Part. III

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- Huh. Talvez aqueles babacas estejam fazendo alguma entrega, não me impressiona.

- I: Ah, por favor. Não se preocupe, eles apenas fazem isso para impressionar garotas, não os levem tão a sério.

- Pfft. Qual é, estou apenas brincando, dá pra ver os meus músculos.

Ele flexionou um pouco seus braços em um tom mais "grosso", podendo ser um pouco engraçado. A garota cobriu seus lábios com alguns de seus dedos ao deixar uma risada baixa escapar, fechando suas pálpebras. Levado pela curiosidade e pela bondade da garota, apoiou seu rosto na mesa graças o seu antebraço, na intenção de puxar uma conversa:

- Mas então... O que uma pessoa como você faz por aqui? Quero dizer, Toronto é um lugar lindo, mas é difícil achar alguém que supera a beleza daqui.

- I: U.. Uh! Não precisa ser tão idiota, garoto! E, estou apenas de passagem, talvez eu procure uma casa por aqui.

- Oras, apenas estou tentando retribuir. Casa, você diz? Eu moro algumas quadras daqui, tem algumas casas para venda, poderia te mostrar, caso não tenha problema.

- I: Seria muito bom! E, agradeço o seu elogio, mas eu não assim.

- Eu dificilmente minto sobre essas coisas.

Rindo pelo seu ato, viu a concordância do caixa, sendo amigo do jovem. Ele pegou um guardanapo, retirando uma caneca de seu bolso, vermelha. Anotou o seu número no material um pouco grosso.

- I: Aliás, o que alguém como você faz por aqui?

- Uh, eu? Bem, eu trabalho com algumas pinturas, além do meu gosto meio estranho por pássaros. Caso queira um retrato feito à mão, aqui meu número. Eu estou com tempo vago, essa época nunca há tantas pessoas interessadas por isso, principalmente com a tecnologia de hoje.

- I: Obrigada! Você parece ser legal, posso perguntar seu nome?

- Phablo. Meu nome é Phablo, prazer.

- I: Prazer, Phablo! Nome bonito, me chamo Isabela.

- Haha! Ah, seu nome é mais bonito que o meu.

- I: Pfft, seu bobo. Aliás, bela ideia do número, isso me lembra filmes antigos.

- Bem, eu tenho meus gostos peculiares, os antigos sempre são os melhores.

[ Alguns minutos se passaram. Sendo mais sincero, algumas horas se passaram, elas não conseguiam terminar a conversa no momento, parecia que ambos se envolviam um com o outro. ]

Já quase às 16:30 da tarde, Phablo se deparou com seu relógio velho, notando o horário. Vendo estar tomando o tempo e atenção da garota, sorrindo entretida, deu o último gole na terceira caneca de Achocolatado pedido. Ela, vendo a iminente saída do jovem, percebendo que o conhecia um pouco, se levantou junto da bolsa.

- I: Ei, Phablo. Não querendo te incomodas, mas você poderia me mostrar as casas? Eu meio que estou sem um lugar pra ficar, talvez o dono me deixe passar a noite lá em troca de uma parte do pagamento adiantado.

- Bem, eu estava indo pra lá, não vejo problemas em te acompanhar. Talvez você goste do bairro, há bastante pessoas, vigilantes e etc.

Ele sorriu, meio envergonhado pela recente companhia, vendo-se ocupado com ela. Retirou de sua carteira a quantia dos pedidos, optando por pagar por ela, não se importando muito. Apanhou seu casaco e sua boina, esperando ela na entrada, abrindo para a mesma a porta.

Eles saíram do local, puxando assunto, foram até a rua dele. Em um ângulo de 160 graus, demonstrou seus vizinhos que habitavam as casas um pouco rústicas, sendo obrigados a cumprimentar Isabela, talvez por educação. Ele apontou para sua casa; Uma vermelha com detalhes brancos quase como de mármore, tinha a entrada enfestada de neve por dentro da área do quintal, a maioria das gaiolas estavam do lado de dentro. As casas à venda estavam fechadas com suas luzes apagadas, nem mesmo o número estava exposto, parece que algumas crianças rasgaram os cartazes. Ele se desculpou, coçando sua nuca, se sentiu um pouco decepcionado.

- Mas que.. Diabos? Qual é, essas crianças, que sempre gostam de estragar tudo?

- I: Ei, ei. Não se preocupe, eu entendo, até de onde eu vim há suas crianças levadas. E, bela casa, Phablo.

- Tch. Você em razão, ela bem bonita. Ganhei do meu Avô alguns anos atrás, ele viajou para Tóquio, está com minha mãe. Meu pai continuou no Brasil junto de minha irmã, às vezes o visito.

- Ah, caramba! Aonde que minha educação está?! Deseja tomar algo? Água, suco..?

- I: N-Não! Não precisa se preocupar, estou cheia dos doces. Obrigado por ter pagado, eu posso retribuir depois.

- Não, não! Não precisa, você já me rendeu algumas boas histórias, vai me dar criatividade para pinturas. De qualquer jeito, deseja visitar o meu escritório?

Um Inverno Quente Onde histórias criam vida. Descubra agora