Eu te amo, Min

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Era um dia frio de inverno quando nos conhecemos. O céu nublado com previsão de chuva, mas foi só meu olhar pairar sobre você que o sol apareceu. Foi como mágica. Aliás tudo em você era mágico.

Quando você entrou na biblioteca meu mundo parou. Tudo acontecia devagar e eu não conseguia parar de olhar para você. Não sei se foi seu sorriso, não sei se foi seu jeito fofo de se comunicar com todo mundo, ou até mesmo se foi seu olhar em minha direção, mas sei que, no momento em que te vi, eu me apaixonei perdidamente.

Me apaixonei pelo "menino sol", sim, foi assim que te apelidei, afinal, sua aura exalava positividade e iluminava tudo e todos ao seu redor. Não havia uma pessoa naquele estabelecimento que não te conhecesse e me senti um tolo por não ter idéia de quem você era. Não poderia te culpar por isso, afinal, eu nunca prestava atenção ao meu redor e sempre me sentava afastado de todos.

- Enigma do Príncipe? uh esse é bom, o final me destrói toda vez, mas, com certeza, a Pedra Filosofal é quem tem o maior espaço no meu coração - você disse sorrindo para mim.

Foi a primeira vez que ouvi sua voz. Meu coração acelerou, minhas mãos suavam e eu não sabia como falar, não sabia colocar palavras em uma frase e você poderia ter feito qualquer coisa, você poderia rir da minha cara, fazer uma careta ou até sair de perto. Mas você ficou ali e, ao ver minhas mãos tremendo, apenas entendeu meu nervosismo e respeitou meu momento.

- repete comigo por favor, inspira e expira - ao dizer isso puxou o ar lentamente e expirou devagar - vamos

Repeti junto com você os mesmos movimentos vezes o suficiente para me acalmar e conseguir te responder algo.

- eu gosto do Prisioneiro de Azkaban - disse baixinho olhando pro chão

- sabe, esse é meu segundo favorito! Mas gosto do primeiro livro porque ali foi onde tudo começou, a fantasia, o universo, a história. É ali, bem na Rua dos Alfeneiros, n°4 que teve seu ponto de partida. Gosto disso. Do começo. - você sorriu e estendeu a mão - Lee Minhyuk

- Lee Jooheon - apertei sua mão.

E esse foi o nosso começo, a nossa Rua dos Alfeneiros, n°4.

Sinceramente não me recordo em que momento ficamos tão íntimos, afinal, toda as vezes que nos encontrávamos era especial. Talvez tenha sido no cinema quando fomos assistir Guerra Civil e você chorou horrores no meu ombro? Não, não, talvez tenha sido quando fomos tomar sorvete e eu tropecei e quase cai. Você riu de mim naquele dia, e a sua risada era o som mais lindo que eu tive o prazer de escutar. Mas, quer saber, eu acho que foi antes.. Talvez naquela biblioteca, falando de Harry Potter, talvez nossa intimidade tivesse acontecido no dia em que nos conhecemos. É, eu acho que foi isso mesmo.

Minhyuk eu sou perdidamente apaixonado por você desde o dia que nos conhecemos, mas como um bom amigo sempre te ouvi.

Sempre te ouvi (calado) falando dos seus namorados que deram errado, sempre te ouvi (calado) falando das suas paixões, e sempre te ouvi (calado) falando do quanto você era sortudo por eu ser seu melhor amigo.

Confesso que por mais que sempre tenha te amado, sempre fui medroso e tive medo de competir com suas paixões. Tive medo de competir pois sabia que iria perder, e eu preferia te amar calado mas te ter ao meu lado, do que te amar abertamente e não poder te abraçar no fim do dia, não poder chorar no seu colo quando estive triste, não poder rir de uma piada desantiquada sua. Eu preferia o silêncio.

Mas Min, tudo pirou nos últimos quatro anos quando você disse que nunca esteve tão apaixonado em toda sua vida. No começo eu achei que era mais uma paixão como o Changkyun, foram meses com ele mas no fim, para a felicidade do meu coração, vocês não darem certo. E sim, eu sei o quão egoísta e possesso eu fui ao pensar e sentir isso, porque Minhyuk você não é um objeto! Você não é meu objeto, e nem de ninguém! Você é uma pessoa, com sentimentos e vontades como qualquer outra. Você pertence a si mesmo e a ninguém mais.

My (ex) Sunshine 》Joohyuk 《 oneshot - Monsta XOnde histórias criam vida. Descubra agora