Pequeno descuido

223 14 0
                                    

Hoje faz 1 semana que estou no instituto e não me arrependo, logo no segundo dia percebi que Jace e Clary namoravam, que Jace e Alec são parabatai e que Alec parecia ter um relacionamento “escondido” não dos outros, mas de “mim” por não ir com minha cara logo quando Clary me apresentou.

Izzy é quem tem me ensinado as runas, como desenha-las e seus significados, pois ela a única com “tempo livre” pois Jace, Clary e Alec saiam muito para missões, Izzy recusava algumas missões para me ajudar. Estávamos na biblioteca, ela estava me mostrando alguns livros de “sua espécie”. E esse tempo todo eu achando que iria ser mal recebida, ou que talvez eu fosse expulsa assim que entrasse por aquela porta do instituto, mas foi totalmente ao contrário do que eu pensei.

Quando Izzy havia me mostrado as runas meia hora atrás, eu percebi que eu teria que ter algumas, não adianta eu ter apenas a runa do poder angelical para eu “provar” que sou uma shadowhunter, o que iria adianta? Então seria necessário eu ter algumas com o decorrer da minha vida, como a runa de desvio/bloqueio, precisão, iratze/cura, e entre algumas outras, seriam poucas runas que eu teria que ter “tatuadas” em meu corpo.

Nesse momento eu acabei de sair do meu quarto e fui a caminho da sala de armas encontrar Izzy para eu poder escolher minhas armas para eu poder usar. Ao eu chegar Izzy estava sentada em uma cadeira olhando para a tela do computador, parecia que estava anotando algo como percebi que a mesma não percebeu que eu estava ali, dei uma leve batidinha no balcão o que a fez desviar sua atenção da tela e olhar para mim.

- Ah você está aqui, desculpa não percebi você aí. Bom vou te mostrar as armas para que você possa escolher a sua. – Após ela dizer isso, apertou algum botão que fez com que abrisse um painel da parede mostrando algumas armas “disponíveis”, eu no meu caso “não iria precisar”  , mas como estou no mundo dos shadowhunters seria necessário eu ter alguma arma para me defender.

Olhei para todas elas por um tempo, até que olhei para duas que fiquei encantada, as duas eram adagas, então peguei as duas que eram iguais e logo Izzy falou o nome delas e como “foram feitas”.

- Essas duas de sua escolha são adagas chamadas de Aegis, uma rara adaga que foi fervida e temperada em sangue de anjo. Boa escolha Maeve. – Disse ela sorridente.

- Obrigada, Izzy – retribui o sorriso.

- Pode ir para o salão de treinamento, Jace deve estar te esperando. – Após ela dizer isso, fui a caminho ao salão de treinamento segurando as Aegis que tinha acabado de escolher, uma em cada mão espero que eu consiga usa-las, eu não usava armas para me proteger usava magia, mas vou ter que aprender a me acostumar.

Entrei no salão e ali estava Jace, logo que entrei ele já me olhou e deu um leve sorriso de canto.

- Pronta? Prometo pegar leve. – Ele olhou para minhas mãos e viu as armas que eu havia escolhido. – Aegis? Até que foi uma boa escolha.

- Para ser sincera, não estou completamente pronta pois nunca usei armas, mas fazer o que vamos lá. – Disse e logo em seguida ficamos em posições.

Jace começou o ataque com suas Lâminas Serafim, aquelas armas eram incríveis ele me atacou com uma só, e para me defender acabei usando as duas adagas que eu tinha para “obter” o impacto das mesmas.

Era meio complicado domina-las logo assim de cara, mas conforme Jace foi a me “surpreender” com o que ele é capaz de fazer, consegui melhorar minha defesa, então logo comecei a tomar coragem para eu poder a ficar a atacar agora, foi meio complicado, no primeiro ataque que fui tentar dar em Jace , o mesmo conseguiu jogar para longe uma de minhas adagas então tive que ficar com apenas uma, não demorou muito ele conseguiu jogar para longe a outra, quando ele foi como se fosse dar “o golpe final” sem querer por costume acabei usando um pouco de magia e o joguei para longe.

- Meu deus Jace, desculpa. – Logo fui em sua direção e o ajudei a levantar.

- Como fez isso? – Ele me encarou após fazer essa pergunta, ótimo acabo de “me revelar” que não sou apenas uma shadowhunter, que ótimo!

- Não sei do que você está falando. – Me afastei do mesmo rapidamente peguei minhas adagas que estavam no chão e fui em direção a porta para sair do local.

- Não se faça de desentendida, você me arremessou para longe, com as mãos, eu vi você é realmente uma shadowhunter? – Ignorei o mesmo e sai do local, não conseguiria responder, bom na verdade eu conseguiria, mas seria complicado de explicar minha situação.

Já era de noite, fiquei quase o dia inteiro no quarto depois que tive aquele treino com o Jace, não sabia como encara-lo depois de eu usar magia para me proteger, sinto que vai ser complicado viver aqui fingindo ser 100% shadowhunter uma coisa que não sou por completo.

Ele já deve ter contado a Clary, Alec e Izzy sobre o que aconteceu, se ele contou todos devem desconfiar de mim agora, devem estar fazendo pesquisar para descobrir de onde eu vim, quem são meus pais, coisas desse tipo. É difícil tentar ser uma coisa que você não é, mas faz parte de mim, mas como vivi sozinha, eu não tive “tempo” para eu poder treinar a como usar armas, a como me defender com elas, eu apenas tinha como “missão” encontrar meu pai, eu sei como ele é, que ele é o Alto Feiticeiro do Brooklyn, mas eu não sei aonde ele mora, fico pensando quando eu o encontrar, “Olá sou Maeve e também sou sua filha, que você nem sabia que teve no seu último relacionamento, espero que possa me aceitar como parte de sua família, mesmo eu já sendo, mas quero ser oficialmente reconhecida por você.” Que baboseira, seria difícil ele me encarar talvez, ou ele poderia negar que não teve nenhuma filha com ninguém que ele ficou, ou algo do tipo, mas esse não é o meu foco agora, o meu foco no momento é ter mais cuidado, tentar não usar magia perto dos shadowhunter, para que ninguém descubra, podem descobrir até mas espero que seja no futuro onde eu queira revelar que não sou apenas uma shadowhunter, lobisomem e feiticeira, que estou aqui no instituto a procura do meu pai Magnus Bane.

A Procura de Magnus BaneOnde histórias criam vida. Descubra agora