Brigas e quase beijos - Hermione

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Ai, meu Merlim! Eu quase gritei pra ele ouvir. "É de você que eu gosto seu cabeça de bagre" Mas claro que eu não fiz isso, porque eu mantive um pouco da minha sanidade comigo.

– Foi mal, Mione. Eu realmente sou péssimo nisso. – Ele disse tentando se justificar.

– Tudo bem. Vamos mudar de assunto.

– Então tá - ele disse meio sem jeito.

– Eu já vou – Eu disse me levantando. – Tenho muita coisa pra fazer.

Ele pareceu um pouco desapontado, mas assentiu com a cabeça.

– Eu vou com você. Também tenho um trabalho de adivinhação pra fazer.

Começamos a andar em direção ao castelo. O silêncio entre nós era constrangedor. Eu
Realmente queria falar alguma coisa, mas não conseguia. Eu tinha passado dos limites e fiz tudo ficar estranho. Mas fiquei muito feliz quando Harry começou a conversar comigo.

– Olha, sinceramente não sei porque eu inventei de escolher Adivinhação como uma das matérias desse semestre.

– Ainda bem que eu já larguei essa matéria, eu sou péssima nela. – Comentei com uma careta. De fato, adivinhação não era pra mim.

– Nem pra mim, a professora Trelawney insiste em dizer que tem algo me seguindo. Uma sombra... algo sinistro... – Ele tentou fazer uma voz assustadora que só me fez rir.

– Sinceramente, aquela mulher é louca. Não sei como ela é uma professora de Hogwarts.

– Não sei também... Acho que ela nunca acertou nenhuma previsão na vida dela...

Nós continuamos conversando e trocando risadas. Eu quase pude esquecer do que tinha acontecido. Quase. Mas não conseguia.  Algo nele me deixava desnorteada. Nunca senti nada assim por ninguém. Acho que eu realmente estou apaixonada por Harry Potter.

Quando chegamos de volta no castelo e caminhamos pelos corredores até chegarmos no quadro da Mulher Gorda, nos separamos. A conversa havia continuado por todo o caminho o que me deu um profundo alívio. Agora que eu realmente aceitei meus sentimentos por ele, não quero que tudo mude. Eu não posso deixar que a nossa amizade acabe.

Me dirigi ao meu quarto e comecei a estudar na cama, com um tempo acabei adormecendo sem querer. Ultimamente eu tenho estado muito cansada. Eu nunca dormi estudando antes. Nunca mesmo. 

☆     ☆      ☆

No dia seguinte a minha conversa com Harry, tivemos nossa primeira aula de Defesa Contra Artes das Trevas com o prof. Lupin e eu estava muito animada. Desde o nosso primeiro ano que não tivemos nenhuma de Defesa contra Artes das Trevas decente. Primeiro com o prof. Quirrel que era um servo de Você Sabe Quem e depois com o prof. Lockard que era uma farsa.

Até hoje não sei onde estava com a cabeça quando cheguei a admirar esse homem. Ele era completamente sem noção. Ainda não sei como ele acabou na vaga de professor de Hogwarts.

☆    ☆     ☆

Nossa primeira aula foi maravilhosa! Eu amei a metodologia do prof. Lupin e acho que vou aprender de verdade essa disciplina. Ele parece ser um ótimo professor. Eu realmente não esperava muito do novo professor levando em consideração todos os que já tivemos, mas dessa vez eu realmente me surpreendi.

Logo após a aula, me retirei para um canto do salão comunal para resolver meus deveres de casa em paz. Aliás nem sei porque é que se chamam de "deveres de casa" se nós resolvemos eles na escola.

Estava tão concentrada, que nem notei quando alguém se aproximou.

– Oi Mione – Olhei para o lado mesmo que já tivesse reconhecido aquela voz. Era o Harry. – Me ajuda com uma coisa...

– Eu não vou te dar o meu dever de Transfiguração pra você copiar, já disse antes. – Fui logo dizendo sem tirar os olhos dos pergaminhos a minha frente.

– Não, eu só queria sua ajuda com o dever de Poções...

– Posso ajudar se for algo rápido, mas é que eu estou realmente atolada em dever de casa.

– Não se preocupe, é algo super rápido.

Ele se aproximou e colocou alguns pergaminhos para que eu pudesse vê-los. Comecei a tirar a dúvida e explicar para ele de uma forma mais didática. Ele me observava com atenção e não desviava o olhar por nada.

Comecei a ficar nervosa quando ele começou a fitar a minha boca e acabei me perdendo nas palavras, gaguejei sem perceber.

– Acho que eu entendi, Mione. Muito obrigado. – Ele desviou olhar para os pergaminhos. – Você parece muito ocupada, tem algo que eu possa fazer pra te ajudar?

– Acho que não... – Respondi dando de ombros. – A não ser que você saiba como dar conta de tantas disciplinas ao mesmo tempo sem querer se jogar de uma ponte.

– Não sei mesmo... – Ele arqueou a sobrancelhas, confuso. – Mas posso ajudar você a se distrair um pouco...

– Como...? – Perguntei já com medo da resposta.

Harry começou a se aproximar lentamente e eu paralisei. O que ele pretendia? Ele não faria isso, faria? Ele encaixou a mão no meu rosto, fazendo um arrepio percorrer todo o meu corpo. Ele continuou me encarando, enquanto eu me afogava lentamente naqueles olhos verdes.

Ele aproximou ainda mais seu rosto do meu e eu fechei os olhos, sentindo meu rosto queimar. Nossos narizes se tocaram e eu senti seu hálito quente. Seus lábios roçaram levemente nos meus, fazendo com que tudo dentro de mim se desmontasse ainda mais.

Um barulho fez com nós nos separassemos totalmente envergonhados. Rony havia se aproximado e barulhento como era, derrubou um vaso em uma das mesinhas do canto.

Aparentemente ele não tinha percebido o que estava acontecendo entre Harry e eu, o que era um alívio. Mas em compensação ele tinha estragado tudo e ainda deixado um clima super constragedor entre nós.

– Mione! O seu gato estava perceguindo o Perebas de novo. Dá pra contralar essa sua fera peluda??!! – Exclamou ele se aproximou ainda mais, depois de recolher o vaso.

– É da natureza dele Rony! Ele é um gato e o Perebas é um rato! – Ralhei com ele, totalmente irritada.

Estou pensando sinceramente em usar o meu réu primário. Me levantei de uma vez e recolhi as minhas coisas, evitando olhar para os dois, fui para o dormitório das meninas fervendo de ódio e vergonha.

Amor ou Amizade? Uma História ApaixonanteOnde histórias criam vida. Descubra agora