Pʀɪᴍᴇɪʀᴀs Iᴍᴘʀᴇssᴏ̃ᴇs

18 1 0
                                    

Começar o dia com musica é sempre uma boa maneira de iniciar - caso não fosse triste - ela tinha mania de sempre apertar no aleatório no spotify, em uma daqueles playlist de como começar o dia. Dessa forma além de não precisar ter que escolher a música, ainda conhecia músicas novas, visto que nunca foi do tipo que teve uma banda preferida ou algo assim, então dessa forma ela conhecia músicas novas, cantores e bandas também.

O café da manhã havia sido reforçado, sentou-se a mesa com os pais e o irmão mais novo. Uma torrada, um pão que ela fez questão de pôr queijo e peito de peru e café puro, porque chá era algo delicado demais para amanhã. Ela deu um beijo estalado na bochecha de todos presente na mesa, o irmão mais novo, como sempre, para implicar limpou com o dorso da mão e fazendo uma cara de nojo onde Eliza havia beijado. Parecia até comercial de manteiga.

Ela saiu da sua casa e foi no exato momento que Marlon chegou no seu carro preto preste a buzinar para indicar que ele já havia chegado.

- Em ponto - Ele deu um sorriso de canto com os lábios - Bom dia, ELInda.

Sim, Marlon era besta o bastante para fazer certos trocadilhos mais besta que você possa imaginar. Eliza sentou o banco do carona após entrar no automóvel.

- Bom dia, MARavilhoso - E Eliza mais besta ainda para responder na mesma linha.

- Vamos pegar a Melissa - Ele disse antes de deixar que ela colocasse o cinto de segurança e sorriu de novo.

Ela bufou, já estava confortável no banco para sair. Contudo, sabia como Melissa fazia questão de ir no banco do carona ao lado do namorado. Então ao invés de ir pelo caminho mais "longo", que seria: abrir a porta, fechar a porta, abrir a porta de trás, entrar e sentar, fechar a porta de novo e colocar o cinto de segurança, quando era o certo a se fazer. A garota fez o favor de ir por entre os dois bancos da frente julgando que aquele caminho era o mais curto, mas também mais complicado. O rapaz riu da amiga e lhe deu um tapa na sua bunda devido aquela posição.

- Maldito! Inferno, Marlon.

Ele riu ainda mais quando ela se acomodou no banco de trás, se ajeitando.

- Sua sorte que eu não dei partida no carro, ia ser mais hilário ainda.

- Ha Ha Ha - Ela olhava para ele com aquela cara de poucos amigos - Fico contente de saber está satisfeito com a diversão matinal.

- Estou sim, obrigado por perguntar.

A garota só se limitou a revirar os olhos, colocando o cinto, porque apesar de está no banco de trás, usar o cinto era muito importante para a segurança, para isso que o objeto havia sido criado. Além de que havia regras de trânsitos a serem seguidas e Eliza não queria que seu melhor amigo ganhasse uma multa.

Apesar de Marlon ser um ano mais velho, ele era da mesma turma e do último ano como Eliza. Os seus pais haviam colocado um ano mais tarde na escola por alguns problemas pessoais, o que fez a mãe de Marlon ser extremamente apegada com ele o que dificultou o processo de deixar o filho sair da barra da sua saia.

O começo do ano letivo era sempre animado no colegial, porque nessa volta das férias as pessoas gostava de se rever e ficar de olho se algum ser humano diferente que estivesse no ambiente. Carne nova.

Marlon abria a porta do carro para a sua namorada e ela sempre lhe dava um selinho agradecendo, Eliza nunca esperou que ele abrisse pra ela, então sempre saia logo assim que ele estacionava o carro em uma das vagas de estudante disponível.

Enquanto o casal estava encostado no carro se pegando, Eliza olhava o motoqueiro que estava chegando na escola, daqueles do tipo clichês mesmo, roupas e jaqueta de motoqueiro pretas e descoladas demais. Ela tinha uma leve opinião de que ele queria chamar atenção, afinal, quem é se veste daquele jeito em plena segunda feira? Ela tinha a certeza de que ele escutava rock metal. Era inevitável não fazer esse pré-conceito sobre ele. Aluno novo com toda certeza, já que ela era observadora e já teria prestado atenção se caso ele já fosse estudante do colégio.

Pelo menos a moto dele não fazia aquele barulho irritante do ronco do motor.

No entanto para a surpresa dela, quando o capacete foi finalmente tirado revelava que era uma garota e só teve mais certeza quando a jaqueta foi aberta. O motoqueiro tinha seio, na verdade motoqueira, tatuagem também. Eliza sentiu o rosto esquentar sem jeito. "Não era muito" de fazer um pré-conceito sobre algo - na verdade, ela era sim devido ao seu lado critico - contudo foi inevitável não fazer naquelas situação. O cabelo era curto na parte posterior e ia alongando para parte anterior, ficando mais longo na parte da frente, um daqueles cortes moderno e bem repicado, dando um ar de ousadia e rebeldia ainda mais, para completar a coloração cinza dos fios atraía atenção, a raiz negra por fazer não parecia desleixo e sim mais bonito, como se o cabelo fizesse um degrade. Eliza teve uma ponta de inveja da garota exalar personalidade, além de beleza com seu estilo peculiar, que como pode perceber não era o estilo preferido de Eliza. Já que de coloração dos seus cabelos eram naturais desde que se entendia por gente, não que ela não tivesse tido uma vontade de mudar, mas o medo do arrependimento bater era maior. Além do que seus cabelos eram lindos com a coloração castanho avermelhado.

Ela não se deu conta que esse tempo todo pensando seus olhar ainda estava na garota nova, que agora também lhe olhava com seus olhos cor de avelã e com uma das suas sobrancelhas levemente arqueadas, com uma expressão de "O que você está olhando? Perdeu algo aqui?", inevitável Eliza não ter ficado mais vermelha do que um tomate. E naquela altura já achava que tinha feito a garota sua inimiga sem intenção alguma, não que ela fosse fazer amizade, mas não era intensão fazer inimizade.

- Elinda, vamos - Marlon beijou sua bochecha.

Ela concordou com a cabeça e pegou o seu braço livre, o lado que a namorada de Marlon não ocupava. Ele sorria feliz, afinal, tinha a melhor amiga e a namorada que até então não haviam quebrado pau. Entretanto, ele nunca admitiria que seria muito difícil ficar do lado da namorada, pois sua relação com Eliza era muito maior que qualquer namoro que ele tivesse. Eliza compartilhava da mesma ideia de que amizade vinha acima de relacionamento.

Eles foram andando lado a lado conversando sobre coisas aleatórias e no decorrer do caminho iam cumprimentando conhecidos, principalmente Marlon, afinal ele era o popular. Marlon deixou a namorada na sala dela, que pra tristeza do casal e felicidade de Eliza não eram a mesma que a dele, mas Eliza ia ser da mesma sala de Marlon, então seguiram caminho para a sala deles.

Não seria surpresa se Eliza gostasse de exatas, era matérias que tinham precisão, apenas uma resposta certa, caso tivesse outras repostas estava errado, podia ter um caminho diferente de chegar, porém era sempre a mesma resposta. Já humanas te dava de dez a mil possibilidades, ainda mais matérias como filosofia, a incerteza causava alergia só de pensar. Mas pelo menos tinham ideias fixas para marcar na prova.

Como desde de sempre, Marlon sentava na cadeira ao lado de Eliza, porém na outra fileira, assim para ficar mais próximos apenas puxavam para o lado a cadeira. Eles sentavam exatamente na 4 cadeira e as duas filas mais próximas da janela ou a parede, esse seria o seu lugar até o final daquele ano letivo (ao menos que em alguns dias algum espírito de porco decidisse se sentar lá).

Para sua surpresa antes do professor entrar a motoqueira toda de preto entrou na mesma sala que eles dando uma boa verificada, procurando um lugar que ela julgava ser apropriado para ela, então escolheu o perto da parede a onde ficava a janela, mesma fileira que Eliza contudo na última cadeira (como era de se esperar). Passou por entre as fileiras e entre Marlon e Eliza se sentando e fazendo como um daqueles clichês de histórias, colocando seus fones de ouvindo e se acomodando na cadeira de uma forma que iria foder sua coluna daqui a alguns anos, senão fosse já toda fodida.

Marlon colocou uma mexe do cabelo de Eliza que escorreu pro seu rosto quando ela virou levemente a cabeça para o lado com o propósito de olhar a garota, porém sua atenção voltou para ele novamente.

- Elinda, vamos tomar sorvete a tarde naquela sorveteria nova que abriu? - Marlon.

- Lógico que sim, idiota, seria tudo para mim - Ela sorriu de orelha a orelha, era adorava os rituais deles, como toda a semana eles tinham que conhecer algum lugar ou só ficar em casa juntos, não importa o quanto um deles estivessem ocupados, tinham que ter tempo um pro outro.

A conversa iria se estender caso o professor de exatas não tivesse entrado em sala para dar início ao ano letivo com uma das matérias preferidas de Eliza.

ᴀ ɢᴀʀᴏᴛᴀ ϙᴜᴇ  ɴ̶ᴜ̶ɴ̶ᴄ̶ᴀ̶  ᴘᴇʀᴅᴇᴜOnde histórias criam vida. Descubra agora