Parte 3

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A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.

Luis Fernando Veríssimo 

Ela ajeitou os cabelos pela última vez antes de sair do almoxarifado, ele abotoava a calça de costas para ela, ao sair pelo corredor, ela se virou para ele e perguntou:

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Ela ajeitou os cabelos pela última vez antes de sair do almoxarifado, ele abotoava a calça de costas para ela, ao sair pelo corredor, ela se virou para ele e perguntou:

-Qual seu nome?

-Thiago.

Ele se virou para ela:

-E o seu?

-Bianca

Ela atrasou um pouco o passo, sentiu um forte desejo de perguntar mais alguma coisa.

-Porque me assediou no metrô? -perguntou ela seguida de um minucioso arrependimento de ter perguntado aquilo.

-Porque se acha a vítima nisso tudo? Eu só estava indo para casa, você quem se esfregou em mim.

-Ah, certo. -Ironizou ela -Com quantas outras mulheres você fez isso?

-Como eu disse, você quem me tocou.

-Deixa de ser idiota.

-Aliás, você quer sair comigo? -Perguntou ele.

-Não, óbvio que não -Respondeu incrédula.

-Estarei no clube setenta e sete hoje, me encontre lá -Disse ele saindo

Setenta e sete? Babaca, que nome mais idiota pra um clube, clube de quê seria isso? O que o faz pensar que eu vou realmente pra esse lugar?

Bianca riu, era uma piada alguém querer controla-la.

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Naquela tarde ela decidiu correr pelas redondezas da casa, sentia uma enorme exaustão ao ficar presa em quatro paredes, não queria ir pra academia também, não estava tão animada pra isso, ela não sabia porque correr naquele momento era o melhor a se fazer, mas ela corria, não tinha o costume de correr fora da esteira, quando notara estava de tênis, calça legging e uma garrafa.
E agora ela corria mais rápida que na esteira, sentiu o suor escorrer por seu rosto, pensou em parar e tomar um pouco da sua água mas desistiu, continuou correndo cada vez mais rápida, parecia correr de alguma coisa, porém ela não sabia ao certo do quê estava correndo, correu até as pernas não lhe obedecerem mais, quando se deu por si estava estatelada no chão com o sol sobre o seu rosto.

eu preciso ir ao setenta a sete hoje, droga! que saco

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A muito tempo ela não saía sozinha à noite, à muito tempo também ela não ia para aquelas redondezas, eram bairros distantes da cidade, mas ela confiava no GPS que a guiava pelas ruas esburacadas dos subúrbios.

O mistério da sensualidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora