O PROFESSOR DE HISTÓRIA

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Acordei com o email de Margô que ficava fazendo barulho no meu notbook. Não dava tempo de ler eu tinha que correr pra me trocar já que novamente eu estava atrasada. Quase não fui pro colégio, a preguiça era maior que eu. Mas tomei coragem e fui correndo como eu fui na segunda, na terça e na quarta. 

Cheguei e fui direto para o banheiro, olhei no meu bloquinho de anotações e a primeira aula era de História, eu amava História mas o fato da professora de chamar Cledoreia me dava enjoo e ao mesmo tempo um ataque de risos. Entrei na sala e não tinha nenhum professor, então fui para o fundo onde Rachel guardou meu lugar junto com Lise e Ryan, pois é o nome do menino gato do primeiro dia é Ryan. Tinham se passado exatamente 25 minutos de aula e só faltava 25 minutos pra terminar. Até que entrou um aluno mais gato que o Ryan, nossa que sorriso que olhos que boca. O primeiro cara em anos que conseguiu arrancar "aquele sorriso" abestalhado de mim. Fiquei olhando pra ver onde ele ia sentar já que quase ninguém notou a entrada triunfal daquele aluno sensacional. 

Mas levei um baque quando vi que ele se sentou na mesa do professor. Será que ele é Cledoreia? — impossivel  Cléo ele não tem cara de Cledoreia — estou impressionada.

— Bom dia pessoal — disse ele observando cada pessoa que se virava e se impactava. 

Que voz perfeita.

— Isso não é real — disse Rak quando se virou e viu aquele deus grego — ele é perfeito, não é possível que é professor, ainda mais de HISTÓRIA — Rak odeia história.

— Não ofenda a matéria — falei em defesa a minha matéria favorita.

— Tudo bem, desculpa. Me belisca agora e diz que é brincadeira, é só um aluno zoando com a nossa cara.

— Não é brincadeira Rachel.

Ficamos aproximadamente uns cinco minutos pra chegar a conclusão de que tínhamos um professor que parecia aluno, gato, malhado, perfeito, lindo maravilhoso, tinha a voz perfeita, já falei que ele é um GATO?

Ele começou a fazer perguntas sobre nós e disse que ia chamar nome por nome. Porque ele tinha o hábito de mencionar os alunos durante a aula. 

Começou por A, ai foi B, ai foi C...

Por incrível que pareça tinha muitas pessoas com C na minha frente.

Começou: Calye, Camile, Camily, Candice, CArlos, Carly, Cartney, Cesar, Clara, Clarice até que ele disse meu nome com aquela voz de deus grego. Mas ele queria uma apresentação formal. Então bateu o sinal, bem na minha vez! Que injustiça.

Mas pelo menos eu ouvi ele dizer Cléo Jarrie. 

Quando o sinal tocou ele disse: 

— Tudo bem, deixamos para próxima aula ta OK Cléo? 

— OK — respondi baixinho. 

— Você pode aparecer Cléo eu não mordo — existia uma ironia em sua voz.

— Bem que podia.

— Pode repetir o que disse? — ele direcionou o olhar para mim.

— Desculpe, pensei alto é quis dizer que a Cléo sou eu.

Me levantei e sorri. Ele retribuiu o sorriso. E voltou para sua mesa. 

— Menina não acredito que você disse o que disse —  exclamou Lise rindo muito.

— Eu não consegui me conter, ele é gato demais.

— Concordo, até mais do que deveria. Mas não sabemos nem o nome dele né Cléry, deveríamos ter perguntado. 

QUERIDO PROFESSOR (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora