Vinte e três de dezembro de 2019. O grande dia havia chegado, mal conseguia me conter sentada na cadeira do avião. Olhava ansiosa pela janela o tempo todo, esperando ver algum vestígio de cidade além da escuridão total acompanhada de algumas nuvens.
Devido à grande distância tivemos que fazer duas escalas, deixando-nos mais cansados ainda, mas finalmente estávamos no último avião e portanto mais perto ainda do destino final.— Senhorita, por favor preciso que você feche a cortina da sua janela. — a aeromoça chamou minha atenção.
— Desculpe. — sorri envergonhada e fechei a cortina.
— Acho que é a terceira bronca que você leva. — Henry murmurou — Nós já estamos chegando, se não me engano temos mais duas horas de viagem pela frente.
— Que horas vamos chegar?
— Hum... chegamos às nove horas da noite.
— Estou exausta.
— A viagem é mesmo muito cansativa. Saímos de Nova York as quatro horas da manhã. — bufou.
09:35 PM
Havíamos chegado em Sydney, Austrália. A cidade em que Henry havia nascido e crescido parecia ser encantadora durante a noite mas imagino que mais ainda durante o dia.
Mesmo cansada, eu observava a paisagem atentamente pela janela do táxi, eu me sentia como uma criança de dez anos visitando a Disney pela primeira vez.— Aqui é o destino final de vocês. O preço fica em vinte e cinco dólares. — o motorista anunciou.
— Aqui está. — Henry deu o dinheiro.
— Obrigado. O porta malas já está aberto.
Saímos do táxi e ajudei Henry a tirar as malas.
— Dólares? Eu pensei que vocês usassem outra moeda.
— E usamos, dólar australiano.
— Oh...
—Amy Walton, chegamos. — ele apontou para a singela casa verde na nossa frente — Pronta?
Assenti, mas a resposta era não. Puxamos nossas malas até a porta da casa, havia um caminho de pedras até a porta enquanto em volta haviam flores. Apesar de estarmos em Sydney, uma cidade turística, sua família morava em um bairro afastado. Fiquei distraída observando cada centímetro á nossa volta, como as flores próximas a sua casa estavam bem cuidadas ou a calmaria e silêncio da noite — como alguém que mora em Nova York, não estava acostumada com isso — além da aparente vizinhança pacata. Por um momento consegui imaginar Henry criança correndo pela rua. Apenas notei que estávamos na porta quando Henry tocou a campainha e imediatamente senti meu estômago se revirar.
— Esse som é tão nostálgico. — comentou — Me lembra minha infância, toda vez que a campainha tocava significava que meu primo tinha chegado e a diversão estava garantida, pelo menos pra mim já pra minha mãe não garanto. — disse com um sorriso nos lábios.
— Não vejo a hora de ouvir mais histórias sobre a sua infância. — mordi meu lábio inferior e sorri.
Ele retribuiu o sorriso. Henry sempre foi muito reservado, estar aqui e ouvir histórias sobre sua infância significavam muito pra mim. A porta foi aberta e mais uma vez meu estômago se revirou.
— Mãe. — os olhos de Henry brilharam.
— Henry, meu filho. — ela o abraçou — Você está tão lindo, crescido. Eu senti tanto a sua falta. Você mudou tanto... em tantos sentidos! — ela acariciou as bochechas do filho.
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Him
FanfictionAmy Walton, uma jovem estadunidense de vinte e três anos, leva uma vida comum e tranquila ao lado de seu namorado Henry Moore, um australiano doce, gentil e romântico. Repentinamente tudo muda quando Henry decide leva-la até a Austrália afim de apr...