Capitulo Quatro

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Eis aqui um fato interessante sobre o ser humano; mesmo que mil indagações estejam acontecendo em nossos pensamentos mais profundos, nós temos a habilidade de escolher demonstrar apenas aquilo que desejamos

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Eis aqui um fato interessante sobre o ser humano; mesmo que mil indagações estejam acontecendo em nossos pensamentos mais profundos, nós temos a habilidade de escolher demonstrar apenas aquilo que desejamos.
Até o fim do jantar permaneci com um sorriso no rosto, esbanjando simpatia e felicidade quando internamente era como se eu estivesse brigando comigo mesma, havia um acúmulo de pensamentos que me atordoavam.
Logo após a sobremesa — e de receber diversos elogios pela mesma — voltamos até a sala para a troca de presentes. Henry mal conseguia conter sua felicidade, afinal imagino que estar em seu país com sua família era gratificante visto que ele estava a tanto tempo sem vivenciar isso, de fato poderia estar sendo um Natal perfeito, honestamente era pra ser, mas o fator que impedia isso estava sentado a alguns metros de distância de mim.

Durante toda a noite, em diversos momentos nossos olhares se cruzavam e eu simplesmente não conseguia entender o porque de tudo isso parecer ser tão inevitável.
A troca de olhares poderia ser inofensiva e irrelevante, como quando se cruza o olhar com alguém em uma rua qualquer ou dentro de um vagão do metrô, mas por algum motivo essa troca de olhar em específico me parecia ser o contrário disto. Eu o olhava por curiosidade, por ser de certa forma inevitável não o encarar de volta, mas Dacre me olhava de forma diferente.
Talvez seja coisa da minha cabeça, porém por via das dúvidas, comecei a cogitar contar sobre para Henry quando estivéssemos a sós.

11:00 PM

— Mas sinceramente, tenho certeza de que você vai adorar o Opera House. É lindo. — Andy, tia de Henry, comentou — Depois vou conversar com Henry, ele tem que te levar nos lugares certos.

— Estou ansiosa para conhecer cada canto dessa cidade. — meu olhar foi até a mãe de Henry que estava indo até a cozinha carregada de louça suja — Com licença Andy, vou ajudar Suzie com a louça.

— Tudo bem, fique à vontade. — sorriu

Fui até a cozinha e me dispus a ajudar Suzie a lavar toda a louça.

— Você é visita Amy, deveria estar na sala como todos os outros.

— Faço questão de ajudá-la. Afinal sua família está reunida, Henry está aqui neste ano... vá aproveitar cada segundo. Termino tudo aqui em dez minutos.

— Oh Amy... — ela sorriu agradecida e me abraçou. — Me sinto tão grata por você estar na vida do meu filho... e agora na minha. Seja bem vinda á família.

— Obrigada, isso significa muito para mim Suzie. Agora vá curtir sua família.

Ela assentiu e saiu da cozinha com um grande sorriso nos lábios.
Comecei a lavar a louça, eu estava tão distraída, focada em meus próprios pensamentos que quando ouvi a voz de Dacre por pouco não deixo o prato ensaboado escorregar das minhas mãos.

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