xiv. forget it

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ruel

Na noite do jantar, eu havia hesitado por alguns minutos antes de ir atrás da Victoria, que não era Victoria, e havia conseguido ver sua silhueta entrando em um carro. A segui até a casa que eu julgava tê-la visto entrar e no dia seguinte, lá estava eu tocando a companhia.

Eu não sabia o que dizer e muito menos se ela estaria lá porém o meu coração não me deixava tomar outra decisão. Eu estava desesperado por ela.

— Olá? — Uma mulher ruiva apareceu sorridente na porta.

— Oi, eu sou...Ruel. — Forcei um sorriso, o que eu iria dizer para ela?

— Bem vindo genrinho. — Ela sorriu animada enquanto eu arqueava as sobrancelhas. — Eu sou Claire Owen, creio que está aqui pela minha filha.

Não tive tempo para respondê-la já que ela simplesmente sumiu e empurrou uma garota ruiva para a porta. Lydia Owen? Era impossível que ela fosse a Victoria.

— Lydia? — Perguntei confuso, enquanto ela dava um sorriso parecido com o da mãe dela.

— Fico feliz que você tenha vindo me ver, não que eu estivesse esperando por você! Longe de mim.

— Você é a...Victoria?

— Victoria? — Ela perguntou confusa. Ela não era a Victoria, eu podia ver pela altura da garota.

A Victoria era menor do que eu e Lydia era praticamente da minha altura. Eu também sabia que aquela não era a voz da garota da noite passada, não mesmo.

— Esquece! Mora mais alguma garota nessa casa?

— Só a minha irmã Lily mas eu te garanto que ela não é quem você procura! — Ela disse de forma desesperada e então se aproximou de mim, passando a mão pelo meu rosto. — Você é tão bonito, eu não acredito que você está aqui.

Sorri animado por perceber que a garota que estava mexendo com o meu coração, não era a Lydia. A minha Victoria jamais diria aquilo, ela não era a fim de mim e aquela era a melhor parte dela.

— Eu não vim aqui por você Lydia, sinto muito. — Tirei suas mãos do meu rosto, vendo seu sorriso se desfazer aos poucos.

— Você veio sim! Pode ficar para jantar se quiser, o meu pai vai chegar em breve.

— Não insista por favor. — Dei um passo para trás. — Você jura que a Lily é a única garota que está aí além de você?

— É claro que sim! — Ela cruzou os braços. — E eu não consigo entender essa sua atitude!

— Então eu quero falar com ela. — Dei de ombros, vendo a raiva invadir o seu olhar. Era como se eu tivesse agredido alguém da família dela.

Babaca.

A ruiva entrou dentro da casa e então saiu batendo os pés. Eu não sabia ao certo se ela chamaria a garota mas resolvi esperar, logo a outra garota também ruiva apareceu com os braços cruzados.

Olhei em seus olhos que eram azuis e ela era mais baixa do que eu. Apesar de que aqueles olhos não eram familiares e que eu não estava sentindo aquela sensação, haviam grandes chances da Lily ser a Victoria.

Você...se lembra de ontem? — A encarei, esperando alguma reação dela que continuava me encarando sem sentimento algum.

— Sei lá garoto. — Ela deu de ombros. — Eu vou sair com você no final de semana e você paga, aí a gente pode começar a conversar.

— É, esquece.

cinderelaOnde histórias criam vida. Descubra agora