Thirty

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Pov's Sook on

Como vou achar essa luz que há dentro de mim? Será que essa luz é a minha alma?

Sentei ao lado de meu corpo e fiquei olhando para mim mesma novamente. Será que vou conseguir voltar para meu corpo novamente? Será que eu vou conseguir voltar para Jungkook?

A porta do quarto se abre e Jungkook entra com Jaebum. Eles se sentam, um de cada lado da cama e ficam conversando. Observo cada detalhe de Jungkook. Seu sorriso, seus olhos brilhando ao conversar com Jaebum. Ele é perfeito, simplesmente perfeito.

Como eu queria estar com você agora, te abraçando, te beijando...

A porta se abre novamente e uma mulher toda de branco aparece com uma bandeja.

- É a hora do remédio dela — ela disse, pegando uma agulha.

- Ok — Jungkook se levanta, dando espaço para que a moça passasse.

A mulher enfiou a agulha em um negócio que tinha no soro e depois se retirou do quarto. Os dois voltaram a conversar sobre jogos de X-Box, o que eles mais gostavam. Resolvi sair um pouco deste quarto e ir ver como o Hospital estava. Atravessei a porta e andei pelo Hospital.

Hoje tem muitas pessoas no Hospital. Várias estavam sentadas no chão do Hospital, crianças, adultos, mulheres e idosos, era de cortar o coração. Ouvi uma tosse forte e longa. Vinha de um dos quartos que estavam ocupados. Atravessei a porta do quarto e entrei.

No quarto, uma garotinha que parecia ter uns 9 ou 10 anos estava deitada na cama, tossindo muito. Ela tem um lenço amarrado na cabeça e estava pálida. Ela não estava bem, não estava nada bem. A vontade de chorar apareceu e eu sabia que em meu corpo, eu estava chorando. Ela ainda tossia, a tosse só ia piorando o seu estado.

Então, toquei seu peito e uma luz apareceu em minhas mãos e a tosse de repente desapareceu, ela havia parado de tossir. Eu olhei para minhas mãos.

Será que essa é a luz que A-ya me disse?

A garota olhou em minha direção e franziu o cenho. 

- Você é um anjo? — Ela perguntou para mim.

Você pode me ver? — Dei um passo para trás.

- Sim — me fixou com os olhos. — E então? Você é um anjo?

- Não querida — sorri para ela e toquei sua testa.

- Um fantasma então? — Ela perguntou novamente.

- Sou uma alma, eu acho — sentei na ponta de sua cama.

- Então você está morta? — Ela me olhou nos olhos.

- Não, só minha alma que saiu de meu corpo — me levantei e fui até a porta. — Preciso descobrir como voltar para meu corpo novamente.

- E onde está seu corpo? — Ela sentou na cama.

- Em um dos quartos do Hospital, em coma — respondi.

- Ah, você é a namorada do Jungkookie! — ela gritou.

- Sim, eu sou! — Corri para a beirada de sua cama novamente — Como você sabe?

- Desde o dia que ele veio para o Hospital, vem me ver — ela sorriu. — Ele disse que te ama muito, que não viveria sem você.

- Eu também amo ele muito, ele é a pessoa mais importante da minha vida — eu disse e sabia que meu corpo estava chorando.

- Ele está sentindo muito sua falta, ele me contou que você talvez possa ter um filhinho — ela sorriu, toda animada.

- É, eu ouvi isso também — sorri para ela. Olhei o relógio que havia na parede perto da porta — preciso voltar para meu quarto, ver o que está acontecendo por lá.

- Você já vai? — Ela desceu da cama, com dificuldade.

- Ei, não desça da cama — à peguei no colo e coloquei deitada na cama. (Como ela podia me ver, eu conseguia tocá-la).

- Você vai vim me ver de novo? — Ela perguntou, já com lágrimas nos olhos.

- Claro que sim, meu amor — sorri, passando a mão no topo de sua cabeça, onde havia um lenço azul. — Vou vir te ver todos os dias.

- Junkookie e você, são os únicos que me visitam, depois das enfermeiras e do médico — ela começou a chorar.

- Não chore, eu estarei aqui todos os dias, nesse horário — eu sorri para ela.

- Obrigada — ela deu um sorriso radiante. — Qual é seu nome?

- Eu me chamo Sook — falei, abrindo a porta e à olhando.

- Prazer, o meu é Kelly — ela sorriu.

- Prazer — retribuí o sorriso. — Tenho que ir agora, até amanhã.

- Até amanhã, Sook! — Gritou, animada.

Saí do quarto feliz e triste. Feliz por ter encontrado alguém que me vê e me ouve. Triste por ver ela doente, ela é apenas uma criança, tão nova.

Será que eu posso ajudá-la? Será que posso curá-la?

Fiquei pensando em Kelly até entrar em meu quarto. O mesmo médico que veio me ver da última vez estava lá, me analisando. Jungkook e Jaebum estavam no quarto também.

- Então quer dizer que ela chorou novamente? — O médico perguntou, olhando para os dois.

- Sim, e dessa vez foi muito — Jungkook disse, sentando na cadeira ao meu lado.

- Isso mesmo, dessa vez ela chorou por vários minutos — Jaebum sentou também.

- Como eu já disse, ela está acordando aos poucos — ele foi até a porta. — Tudo o que podemos fazer é esperar ela acordar, isso pode demorar um pouco, mas ela acorda.

- Está bem, obrigado Doutor — Jungkook disse e o médico saiu, fechando a porta.

O quarto ficou em silêncio por alguns segundos, até que Jungkook se levantou e abriu a porta para sair. Jaebum o interrompeu.

- Aonde está indo? — Jaebum perguntou, preocupado.

- Vou visitar Kelly, aquela garotinha que eu disse antes — ele respondeu e depois saiu do quarto.

Como não havia nada para fazer (ou ver) em meu quarto, resolvi ir também com ele. Eu o acompanhei pelo corredor até chegar ao quarto de Kelly. Então, ele abriu a porta e nós entramos.

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Até que enfim apareceu alguém que pode ajudar a Sook.

Que dó da Kelly, ela é tão nova e está com câncer...


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