Summer or Winter?

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Estou olhando para janela a frente da minha mesa do trabalho, observando a chuva fina que caía sobre alguns pedestres que passavam pela rua, está quase no final do outono o inverno rigoroso logo chegaria em Londres.

- Você está ocupada?

- Depende, se for pra você sim. - Dou uma risada ainda olhando para a janela.

Me viro para olhar Tom que está encostado na minha mesa com os braços cruzados.

- Muito bem, então não conto - ele diz andando em direção a porta da sala.

Contar o que?

- Ei mocinho pode ir parando ai mesmo! - digo e no mesmo instante ele para e vira sorrindo.

- Essa sua curiosidade ainda pode te pôr em problemas, você sabe disso?

- Eu sei, mas por enquanto isso mantém meu emprego, você sabe disso?

Trabalho em uma revista digital de Londres, passei por vários departamentos até que a coluna de música me prendeu, sabe quando você ama o que faz e deixa de ser um trabalho? Pois é assim que eu me sinto escrevendo meus artigos e pesquisando sobre os novos artistas da indústria musical.

- Touché! - diz colocando a mão no peito. - Eu só vim ver o que você estava aprontado.

Conheci Tom Holland no corredor da empresa ou melhor ele me derrubou no corredor, nesse dia eu tinha terminado um artigo e fui na cozinha pegar um pouco de chá e no meio do caminho apareceu o Tom carregando uma pilha de papéis enorme que não deixou ele me ver e acabou com os dois no chão rindo da situação.

- Tem mais coisa aí - digo.

- Talvez - diz brincando com o potinho de canetas em cima da mesa. - Estou com um plano para hoje a noite.

- E?

Ele coloca o potinho na mesa e dá um mini sorriso.

- Não sei qual restaurante de Londres valha a pena ir, então queria sua ajuda.

- Tem um no Park Road, eu nunca fui, mas todos me falam dele, quem sabe você goste.

- Você quer ir lá comigo? - ele pergunta.

Meu deus, isso me pegou de surpresa, a última vez que saímos foi tão péssimo, mas engraçado que ele disse que nunca mais iriamos sair juntos pra não acontecer outro desastre.

- Eu? Tom você esta bem? Lembra da última vez que saímos e a noite acabou com você dormindo no meu banheiro porquê não conseguia ir para o quarto de hóspedes?.

- Lembro, por isso eu estou te convidando para ir em um restaurante e não em um bar.

- Eu topo, mas já vou logo avisando que não vou te ajudar de novo se você beber demais.

- Eu não vou! - diz sorrindo - eu passo na sua casa as 8.

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Falta 10 minutos para 8 horas e ouço o barulho de alguém batendo na porta, vou em direção da porta colocando o brinco, assim que eu abro sinto um arrepio na espinha.

Tom esta com uma blusa social de manga longa branca, o casaco está dobrado e suspenso no braço.

- Ual - falamos ao mesmo tempo.

- Você está muito bonita - Tom fala olhando para minha roupa.

Estou usando um vestido preto que eu amo e que me deixa confortável.

- Então agora eu tenho valor? - provoco.

- Não, não foi isso que eu quis dizer - diz com vergonha e com as bochechas ficando rosadas.

- Eu sei, só estou brincando com você! vem entra - dou passagem para ele entrar e fecho a porta - já estou pronta só vou pega meu casaco.

Vou em direção ao quarto, mas paro no meio do caminho e me viro para vê-lo.

- Hey Holland! Você também está bonito hoje.

Ele sorri e fica sem graça.

Pego meu casaco e saímos do apartamento.

O restaurante fez jus a todas as vezes que me indicaram, Tom e eu passamos a noite toda rindo e aquilo me vez muito bem.

Ele parecia diferente, passei a noite reparando no formato da sua boca quando ele sorria, ele ficava tão lindo sorrindo.

Por quê eu só fui perceber isso hoje?

Entramos no carro para irmos embora.

E como sempre, sendo eu desastrada, na hora de colocar o cinto bati a fivela no lábio no mesmo instante a dor veio.

- Ai! - coloco a mão em cima da boca

- Você está bem? A comida te vez mau? Ou foi o vinho? - Tom diz preocupado.

- Não, eu bati o cinto na boca, você consegue ver se está sangrando?

Ia dar meia noite, a rua não tinha muita iluminação e a única luz era a de dentro do carro, Tom chegou mais perto para olhar, tão perto que senti o cheiro de seu perfume.

Ele olha e olha de novo, eu conseguia perceber a respiração pesada dele, ele estava perto demais.

Minha respiração começou a ficar pesada também, e a dor começou a sumir, Tom desviou a atenção da minha boca para meus olhos, a mão dele começou a passear pelo meu rosto, o que me deixou arrepiada, fechei os olhos no mesmo instante.

Ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e a mão dele faz o caminho de volta até minhas bochechas.

Abro os olhos e acho que não vou conseguir aguentar isso por mais tempo, começo a me aproximar dele, eliminando todo espaço que quase não havia entre a gente.

Fecho os olhos novamente e encosto nossos lábios, nosso beijo foi delicado.

Ele se afasta um pouco, abrimos nossos olhos e nos olhamos por um instante e dessa vez Tom é quem toma a inicitava e me beija.

O mundo parecia ter parado, a temperatura mudou do outono frio para um verão colorido e meu coração parecia que iria explodir dentro do meu peito.

Coloquei minha mão no rosto dele, dessa vez o beijo foi um pouco mais intenso, senti sua mão passando pela minha nuca e parando na minha bochecha.

Paramos quando o ar começou a faltar mas não diminuímos a distância, ficamos com nossas testas grudadas.

- Prometa que nunca mais irá machucar sua boca - diz ele rindo.

Dou risada do seu comentário

- Se você estiver do meu lado, acho que isso vai acontecer mais vezes.

Imagine Tom HollandOnde histórias criam vida. Descubra agora