Em casa

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Meghan Clark

Eu costumava achar que era feliz. Saía, bebia, fumava. Descontava toda a minha frustração no álcool e em beijos que não significavam nada. Minha mãe, Malu, vivia exausta, lutando para se manter em pé no metrô e no ônibus. Sua vida era um turbilhão de apertos e tropeços, mas ela continuava firme e forte, sempre ocupada e determinada. Já meu pai, Christian, é aposentado e parece não ter propósito. Divorciado de minha mãe, ele mora em um apartamento chique e bem decorado, algo que parece fora de lugar para alguém tão desleixado quanto ele. Ele não fuma, não bebe, não usa drogas; apenas é cego de um olho e se afunda em jogos de dominó. De vez em quando, tenta encontrar uma nova companhia, mas sempre acaba se metendo em confusão, sem saber como se comportar como um namorado moderno. Ele não sai de casa e passa os dias mergulhado em DVDs antigos de black music, isolado no seu próprio mundo.

Eu sou uma adolescente cujos pais não têm tempo para entender o caos da minha vida. Externa uma rebeldia que contrasta com a inquietação interna. Não tenho ninguém para compartilhar meus sentimentos. Nunca tive um namorado sério; apenas me envolvo com pessoas sem compromisso e me refugio nos meus livros de romance. Quem sabe algum dia esses romances não se tornem realidade? Porque, honestamente, estou desesperada por alguém que me faça sentir felicidade verdadeira todos os dias. Não custa tentar.

Tenho 16 anos e estou começando o primeiro ano do ensino médio. Uma nova fase está prestes a começar, e eu mal posso esperar para ver onde isso vai me levar...

Meu nome é Meghan Clark. Esta sou eu na foto, com cabelos pretos e longos. Ao meu lado está minha mãe, Malu.

 Ao meu lado está minha mãe, Malu

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