ruel
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Os dias se passaram rapidamente e logo o dia do encontro tão estranho e misterioso havia chegado. Victoria havia me passado o endereço do restaurante e uma espécie de garçom me explicou como funcionava o lugar mas eu não havia prestado muita atenção já que eu estava extremamente nervoso.
O homem me levou até uma sala completamente escura e me guiou para que eu sentasse na cadeira. Ele anunciou que logo o jantar, que era alguma massa italiana, seria servido e então eu assenti enquanto sentia que ele estava deixando a sala por uma porta minúscula que não permitia a passagem da luz.
— Trouxe a pulseira? — A voz fez com que meu coração acelerasse, não havia sido nada romântico, era só susto já que eu não imaginava que ela já estava ali.
— Não vai me cumprimentar primeiro? — Eu ri, tentando enxergar qualquer coisa além da escuridão.
— Para de graça, isso não é um encontro! Eu só vim pela pulseira e pela comida, é claro.
Não consegui segurar a risada e acabei gargalhando, eu gostava da sinceridade dela e do fato de ela não se importar nem um pouco comigo, o que era um clichê do caralho para um cara que recebia toda a atenção do mundo.
Antes que Victoria falasse mais alguma coisa, o homem serviu o jantar nos avisando antes já que era impossível enxergar alguma coisa. Por um momento eu me preocupei em como eu iria conseguir comer sem enxergar o prato ou os talheres mas aos poucos peguei o jeito.
O silêncio começava a se tornar constrangedor e aquela era a primeira vez que eu não conseguia encontrar palavras para dizer. Na verdade aquela era a primeira vez que eu saía com uma garota que eu nunca havia visto o rosto e ainda mais no escuro total.
— Pode me falar mais sobre você? — Perguntei ao perceber que o meu prato estava vazio, procurando desesperadamente um guardanapo para limpar o molho da minha boca.
— E por que? Eu já te disse que...
— Não é um encontro, eu já sei. — Passei o guardanapo em minha boca, torcendo para que ela estivesse limpa. — Mas podemos ser amigos, o que acha?
— Não estou interessada.
Engoli em seco enquanto procurava cuidadosamente pelo suco na mesa já que eles não venderiam vinho para menores de idade. Tomei o suco para umedecer a minha garganta e então fiz a primeira coisa que veio a minha mente.
— I can't see one thing wrong between the both of us, be mine, be mine...
— Boa tentativa mas eu não gosto de Shawn Mendes. — Ela disparou e então eu ri, tão sincera.
— E como sabe que a música é dele então?
— Uma das filhas da minha madrasta é viciada nesse cara, é um saco. — Escutei ela bufar e então eu ri.
— Está me dando informações demais Victoria, logo eu vou te achar por aí. — Um sorriso involuntário cresceu em meu rosto, o que era aquilo?
— Você não sabe nada sobre mim Ruel, isso eu te garanto.
— Sei que você tem uma madrastra, duas possíveis meias irmãs. — Suspirei enquanto passava minha mão pela mesa, logo encontrei a mão dela que pareceu hesitar mas eu a segurei. — Sei que tem lindos olhos azuis e a voz mais angelical de todo o mundo.
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cinderela
Fanfic[ruelvandijk] ❝ eu tenho a madrasta má, as duas irmãs invejosas e agora o príncipe. ❞ onde virginia era a cinderela do século vinte e um.