Era tudo falso

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O sol estava forte, e batia na janela da casa de Hannah refletindo em seus olhos e a acordando às 07:37 da manhã de um sábado, ela estica os braços e abre um dos olhos, pegando seu celular de baixo do travesseiro e olhando o horário ela simplesmente volta a deitar de bruços.

-Ata que eu vou levantar as sete e trinta e sete de um sábado

Ela fala baixinho consigo mesma voltando a fechar os olhos.
Ela fica parada naquela posição por um tempo e logo se vira para o outro lado, ela coloca um pe para fora da coberta, e logo estica um braço pra cima...

-Ah, já deve ter passado uma meia hora e eu não consigo dormir. Que droga!!

Ela se vira para cima e coloca o travesseiro em cima de seu rosto soltando um leve grito abafado pelo acolchoado da almofada.

-Bom, eu vou ver o horário... Talvez já seja mais tarde agora mesmo...

Ela pega o aparelho novamente e percebe que ainda são 07:42. Haviam se passado somente 5 minutos dês de a última vez que ela viu.

-Mas que caralh* mesmo!!!

Ela se levanta e fica sentada em sua cama por algum tempo olhado para o chão.

-Como eu odeio acordar

Finalmente ela fica de pé e pega suas roupas pra ir tomar banho quando percebe que o banheiro está trancado.

-Quem tá ai!?

Ela grita não muito alto para não acordar o resto da casa.

-Sou eu!

Ela revira os olhos percebendo que essa era a voz de seu primo mais novo.

-Você é insuportável sabia Mike!?

Ela fala se agachando encostada na parede ao lado da porta do banheiro.

-Sabia!

É possível escutar algumas risadas quando ele responde em tom de deboche.
Após algum tempo Hannah consegue tomar seu banho matinal, colocar suas roupas casuais e desce até a cozinha de sua casa, tentando fazer alguns ovos mexidos para comer quando escuta alguém bater na porta com muita força

-ATENE HANNAH!!

Sua mãe que estava sentada na sala assistindo televisão ao lado da porta grita para ela, claramente com intenção alguma de levantar e andar meio metro até a porta para abri-la

-TO INDO MÃE!

Ela grita da cozinha dando alguns passos rápidos até ao cômodo ao lado e abrindo a porta quando se depara com uma figura encapuzada que possuía um leve sorriso demoníaco.

-... Oi... Quem é você?

Ela para de escutar a televisão da sala, o barulho dos carros havia desaparecido e os pássaros param de cantar, era um silêncio total como se ela tivesse travada no tempo.
A figura levanta um pouco o seu rosto e mesmo estando escuro é possível ver que por baixo daquele capuz sombrio tinham... Marias chiquinhas com as pontas cor de rosa. Mas o que era aquilo? Hannah perguntava a si mesma.

-Ola... Hannah, eu não tenho muito tempo para conversar, então serei breve, tudo que você viveu até hoje... Era tudo falso, nada de que você acredita ser real realmente é, você pode estar pensando que eu sou louca ou que isso é um trote, mas realmente não é... Eu sei que preciso te explicar melhor, mas não tenho tempo então peço para que venha se encontrar comigo na rua 143 do bairro BlackRose em frente aquele castelo antigo exatamente as dezoito horas de hoje...

A figura sem mais nem menos se vira para trás como se fosse ir embora e após 2 passos, vira-se para Hannah novamente dando um salto e quase encostando seu rosto no dela cochicha em seu ouvido com uma leve risada macabra

-Eu estava quase me esquecendo... Caso você duvide de mim e não vá ao meu encontro essa noite... Pode ter certeza que sua mãe não verá a luz do dia de amanhã...

Ela se afasta novamente, e por incrível que pareça ela estava sorrindo muito gentilmente com um olhar muito calmo, como se não tivesse dito a coisa mais terrível do mundo para uma adolescente universitária, de repente, Hannah pisca, e a figura já não estava mais ali.
Ela vira-se pra trás e fecha a porta

-Quem era Hannah?

Os sons voltam ao normal e sua mãe fala normalmente, como se não tivesse escutado a conversa toda... Quer dizer, ela deveria ter escutado, ela estava a menos de dois metros da porta, não série possível ela não ter escutado as coisas horríveis que aquela pessoa havia dito a sua filha

-N-não era ninguém, Mae!

Ela fala de forma repentina e gaguejando um pouco quando sua mãe lança sobre ela um olhar duvidoso, porém muito sério, como se soubesse que era estava mentindo

-Está certo Hannah, então vá para a cozinha e me traga um suco por favor, sim?

-Está bem, mãe!

Mesmo tendo concordado, era possível ver alguma agitação em sua mãe após aquela figura bater na porta, seria aquela garota fazendo alguma coisa com ela? Não era possível, mas, poderia ela acreditar? Enfim... Ela vai até a cozinha e termina de preparar seus café da manhã junto ao suco de sua mãe, ainda pensando se aquilo era verdade... Quer dizer... Por mais difícil de acreditar que fosse, aquela pessoa havia sumido na frente de seus olhos, seria isso somente um trote ou será que era real? Com certeza ela ficou com medo, mas ao mesmo tempo com muita vontade de descobrir mais sobre o que era aquilo...

The Angelic ProphecyOnde histórias criam vida. Descubra agora