• Capítulo 3 •

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Henrique, vulgo: Morcego. 43 anos. Mestre na estratégia.

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(Algumas horas antes da invasão)

MORRO DO VIDIGAL. 13:45 DA TARDE.

Gavião N.R

O leopardo ficou pistola comigo, quase me matou. Saí da boca e fui à casa do Morcego. Ele é o responsável por organizar as invasões.

Gavião: Dale Morcego, meu mano apertei sua mão.

Morcego: Dale, brow. Já voltou das férias? Fala acendendo um cigarro.

Gavião: Voltei sim. Voltei hoje. Acendo um beck. Como vão as coisas por aqui?

Morcego: O Vidigal sempre calmo, mas o que me incomoda mesmo, é a Rocinha. Fala negando com a cabeça.

Gavião: Por quê? O que houve? Pergunto pegando o narguilé.

Morcego: Aquela puta metida a dona, tem um poder de fogo altíssimo. Se ela decidir nos atacar, estamos ferrados. Ela contratou os mais caros atiradores de elite da região. Ela é uma inimiga forte. Fala puxando o narguilé com o cigarro na mão.

Gavião: Caralho, mano! Foi isso que eu estava pensando. Mesmo eu passando esses dias fora, fiquei por dentro das coisas que aconteciam. Baforo o narguilé também.

Morcego: Teu irmão não tem jeito pra administrar esse morrão não. Tinha que ser alguém de fibra. Alguém que pense alto. Fala mexendo em uma papeleta.

Gavião: Mas então... O que nós podemos fazer? Invadir sozinhos? Começo a rir.

Morcego: Não vejo o porquê da risada, é exatamente isto que nós vamos fazer; invadir! Seus olhos brilhavam.

Gavião: Cê tá fumando maconha estragada, irmão? Impossível a gente invadir sem o consentimento do Murilo, ele é o dono deste morro. Jogo o narguilé.

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