• Capítulo 01 •

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Me joguei na cama sem previsão para levantar. As aulas da faculdade hoje foram bem cansativas,embora tenha começado semana passada, estão bem frenéticas.

- Filha! Quero que vá comigo até o centro hoje. - minha mãe entrou no quarto com sua leve mania de não bater na porta.

- Mas mãe justo hoje,estou tão cansada,é segunda feira. - reclamei.

- Sim filha hoje. Lembra de minha nova conta no banco,tenho que passar lá hoje. Vamos por favor,pago quantas coxinhas você quiser. - ela disse pidona.

- Mas é uma chantagista de primeira,sabe como me tirar da cama né. - eu disse me levantando para trocar de roupa.

- Ah também te amo. Saímos em 20 minutos.

Ela disse e saiu fechando novamente a porta. Minha mãe, dona Júlia sempre batalhou desde muito cedo para conseguir levantar seu pequeno negócio e foi nesse meio que conheceu meu pai senhor Oliver. Desde então os dois batalharam juntos e hoje são donos de um restaurante bem simples no centro da cidade,e modéstia parte meus pais são ótimos cozinheiros,eu e meu irmão mais velho Maxwell sempre ajudamos desde de pequenos. Meu irmão aderiu os dotes culinários, já eu não,meu sonho sempre foi ser uma renomada administradora,e batalho pra isso. Ainda sou nova tenho apenas 18 anos,estou correndo atrás de um trabalho como assistente administrativa,apenas para me especializar antes da faculdade terminar e eu ter um bom currículo para trabalho lá na frente, esta sendo um pouco difícil pois todos os bons cursos estão lotados.

Hoje minha mãe precisa ir ao banco para oficializar a sua nova conta do restaurante e quer que eu a acompanhe,vê se pode.

Me levanto quase caindo e me arrumo as pressas colocando uma calça jeans clara,um tênis,uma blusa simples e um casaco. O cabelo apenas deixo solto,amo meus cachos.

Saio do quarto a procura de mamãe.

- Mãe? Cadê você,estou pronta.

- Tô aqui filha,vamos. - ela aparece na sala.

- Cadê os meninos? - eu pergunto.

- Ah seu pai está no restaurante e seu irmão,foi fazer um trabalho da faculdade.

- entendi.

Nós saímos porta a fora e pegamos o carro na garagem. O trajeto até lá foi calmo e ao som de Shawn Mendes,pois quem me conhece sabe que desde que ele começou sua carreira eu sou fã.

Chegamos ao banco e fomos direito até a parte interna onde ficam os gerentes e tudo mais,ao chegarmos minha mãe falou com uma moça muito simpática,que acompanhada de um homem alto também muito simpático,nos informaram que nenhum dos dois gerentes responsáveis estavam por lá.

Eles adiantaram algumas coisas para nós,e aconselharam que voltassemos na sexta feira,para que provavelmente eles nos atendessem.

- Tudo bem,muito obrigado pela atenção. - minha mãe a cumprimentou.

- Que isso,sem problemas. Desculpa a falta de Danilo e Leonardo por aqui hoje.

- Tudo bem. Obrigada! Tchau!

- Tchau. - ela disse me olhando.

- Tchau. - eu disse de volta.

Alana era seu nome,muito simpática.

Voltamos pra casa rapidamente e logo após fomos para o restaurante.

- Oi pai. - eu disse lhe dando um beijo na bochecha.

- Oi filha! Tudo bem? - meu pai devolveu o beijo.

- Sim pai. E o senhor.?

- Bem filha!

Acho que eu era a única menor da família,pois meu pai era de estatura um pouco alta assim como minha mãe e meu irmão.

Eu com 18 anos ainda tenho míseros 1,63 de altura.

- Filha será que pode por favor atender a mesa 02? - Minha mãe pediu.

- Claro!

Eu coloquei o avental e caminhei para fora da cozinha,onde se encontrava o salão das mesas. Caminhei desatenta até a mesa dois,e quando cheguei até lá senti o ar me faltar com a bela visão que a minha frente estava. Não consegui dizer nada por longos segundos,até que ele quebrou o silêncio.

- Olá,pode anotar o pedido. É que eu estou faminto. - ele sorriu descontraído e eu senti meu mundo iluminando com tal gesto de sua parte.

- Ah... claro... eu... desculpa..
o que vai querer? - merda eu tinha que gaguejar justo agora.

- Pode ficar calma,não precisa ficar tão nervosa, não foi uma crítica, é apenas a pressa mesmo. Se não fosse a mesma juro que passaria boa parte do meu dia apenas te encarando. - ele disse com um sorriso um tanto galanteador e eu senti um arrepio na minha espinha e um calor gostoso no coração.

- Entendo, obrigada!

- Por nada! Eu acho que vou querer um bife acebolado,com arroz branco e uma salada de alface. - ele disse olhando profundamente em meus olhos.

- É pra já! - eu disse e sai em disparada.

Parei no corredor que leva até a cozinha me encostando ali,liberando o ar que eu nem imaginava estar prendendo. O cara é lindo de morrer e ainda é simpático,meu Deus eu estou ferrada,e o pior de tudo é que provavelmente eu nunca mais o verei,pois nunca o vi por aqui antes e tenho certeza de que não voltará depois de me ver gaguejar como uma estúpida.

Levei o pedido até minha mãe e voltei a atender as outras mesas,mas sem tirar os olhos da sua. Ele parecia concentrado em algo na tela de seu notebook, tão lindo,usava um conjunto de calça e blusa social,esta que estava por dentro da calça e um sapato também social. Ele parecia ser alguém importante,sabe que trabalha em escritório.

Seu pedido ficou pronto e eu me vi completamente despreparada para aparecer em sua frente novamente. Eu tinha que ter coragem,afinal ele era um cliente normal e não poderia me dar ao luxo de deixá-lo sem sua refeição,apenas por idiotice.

Eu fui até sua mesa um tanto animada e lhe entreguei seu pedido.

- Aqui está sua refeição senhor, gostaria de algo para beber? - perguntei com um sorriso leve nos lábios.

- Obrigado pequena. - e lá se foi meu pequeno sorriso. Ele me via como uma criança. - Uma limonada é o suficiente.

- Ok. - eu respondi meio seca.

Eu sempre ajudei meus pais desde pequena,mas agora como eles ajudam a pagar minha faculdade eu trabalho um pouco mais.

Depois de um dia cansativo no restaurante ajudando meus pais, nós voltamos para casa totalmente mortos. Eu tomei um banho relaxante e desci para o jantar. Sai da mesa cedo e logo fui me deitar.

Eu não consigo parar de pensar nele,e o pior é que nem sei seu nome,mas também não preciso,ele só me vê como uma garotinha. Com esses pensamentos acabei adormecendo.

 Com esses pensamentos acabei adormecendo

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Melina Fernandez

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