Melina é uma menina encantadora de apenas 18 anos,filha do casal que possui o melhor restaurante de comida caseira da pequena cidade de Ford Collins. Seu maior objetivo era conseguir uma vaga para o curso administrativo, na empresa Enterprise, uma d...
Não estava me entendendo esses últimos dias,eu nunca fui de agir assim por impulso e tomar decisões precipitadas mas ultimamente tenho feito muito isso.
Agora por exemplo eu acabei de atacar o Léo e abraça-lo,mas acho que isso foi porque ele é fofo, amável e carinhoso. Eu tentei resistir mas essa carinha de cachorro abandonado dele que me fez fazer isso,não tenho culpa,eu hein.
O olhei e senti que tudo a minha volta sumiu,seus olhos vidrados em mim faziam minhas bochechas esquentarem e meu corpo entrar em chamas,não entendia o que era,mas sabia que era bom. Ainda estava em seus braços porém um pouco afastada olhando em seus olhos,sua respiração ofegante como a minha,seu toque suave em minha cintura e seus lábios rosados e convidativos me levaram a agir novamente por impulso no calor do momento, fazendo com que eu beijasse sua boca desesperadamente como se fosse a última gota de água do planeta. Seus lábios eram macios e me levaram ao céu sem mesmo sair do chão. Eu pedi passagem e ele relutante me cedeu a mesma.
Quando o ar nos faltou ele simplesmente voltou a si,assim como eu e me afastou dele sem aviso prévio. Percebi a burrada mais saborosa que eu tinha feito.
- Léo... por favor... me desculpa... eu não... ai meu Deus... - estava tão nervosa e envergonhada que não conseguia nem falar direito.
Eu me odiava mentalmente por ser uma garotinha estúpida que sempre gaguejava em momentos importantes,droga,porque as coisas não podem ser fáceis.
- MELINA! - sua voz saiu mais alta que o esperado. - Não precisa ficar tão nervosa assim,foi só um beijo,eu desculpo você. Só peço que não se repita novamente.
Agora assim eu estava devastada,sei que parece rápido demais,porém desde o primeiro dia em que pus os olhos em Leonardo eu senti por ele algo forte que com o passar dos dias foi aumentando e se transformou nessa paixão que não é correspondida. Meu ego foi ao chão e eu me senti pior e mais insegura que antes. Meus olhos lacrimejaram,por saber que esse beijo não significou para ele o mesmo que para mim.
Abaixei meu olhar que antes estavam nele,não tinha coragem de encara-lo depois disso,eu queria correr dali.
- Tudo bem... Leonardo! Desculpa,não voltarei a fazer novamente. - senti ele se aproximar e conforme isso acontecia eu dava passos para trás na intenção de me afastar. Eu não queria que ele visse em meus olhos o quanto eu estava afetada,meu olhar continuava baixo sem encara-lo,eu tentava a todo custo segurar minhas lágrimas e quando estava em uma distância consideravelmente perto da porta eu me virei e sai a passos largos e rápidos.
Em poucos segundos cheguei até meu setor recolhendo minhas coisas,corri para fora da empresa e fui surpreendida na porta da saída quando alguém segurou meu braço.
- Oi será que... Melzinha minha flor o que aconteceu por que está desse jeito? - Allana perguntou preocupada.
- Oi,tá tudo bem não é nada importante! - Disse tentando ao máximo esconder minha tristeza.
- Mais é claro que é! E você vai me dizer agora mesmo o que aconteceu! - disse autoritária.
Pelo pouco que conheço dela,a danada não desistiria tão facilmente. Então enquanto caminhavamos pelas calmas ruas da nossa pequena cidade,onde os carros passavam devagar e as pessoas sorriam alegres,sejam com seus amigos ou mesmo com suas famílias, eu contei a ela o que aconteceu e a loira simplesmente queria voltar todo nosso caminho feito até a empresa para socar Leonardo,óbvio que não a deixei fazer essa estupidez,quem roubou um beijo dele fui eu sabendo que talvez ele possa sentir algo por sua ex ainda.
Mas confesso que amei seu beijo,foi o melhor da minha vida. Seu gosto doce se misturando com o meu foi algo inexplicável,se eu fecho meus olhos ainda consigo sentir sua boca macia na minha.
Meu Deus eu não posso pensar isso.
- Eu sempre fui amiga do Léo e dei conselhos pra ele a respeito das mulheres,pois pelo que eu vejo o ursinho tem um probleminha com elas,ele sempre as magoa sabe,parece ter medo de se envolver. Mas agora ele tá passando dos limites, você quase baba em cima dele e esse cavalo das trevas parece que não percebe,mas ele vai me escutar!
Estamos a quase meia hora caminhando e todo esse tempo eu tenho que escuta-la falar desesperadamente sobre isso e ainda segura-la quando quer voltar e ir até o Léo.
Acho que Valérie o fez sofrer bem mais do que ele me disse, e depois desses discursos da Allana eu percebi que eu realmente fui uma estúpida em beija-lo assim, invadindo seu espaço protetor de si mesmo. Mas acontece que eu não consigo me controlar perto dele,eu sinto vontade de abraçar,beijar e cuidar dele para sempre.
- Lana,por favor para com isso! O Léo tem razão eu não devia ter feito aquilo. Se não se importa eu estou cansada e quero ir pra casa!
- Claro Mel tudo bem! Eu também estou cansada,já vou! - ela disse e me abraçou forte. - Se cuida tá?
- Tá! Você também! Pode deixar que eu mando um beijo para o meu irmão,por você! - gargalhei alto e a vi ficar constrangida.
- Mel! Assim eu fico sem graça!
- Se está sem graça é porque é verdade!
Eu ri mais ainda. Segui para casa e quando cheguei já passava das 9:00 e meu irmão dormia todo torto no sofá. O chamei para dormir em seu quarto,ele subiu igual a um zumbi. Eu subi também, tomei uma banho e desci novamente para pegar algo que eu pudesse comer.
Depois de fazer a famosa boquinha,eu subi para o meu quarto e logo o sono me alcançou.
•••
Hoje era sábado, e como de costume acordei cedo. Gostava de correr no parque da cidade,era calmo e as vezes eu sentava em uns banquinhos e ficava observando as famílias em seus rotineiros pequiniques,os namorados passeando de mãos dadas e as crianças que corriam alegres e sem rumo,ali no parque eu podia sentir a paz e a alegria da vida.
Então assim eu fiz,peguei apenas uma fruta e sai comendo enquanto caminhava até o parque. Ainda é manhãzinha,são 7:30.
Comecei a correr e terminei já eram 9:00,estava cansada demais então me sentei em um banquinho na praça, fiquei por lá um bom tempo e quando estava prestes a ir embora,algo,ou melhor alguém me chamou a atenção.
Vi caminhar em minha direção, Leonardo acompanhado de duas crianças, gêmeos que eu deduzi ser os filhos de Danilo.
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• Brenno Houston •
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