De Volta a Hogwarts - Harry

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Finalmente as férias de verão estão acabando. Nunca estive tão ansioso para voltar para a escola.

Sinceramente, eu não suporto mais conviver com os Dursleys. Eles estão cada vez mais insuportaveis (se é que isso é possível). Desde que eu voltei para passar as férias de verão em casa, eles estão me evitar o como se eu fosse uma doença contagiosa.

Eu normalmente não me importo com esse comportamento, especialmente agora que o tio Walter assinou minha permissão para visitar Hogsmeade durante o período letivo. Essa foi a única coisa boa nessas férias de verão.

Eu não vejo a hora voltar para Hogwarts, ver meus amigos e voltar aos meus treinos de Quadribol, sinto falta até de suportar as aulas do Snape. Tá, talvez disso eu não sinta falta.

Olhei pela janela e vi a Edwiges voltando de um de seus passeios noturnos. A minha fiel companheira de todas as horas. Ela pousou na cama e dando um beliscão carinhoso na minha mão, se empoleirou em sua gaiola.

Volta a observar todo o meu material de estudo que está à minha frente, na cama. Recolho meus livros e pergaminhos e guardo-os debaixo de uma tábua solta e cobro um tapete gasto. 

Eu estava terminando de fazer o dever de casa que o prof. Flinwick passou. Esse é o único momento que posso colocar todas as matérias em dia, no silêncio da noite e sem Dursleys para me atrapalhar.

Já é bem tarde da noite e amanhã eu vou pegar o Expresso de Hogwarts amanhã bem cedo, então eu resolvi dormir. Deitei na cama e dormi bem rápido.

*      *      *

Acordei na manhã seguinte praticamente aos pulos, corri para o banheiro e tomei um banho o mais depressa possivel. Após terminar de me vestir, peguei o meu malão e o arrastei escada abaixo, fazendo com que tia Petúnia ralhasse comigo a alto e bom som. Mas nem isso afetou meu bom humor.  Deixei ele perto da porta e me dirigi pafa tomar o café da manhã na cozinha.
 
O café da manhã não foi exatamente silencioso como eu esperava. A tia Petúnia e o tio Walter mal olhavam para mim, pois estavam anulando o botijão de gás que chamavam de filho. Faziam mil e um comentários sobre a partida do filho, que também voltaria para escola hoje, dizendo que ele parecia um homem bem-sucedido e outras baboseiras que eu não prestei atenção.

Duda não respondia nada, só assistia à televisão nova que ganhara de aniversário como se estivesse hipnotizado.

Antes de sair da cozinha, tomei coragem e me colocando ao lado do tio Walter, perguntei:

– Você vai me levar para Londres, tio?

– Hã? O que...? – Olhou para mim, estreitando os olhos de besouro. – Ah... vou... vou sim. Se for pra me livrar de você vou até a lua.

Ele despediu-se de Duda e dando um beijo de despedida na tia Petúnia, pegou as chaves da carro e saiu de casa. Segui ele, arrastando meu malão e entrei no carro dele que cheirava a molho de tomate e Duda.

A viagem foi até bem rápida. Chegamos a King's Cross antes das nove e meia, e atravessei a plataforma e não olhei nem para trás. Quando me dei por conta, já estava observando o Expresso de Hogwarts e todas as pessoas que entravam nele.

Antes que eu desse mais um passo para frente, alguma coisa colidiu contra meu corpo e meu rosto se afundou num monte de cabelos crespos com aroma de coco. Era a Hermione.

Ela logo se afastou e começou a conversar comigo normalmente. Eu respondia distraidamente, pois estava me recuperando daquela abraço e de tudo que ele me causou.

– Você recebeu meu presente? – Ela perguntou.

Ela tinha me presenteado com um estojo de manutenção de vassouras.

– Sim. Eu adorei! – Respondi, sorrindo. – Vai ser muito útil. Especialmente nesse ano, como diria o Olívio, a Grifinória vai ganhar a taça de quadribol esse ano, quero nem saber!

Ela sorriu de volta, com as bochechas meio vermelhas. Notei que havia um brilho diferente em seu olhar, algo que eu nunca tinha reparado antes.

– Vamos entrar logo, eu encontrei uma boa cabine. – Disse ela e eu concordei com a cabeça.

Entramos no trem um do lado do outro e procuramos uma cabine vazia.  Passamos pelos corredores lotados e parei em uma das primeiras cabines, ouvindo um barulho alto de risadas e espiei pela janela.

Lá dentro haviam duas meninas da corvinal rindo e o Fred e Jorge, que provavelmente eram a causa do riso. Uma das garotas era loira e tinha parecia meio excêntrica, pois usava roupas estranha. E uma garota de cabelos cacheados que estava de costas para mim, rindo descontroladamente.

O Jorge foi o primeiro a me ver e acenou, saindo da cabine.

– E aí, Harry! Mione! – Disse ele, sorrindo. – Ei, Fred! Vamos! – Chamou ele.

– Já estou indo! – Disse Fred para o irmão. – Você vai sentir minha falta, não vai? – Perguntou para garota de cabelos cacheados.

– Não. – Respondeu ela sem hesitar.

– Oh! – Fred colocou a mão no peito, se fazendo de ofendido. – Eu sei que é mentira. Você vai morrer de saudades de mim.

– Para de ser dramático, Fred! – Exclamou ela, meio rindo. – A gente ainda vai se ver na escola.

– Eu sei... mas não vai ser a mesma coisa... – Continuou com seu drama. – Nós somos de casas separadas e não vamos nos ver com frequência... e eu sei que você está com medo de que eu me esqueça de você nesse meio tempo...

– Claro que sim, estou apavorada. – Retrucou ela, praticamente respirando ironia.

– Mas não se preocup, eu prometo que não esquecerei de você! – Ele disse ao tasca um beijo na mão dela.

– Ah, mas que gentil da sua parte. – Respondeu sem controlar o riso. – Jorge! Controle seu irmão! Ele está me dando nos nervos! – Gritou ela, fazendo a amiga rir.

Jorge entrou de novo e puxou o irmão pela manga da camisa, Fred se despediu da garota lançando um beijo com a mão. Não pude ver o rosto dela, mas parece que ela gostou.

– Quem era? – Perguntei para Fred.

– Algumas amigas nossas da Corvinal. – Respondeu Jorge.

Hermione me puxou pelo braço, mas não antes que eu pudesse reparar no brilho diferente que havia nos olhos de Fred. Entramos numa cabine, onde já estava as coisas dela e um gato alaranjado dormia a sono solto num dos bancos. Sentei no banco a frente do dela.

– Esse gato é seu? – Perguntei quando ela começou a fazer carinho nele.

– Sim. Ele é lindo não? – Eu queria dizer que não, mas não quis ser rude. – O nome dele é Bichento.

Nós conversamos um pouco mais sobre como tinham sido as ferias, até que Rony chegou na cabine e começamos a
falar de Quadribol.

Não sei porque, mas eu tenho uma estranha impressão de que esse ano vai ser bem diferente dos outros...

Amor ou Amizade? Uma História ApaixonanteOnde histórias criam vida. Descubra agora