu fardo é muito grande, mas nada é tão relativo assim ou é?
Poderia ele sentir mesmo algo por mim?
Poderia ele acreditar que eu não tenho nada a ver com a morte do irmão?
Um dia eu conseguiria ser feliz com ele ou desistiriam os de tudo?
Existia alguma chance?
Voltei dos meus pensamentos confusos e encarei seu rosto, tão lindo tão relativamente atrativo, sem conseguir me parar lentamente escostei meus lábios nos seus uma leve carícia de duas bocas, senti quando ele moveu a sua contra a minha lentamente e subiu em cima de mim, seus braços um de cada lado do meu corpo sua boca se tornava urgente contra a minha, meu coração parecia querer sair pela boca, meu sangue pulsava rapidamente por minhas veias, minhas mãos pararam em seu pescoço explorando suas costas, olhando em seus olhos vi apenas a paixão, por um momento nada mais existiu, paramos o beijo por falta de ar, mas logo iniciamos outro ainda mais intenso, mais perfeito, tudo em mim gritava perigo!
Mas eu não quero parar, não agora, não quando posso ter pelo menos um pouquinho de seu amor, mendigar um pouquinho de sua atenção...Ele cola nossas testas e beija meu nariz:
-Serena?!
-Uhn?
-Não quero te machucar agora!
-Eu não quero que me machuque!
-Mas eu deveria, você é a culpada!
-Não eu não sou Gabriel, e quando você descobrir ou aceitar que essa é a verdade, vai ser tarde demais!
Seu corpo se ergueu de cima do meu ficando ereto a minha frente, suas últimas palavras foram duras, mas eu senti que ele estava tentando não me magoar:
-Ficará em meu quarto a partir de agora, meus avôs e avós e o resto da família vem para a festa da colheita deste ano!
Ele apenas se foi com o costumeiro bater de porta, quando ele ia aprender?
Me levanto e vou para o banheiro, faço minhas higienes e tomo um banho relaxante, me enrolo na toalha e saio do banheiro indo distraída para o closet sem me lembrar que é o closet dele, até ouvir um grunhido e sentir suas mãos em mim urgência essa era a palavra, eu segurava a toalha com força mas estava tremendo muito:
-O que está fazendo?
Ele só me encarava, sua raiva e seu desejo brigando dentro dele, mas a pergunta era:
Qual dos dois ia ganhar?
Sua boca estava vindo para a minha e eu fechei os olhos, esperando o beijo por acidente soltei a toalha ficando nua colada a ele, seu beijo começou lento, mas ficou mais urgente suas mãos passavam por minhas costas nuas, por minha cintura e por minha bunda apertando, me prensando contra si, eu sentia seu membro duro em minha barriga, mas não queria me lembrar do por que eu não podia estar assim com ele...
Até que escuto a porta abrir e Gabriel se virar e cobrir meu corpo com o seu:
-Oh!Me desculpe meu neto, esquece que agora você pode estar fodendo com sua esposa no quarto!
Corei dos pés a cabeça e me encolhe morrendo de vergonha, ele deu um sorriso malicioso e apertou mais minha cintura:
-A senhora sabe eu nunca fico satisfeito com pouco eu sempre quero mais!
-Trate de me dar mais netos como Arthur!
-Pode deixar vó Daianne!
Ela saiu e encostou a porta, comecei a bater em seu peito e a tentar me soltar de seu aperto:
-Não cansa de me humilhar?Já não chega?
-Você merece cada momento que está vivendo, não seja cínica!
-Pois escuta bem Gabriel, eu nunca vou ter um filho seu!Ta me ouvindo?!Nunca vou te dar um filho!Se depender de mim você não vai ter nenhum descendente!
Sua expressão de ódio me desestabilizou e não previ seus próximos movimentos, ele me jogou na cama com violência e subiu em cima de mim, seu beijo foi violento e urgente, me forçando a aceita lo, tentei me soltar mas sua boca se forçou ainda mais contra a minha, morde seu lábio inferior até sentir o gosto de sangue, mas ele não parou até me ter em desistência e me soltou:
-Você é só mais uma puta, não se ache mais que isso por que te levei ao altar e coloquei uma aliança em seu dedo, e se eu quiser que você tenha um filho dois, quantos eu quiser você vai ter ta me ouvindo?
Ele pegou meu queixo e apertou com força:
-Me ouviu?!To falando com você!
Não respondo e tiro sua mão do meu queixo:
-Você tem 1 hora pra estar pronta!
Eu não o entendia se ele me odiava tanto, por que me fazer ficar perto?
Por que me transformar em sua esposa?
Deixei de me preocupar com perguntas sem resposta, entrei no closet e para minha surpresa minhas roupas estavam ali cada uma delas, peguei uma lingerie de renda preta e vesti me olhei no espelho e me vi tão pequena, talvez seja esse o motivo de Gabriel não se importar em me ver nua, eu não devo ser tão atraente...
Me bate mentalmente, por que eu estava insegura com o meu corpo?Ele nem sequer era importante pra mim desse jeito, ou era?
Talvez, eu diria a mim mesma se soubesse a resposta, mas tudo que sei é que o sentimento que o faz me odiar é o mesmo que me faz ama lo...
Parei de fazer bobagens, coloquei uma calça preta colada e um cropped de mangas longas de renda branca, calcei minhas botas de cano alto e fiz uma maquiagem simples, meu cabelo descia em ondas em minhas costas, eu estava linda e esta noite eu mostraria a ele quem eu realmente sou, e que eu não era o alvo de sua vingança!
Desce as escadas sorrindo, assim que Gabriel me viu sua boca foi ao chão, Arthur correu pra me abraçar:
-Esta tão linda mamãe!
-Obrigada meu amor!
Responde dando um beijo em sua testa...

Parei de fazer bobagens, coloquei uma calça preta colada e um cropped de mangas longas de renda branca, calcei minhas botas de cano alto e fiz uma maquiagem simples, meu cabelo descia em ondas em minhas costas, eu estava linda e esta noite eu most...

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