Então e isso...Não tem mais volta

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As lagrimas continuam caindo pelo meu rosto, já faz mais de mais hora que minha tia do embora, escuto meu celular tocar não quero falar com ninguém me levanto e me arrasto ate o quarto antes de completar o caminho a campainha toca, poderia ignorar a pessoa ate ela ir embora, o som estridente ecoa pelo apartamento novamente
Droga
Sigo ate a porta e vejo pelo olho magico Miguel e Pedro provavelmente querem conversar não estou com clima para conversa
-Malu estamos ouvindo a sua respiração atrás da porta abre precisamos conversar – Pedro fala
Fico entre a cruz é a espada não posso mais ignora-los, assim que abro a porta e vejo seus rostos a vontade de chorar retorna um nó na garganta
-Malu o que aconteceu ?
Não consigo encara-los e começo a chorar novamente, sinto braços ao meu redor e entramos em casa sou colocada cuidadosamente no sofá Pedro tenta me acalmar passando suas maos levemnete pelas minhas costas
-Ei, o que aconteceu? - Pedro me pergunta – Esta nos assustando
Não consigo falar minha garganta trava, me agarro mais neles me permitindo apenas chorar, passo acho que uns dez minutos com eles ao meu lado finalmente me acalmo e consigo falar
-Me desculpem por isso – falo, isso não deveria ter acontecido fui fraca
-Malu nos conte porque chora? - Miguel me questiona
Olho para eles sem saber o que falar
-Malu nos conte o que esta havendo pode confiar em nós - Pedro fala me olhando
Suspiro, me levanto do sofá indo ate o criado mudo onde retiro uma foto dos meus pais e a única lembrança que tenho deles
-Esses são meus pais – falo mostrando a foto a eles
Eles olham as fotos atentamente e vejo um leve sorriso nos seus labios
-Você se parece com sua mãe - Pedro fala
-Eque todos dizem – falo – MInha mãe morreu no meu parto – Falo e sinto minha garganta fechar
-Sentimos muito – Miguel fala
-E por isso que não gosto de comemorar meu aniversário - falo e me sento no meio deles apoiando minha cabeça no ombro de Miguel
-Eu a matei – falo e sinto novamente lagrimas cairem pelos meus olhos
-Claro que não Malu a culpa não foi sua – Pedro fala se ajoelhando na minha frente e olhando em meus olhos
-No dia em que nasci eu destrui minha familia
-Malu... - Miguel me olha mas não deixo completar a frase
-Meu pai sofreu muito com a morte da minha mãe, mas ele trabalhava de dia e por mais cansado que estivesse todas as noites ele estava comigo e me colocava na cama – falo me lembrando do passado
Pedro e Miguel me olham e atentamnete em nunhum momento me soltam segurando minha maos
-Eu me lembro como se fosse hoje, eu tinha 10 anos e  estava na escola brincando com algumas crianças quando tropeçei e cai em cima de uma mesa quebrando o meu braço - falo – A escola ligou para o meu pai, no caminho ate o hospital meu pai sofreu um acidente um carro o atropelou – As lagrimas ja correm livremente pelos meus olhos – Ele ficou muito ferido e o motorista não prestou socorro ele passou quinze dias na UTI ate que foi diagnosticado com morte cerebral, a sua unica familia era eu e ele era a minha – Fecho os olhos me lembrando do meu pai
-Depois disso eu fui morar com a minha tia por parte de mãe, depois da morte da minha mãe ela nao mantinha contato comigo, mas ela era a minha única parente proxima, quando me mudei eu me lembro de estar muito triste pela morte do meu pai, naquele dia minha tia me falou que a minha avo que eu nem cheguei a conhecer tinha entrado em um estado grave de depressao logo após a morte da minha mãe e que um tempo depois tirou sua propria vida, e que eu era culpada de todo o mal que tinha acontecido naquela familia – falo – Descobri um também que meu avo tinha perdido a lucidez depois que minha avo faleceu hoje ele vive em um asilo
Nunca tinha contato essa historia para ninguem
-Na maioria do tempo consigo viver bem, mas hoje eu..- meus labios tremem e tenho uma nova crise de choro
-Malu me olha – Pedro fala
Ao olhar seus olhos vejo o quanto ele esta preocupado
-Nada disso e culpa sua, foi uma horrivel fatalidade mas não e sua culpa – ele fala
-Todas as pessoas que se importavam comigo morreram, eu não sei amar, não posso amar nenhum relacionamneto meu durou muito tempo, porque eu sempre me retraio não quero que voces esperem algo de mim que eu sei que nao vou consiguir dar a voces – falo
-Malu nos te amamos e não vamos te deixar – Miguel fala
-Se quiser manter nosso relacionamneto em segredo, tudo bem não vamos mais te cobrar isso, deste de que fique com a gente – Pedro fala
Nesse momento percebo o quanto  o sentimentos dele são fortes, ambos me olham abriam mão daquilo que querem so para poder ficar comigo, nunca me senti tão segura como me sinto com eles me sinto amada, confio neles pela primeira vez eu acho que me permitir amar novamnete eu sei que não e um amor convencional mas eu acho que me apaixonei, acho que chegou a hora não posso ter vergonha de amar
-Eu ... - Tenho medo de falar que os amo e acabar perdendo eles tambem, mas eu sei que não conseguiria seguir em frente sem eles
-Não quero manter nosso relacionamnto em segredo, eu quero assumir eu sei que vai ser dificl mas, se estiverem comigo eu quero ao menos tentar – falo
Vejo seus olhos iluminarem e um sorriso encatador abre em seus labios
-Esta falando serio? - Miguel pergunta
Antes de responder Pedro me puxa para um beijo, e um beijo cheio de paixão me perco nos seus lábios e pela primeira vez no dia me permito sorrir, seus labios logo são substituidos pelo os do Miguel seu beijo e menos afoito do que o de Pedro ele me beija com calma mas e tão intenso quanto.
Ao sair do beijo ainda estou com as pernas bambas e respirando com dificuldade
-Obrigada – Miguel fala
Franzo a testa
-Pelo o que ? - pergunto
-Por confiar em nos, sabemos o quanto isso pode ser dificcil para voceê– Pedro completa a linha de raciocinio com o irmao
Olho para eles e naquele momento eu sei que não tem mais saida não tem mais jeito eu me apaixonei, nao tem mais volta eu os amo
Então e isso...não tem mais volta

Toda forma de amar (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora