Desejos ocultos

O inicio de um sonho

O barulho no quarto me despertou, vinha do banheiro e a luz estava acessa então supus que seria o Marcos que havia chegado, olhei no relógio que marcava 01:15, ele apareceu na porta no momento que ia chamar seu nome para saber se estava tudo bem. Ele veio em direção a cama e pelo seu caminhar eu sabia que ele estava visivelmente alterado e bebera além da conta, se enfiou em baixo da coberta me beijando e envolvendo meu corpo em seu abraço. O odor de Whisky ainda era forte em seu hálito, mas ele parecia feliz. A rotina de Marcos era muito corrida, dificilmente o via animado daquele jeito e não me importava quando ele passava um pouco do limite, logo assim que me beijou caiu no sono, porém começou a falar enquanto dormia como se estivesse conversando comigo em seus sonhos. - Você devia ter ido amor foi muito legal, o Pedro e a menina dele são incríveis. - Aquele comentário me despertou a atenção - A menina dele? Será que é a mesma que vi na visita ao sítio e na casa dele? - Fiquei perguntando a mim mesmo. - Quem será essa menina? O que significa o que tinha visto, ela parecia mais que uma empregada, se portava como um tipo de escrava, aquilo não era normal e mesmo assim tinha mexido tanto comigo.
Eu ainda não conseguia entender o que mexeu tanto comigo, se foi aquela menina ou a situação todo, vê-la ali seminua e em estado de total subserviência a ele fizeram os pensamentos rondaram minha cabeça e não conseguia pensar nisso sem ficar excitada. Por sorte o negócio estava fechado e depois que eu levasse o contrato para reconhecer no cartório a venda estaria concluída e provavelmente nunca mais iriamos vê-los novamente, e logo tudo isso ficaria no passado distante, após muito tempo peguei no sono sem imaginar que estava errada em minha suposição.
- Amor acorde! perdi a hora! - Marcos me sacudiu enquanto se arrumava as pressas, o relógio não despertou ou se despertou não ouvimos e ele estava atrasado para o trabalho. - Pegue minha gravata, sapato e meias por favor? - Ele estava vestindo a camisa enquanto prontamente fui ao closet e voltei com o que me pediu, me ajoelhei em sua frente para colocar sua meia, e por alguns instantes fiquei ali parada, era incrível, mas nunca havia me visto naquela posição antes e por algum motivo me senti diferente. Uma sensação nova e prazerosa, quando voltei a mim Marcos me olhava de um jeito estranho que eu não conseguia traduzir.
- O que foi amor? - Ele perguntou com um sorriso no rosto. - Nada amor você está atrasado então deixa eu te ajudar.
- E muito atrasado! - Ele levantou após eu colocar sua meia e sapatos e foi para o banheiro.
- Vou descer e preparar um café para você amor - Provavelmente só terá tempo de comer algo na hora do almoço, pensei comigo. - Ta bom eu já desço. - Ele respondeu enquanto escovava os dentes.
Preparei o café e deixei a mesa arrumada, minutos depois ele desceu e estava lindo, Marcos havia ganhando um pouco de peso, e com o tempo havia deixado de praticar esportes e de malhar, porém ainda sim continuava lindo. Em seus 42 anos não aparentava a idade que tinha, com seus 1,82 metros, cabelos sem nenhum fio branco e seus olhos castanhos claros ainda deviam chamar bastante atenção na rua, fiquei surpresa, pois fazia muito tempo que não reparava nele daquela forma, o tempo estava sendo generoso e apesar de mais velho e da falta de atividade física ainda sim conservava uma aparência mais jovem, enquanto eu tinha que malhar quase que diariamente para manter meu corpo em forma, e com aquele terno ajustado em seu corpo fiquei, tentada a transar com ele ali mesmo sobre a mesa se ele não estivesse tão atrasado.
- A mesa está pronta, come algo antes de sair!
- Obrigado amor. - Ele pegou um pão e começou a comer enquanto eu lhe servia um café. - Amor não esquece de levar os documentos para autenticar, o Pedro já transferiu o dinheiro para a conta e assim que você autenticar o negócio estará fechado oficialmente. - Era perceptível a animação em sua voz.
- Que ótimo amor, vou hoje depois da academia.
- Ótimo amor! - Marcos tomou o café, me deu um beijo e saiu ainda comendo o pão e instantes depois ele partiu para o trabalho com a garagem atrás dele.

O dia estava ensolarado e a frente fria havia ido embora , de acordo com o que a mulher do tempo dizia na rádio sintonizada no carro enquanto eu dirigia a caminho da academia. Normalmente iria andando, mas precisava ir ao cartório depois do treino então não tive opção, a academia estava cheia o que era comum para aquele horário, fui direto para os aparelhos de musculação no fim do corredor esperando encontrar a Márcia e o carrasco lá e estava certa exceto pelo fato de ela estar sozinha.
- O que houve, cadê o carrasco? - Perguntei a Márcia olhando em volta a procura do nosso personal.
- Não sei amiga disseram que ele pediu demissão ontem! - Ela falou com cara de quem sabia mais do que dizia.
- Nossa, mas assim do nada, ele parecia gostar daqui e o pessoal parecia gostar dele. - Respondi um pouco decepcionada.
- Parece que ele foi acusado de assédio. - Ela sussurrou ao se aproximar de meu ouvido.
- Serio!? - Eu falei um pouco mais alto do que deveria, provocando um psiu dela.
- Sim é o que estão comentando, te conto os detalhes quando sairmos daqui, agora vamos treinar, eles disseram que logo teremos um novo personal, mas por enquanto estamos por nossa conta. - Ela sorriu como se estivesse gostando daquilo.
Márcia sempre fora a que tinha menos apreço pelo carrasco, em seus 40 anos ela não estava em sua melhor forma, vivia reclamando de seu peso e era indisciplinada quando o assunto era atividade física. Talvez por isso ela era a que menos gostava dele, pois ele sempre exigia mais dela do que qualquer uma de nós, porém, eu a achava bonita, era loira e tinha olhos verdes que chamavam a atenção, além claro dos seios fartos e do quadril largo, ela sempre gostou de usar roupas provocantes com decotes generosos, como se precisasse chamar a atenção dos homens para se auto-afirmar como uma mulher desejada e bela.
- E cadê as meninas? - Perguntei mudando de assunto.
- Parece que tinham compromisso então não vem hoje. - Ela me respondeu com indiferença.
- Ótimo assim podemos conversar, tem algo que preciso te contar. - Ao dizer isso o rosto dela se iluminou. Márcia adorava uma novidade ou uma fofoca e até tinha uma certa fama de fofoqueira, mas quem a conhecia como eu sabia o quanto ela podia guardar um segredo quando se tratava de uma amiga.
- Você adora me torturar né!? - Ela disse com um risinho. - Vou ter que esperar até terminar o treino? - Seu rosto era como o de uma criança pedindo doce, e eu sabia que ela queria que eu contasse ali mesmo.
- Aqui não dá é algo muito pessoal e hoje está cheio, vai ter que esperar! - Eu sorri e ela estava certa, adorava fazer isso com ela.

Márcia me olhava curiosa do outro lado da mesa em um canto reservado próximo à janela na nossa lanchonete de costume, eu mexia o suco procurando palavras para explicar a ela tudo que aconteceu nos últimos dias e que tinha mexido tanto comigo. Márcia era minha confidente quando o assunto era sexo, nos conhecemos na faculdade e ela sempre tivera a mente muito aberta além de ser popular entre os meninos e as meninas também. Ela era o tipo de mulher que brincava com os garotos e apesar de se achar feia o que eu sempre discordei, sabia como usar seu charme para conseguir o que queria e na maioria das vezes sempre conseguia.
- Vai falar ou não!? - O tom de sua voz já demonstrava impaciência.
- Não sei como te falar! - Eu disse ainda envergonhada. - Mas vamos lá. - Bebi um gole do suco e comecei a contar tudo em detalhes sobre o encontro que tive com Pedro, da cena no sítio e depois na casa dele, relatei como me senti com aquilo e como esse sentimento estava causando conflito em mim, não só por achar errado, pois sentia que estava traindo o Marcos, mas tambem pelo desejo que aquilo estava despertando em mim. Márcia tomou um gole do seu suco enquanto me olhava como se estivesse me analisando, ela adorava fazer um suspense.
- Eu não entendi uma coisa, o que desperta o seu desejo? A menina ou o cara? - Ela voltou a beber do seu suco, agora fazendo bico ao puxar o canudo.
- Sinceramente não sei, eu o vi apenas duas vezes e nas duas ocasiões ele estava acompanhado, claro que a menina foi o que mais me chamou a atenção, porém não sei dizer se foi ela ou a situação em si que mexeu comigo. - Só de lembrar da cena eu sentia algo dentro de mim, um desejo estranho, mas ao mesmo tempo tão forte - Na casa dele quando ela se aproximou de mim e eu vi seus lábios, senti seu perfume eu a desejei, porém, também quis estar no lugar dela, entende?
- Hummm. - A expressão em sua face mudou depois do que eu disse, agora parecia intrigada. - Então deixa eu ver se entendi, você desejou ela sexualmente, porém, também desejou estar no lugar dela servindo ele, estou certa? - Eu assenti com a cabeça. - Isso que em disse é novo até para mim e olha que eu sempre pensei que já tivesse tido todo tipo de experiência quando o assunto é sexo, já transei com dois caras, com casal, eu curti, apesar de preferir homens, já me relacionei com mulheres também o seu desejo, mas nunca me vi servindo a um cara dessa forma e nem sei se o faria. - Ela parou a janela por alguns instantes como se tivesse refletindo a respeito do assunto. - Como anda sua vida sexual com o Marcos? - Ela perguntou ainda olhando pela janela e me pegando de surpresa.
- Vai bem... espera não é o que está pensando, não é carência - Respondi sem ter muita certeza da minha própria resposta. - Quer dizer, sempre nos demos bem na cama e transamos com uma certa frequência, porém tanto eu quanto ele nunca fomos muito de inovar nesse aspecto. - Eu olhava para o suco com vergonha do que acabara de dizer.
- Ai talvez esteja o problema. - Márcia voltou a olhar para mim. - A rotina pode acabar com qualquer relação, e o fato de isso tudo ser novo para ti talvez seja o motivo de ter despertado esse desejo, já falou isso para o Marcos?
- Não! Eu nem teria coragem, além do mais ele poderia acabar querendo tirar satisfações com o Pedro e estragar a venda do sítio, então preferi nem comentar.
- É você está certa, não valeria a pena perder o negócio por causa disso e além do mais pelo que me disse está concluído e não precisarão se encontrar novamente, provavelmente logo isso se tornará uma lembrança distante.
- Você tem razão, vou tentar não pensar nisso e logo irei esquecer, vida que segue né!?
- É isso ai, vida que segue! - Marcia levantou o copo fazendo o gesto de um brinde como se estivesse comemorando algo.

Três semanas haviam se passado desde que finalizamos a venda do sítio, Marcos estava radiante, pois já havíamos dado o primeiro passo para nosso sonho, nos últimos dias nós tínhamos visitados vários imoveis disponíveis para alugar a procura do lugar perfeito, porém seja pela localização, pelo imóvel ou pelo valor do aluguel ainda não havíamos tido sucesso, essa busca era frustrante e contagiante ao mesmo tempo, mas Marcos não deixava se abalar "É só uma questão de tempo, o mais importante ja temos agora é preciso ter paciência" ele sempre dizia, lembrei dessas palavras no momento que saí de casa para visitar mais um imóvel, Marcos ainda não havia pedido demissão da empresa onde trabalhava por isso eu fazia a maioria das visitas, se o local parecesse promissor ele ia em uma segunda ocasião, Márcia já acenava para mim de dentro do seu carro parado em frente a minha casa, ela estava de férias no trabalho e aceitou ir comigo quando pedi, o local dessa vez era perto do centro, porém em uma região que eu não conhecia muito bem então achei melhor não ir sozinha.
- Nossa pensei que não ia sair mais, estava quase indo embora - Márcia me disse parecendo irritada, assim que entrei no carro.
- Para de ser chata nem demorei tanto assim, não precisa desse nervosismo todo! - Márcia era a pessoa mais bem humorada que eu conhecia, mas nos últimos dias ela parecia meio irritada - Você estava precisando mesmo dessas ferias, se continuasse adiando iria ficar insuportável.
Chegamos no centro da cidade pouco depois do meio-dia parei o carro em um estacionamento duas quadras abaixo do local indicado, a rua estava movimentada devido à hora do almoço, pessoas iam e vinham e o cheiro de comida pairava no ar, o movimento da rua me chamou a atenção, afinal era de um ponto assim que precisávamos para um restaurante, porém em compensação a concorrência era grande somente na rua que estávamos eu vi 4 restaurantes, a faixada estava um precisando de uma reformulada e alguns reparos, mas nada de mais, encostado em frente a loja estava um homem parado, alto e de bom porte físico, usava uma calça jeans e camisa vermelha de manga curta, seus cabelos tinham um corte moderno e a barba desenhada, estava parecia esperar alguém e eu julguem que fossemos nós.
- Boa tarde, você é o Flávio? - Peguntei ao me aproximar dele.
- Sim sou eu, você deve ser a Jaqueline certo?
- Sim sou, essa é Márcia minha amiga. - Márcia não perdeu tempo em cumprimenta-lo, logo percebi que ela tinha achado ele atraente. - Viemos ver o imóvel.
- Ah sim seu marido me avisou que quem viria era você, vamos entrar? - Ele abriu a porta de vidro, nos dando espaço para entrar.
- Viu que delicia!? - Márcia sussurrou para mim assim que passamos, mas pelo sorriso que brotou no rosto dele imaginei que ele tivesse ouvido aquele comentário.
Ele foi super educado, nos mostrou todo o imóvel sempre fazendo comentários a respeito do que já havia sido reformado a pouco tempo e das partes que precisavam de reparo, explicou que antes o espaço estava alugado para uma loja de roupas, e que precisaríamos fazer algumas mudanças se quiséssemos transformar o local em um restaurante, desde que não mudasse nada que comprometesse a estrutura original ele não iria se opor, enquanto ele ia explicado eu tirava algumas fotos com o celular para mandar depois para o Marcos avaliar.
- Bom acho que é tudo, o que achou? - Ele me perguntou assim que terminou de me mostrar o último comodo do imóvel.
- Eu gostei muito, não só do imóvel como do local, percebi que é bem movimentado.
- Sim bastante, temos um centro comercial, duas quadras abaixo, e essa rua é um dos acessos, por isso passam muitas pessoas por aqui durante o dia e a noite também, há muitos lugares nas proimidades que os trabalhadores usam para happy hour.
- Isso é animador! Não acha Marcia? - Ela não tirava a atenção dele e ele parecia estar gostando daquilo.- Márcia?
- Ah! oi! Sim gostei parece um ótimo local, Flávio você mora aqui por perto? O local é perigoso? - Ele deu um sorriso o que indicou que ele também percebeu a intensão daquela pergunta. Márcia não perdia a oportunidade de jogar charme.
- Não o bairro é tranquilo, devido ao centro comercial sempre tem policiais fazendo ronda e as equipes de segurança privada também.
- Mais um ponto a favor! - Eu tentando não demonstrar muita animação, até aquele momento esse era o melhor imóvel que havíamos visto, mas ele não precisava saber disso. - Obrigado por dispor do seu tempo, agora temos que ir, mostrarei ao meu marido, as fotos e repassar tudo que me falou, ele vai decidir e entrar em contato contigo.
- Ótimo fico aguardando o contato dele então, o que acha de almoçarem comigo? - O olhar que ele deu a Márcia não deixou duvidas de que o charme dela tinha funcionado. - Tem um restaurante ótimo aqui perto. - Eu sinto muito, mas temos que ir. - Eu senti Márcia me cutucar quando recusei o convite. - Quem sabe em outro momento.
- É uma pena, mas tudo bem, de qualquer forma fiquem com meu cartão, me liguem se precisar. - Márcia foi mais rápida e pegou o cartão antes. - Se ela não ligar eu ligo, posso? - Descemos a rua sem esperar pela resposta, afinal o sorriso dele já dizia tudo.

Eram por volta de oito horas quando Marcos entrou em casa, me encontrou no sofá da sala com um livro na mão.
- E ai amor como foi a visita?
- Oiii amor como foi seu dia? - perguntei com tom de ironia para provocar, a ansiedade tinha tomado conta dele desde que começamos a procurar o imóvel, e ele sempre chegava querendo saber sobre cada visita que fazia, quando não conseguíamos falar durante o dia. - Parece que você não pensa em outra coisa além disso, nem em mim!
- Oh! amor, como foi seu dia? - Ele me deu um longo beijo logo após perguntar.
- Meu dia foi bem e divertido, levei a Márcia comigo e ela até deu em cima do Flávio - Eu disse rindo assim que ele me soltou.
- A Márcia não tem jeito dá em cima de todo mundo, parece homem - ele riu ao dizer isso.
- Porque homem você dá em cima de todo mundo? - Eu perguntei com cara de brava.
- Eu não amor, sou a exceção - Ele voltou a rir, mas dessa vez era o sorriso maroto que eu tanto gostava nele, sempre que ele ria dessa forma eu me lembrava do dia em que nos conhecemos, o tempo havia passado e o tempo o havia mudado um pouco, mas aquele sorriso era o mesmo. - Mas me conta como foi a visita? Gostou do local? - Eu repeti tudo o que o Flávio havia me dito e falei sobre a localização e o movimento que havia visto, que o deixou muito animado.
- Que bom amor vou ligar para o Flávio e marcar outra visita, quer ir comigo?
- Não amor eu já vi o lugar, mas chama a Márcia ela iria adorar uma nova oportunidade de ver ele de novo.
- Para eu ficar de vela? To fora! - Ele riu e se jogou em cima de mim me cobrindo com beijos, de repente ele parou e disse ao me olhar - Ah! eu esqueci de lhe dizer, convidei o Pedro para jantar conosco na sexta, tudo bem?
- Pedro? O que comprou o sítio? - Eu perguntei surpresa. - Porque não me consultou antes?
- Sim ele mesmo, não falei nada porque achei que não se importaria, quer que eu desmarque?
- Não, de forma alguma agora você já convidou, não tem mais o que fazer né?! - minha voz saiu um pouco irritada. - Seria deselegante!
- Tudo bem, da próxima vez falo contigo antes, tudo bem?
- Ta bom, ele vai vir sozinho ou acompanhado?
- Ele vai trazer uma amiga ou algo assim.
- Entendi, tudo bem amanhã vejo o que vou preparar para esse jantar, agora irei para o banho.
Deixei o sofá em direção ao banheiro com o som da voz dele ao fundo dizendo que me faria companhia em um instante, aquela notícia havia me deixado nervosa e, ao mesmo tempo excitada mesmo sem saber o motivo, logo agora que eu estava começando a esquecer o diabo volta para me tentar, eu pensei comigo mesma ao entrar no banheiro enquanto deixava a roupa espalhada pelo corredor.