Um Amor Inesperado

Capítulo 2

LOSA

Cheguei na casa da Raissa após quinze minutos. Olhei para o céu, logo percebendo como ele estava lindo. Mesmo o sol estando quente, as nuvens brancas estavam bem distribuídas. Realmente perfeito. Toquei a campainha, mas não recebi nenhuma resposta, o que me fez bufar irritada e rolar os olhos. Toquei mais uma vez e nada. Então peguei meu celular e mandei uma mensagem.

"Estou aqui na porta há minutos. Vem abrir essa merda!"

Toquei pela última vez.

Quando eu estava prestes a dar as costas e ir embora, a porta foi aberta pelo seu irmão. Dei de cara com Jack, e para variar, o homem estava sem camisa. Apenas com um short fino. E com toda a certeza a minha cara sem graça era notável, mas isso não me fez parar de encará-lo. Minha mente fértil me levou a pensamentos eróticos e insanos com este homem forte e alto em minha frente, e por um instante me desliguei do mundo.

Jack tem vinte e dois anos. Por mais que ele tenha sido um babaca no colégio, era bem bonito e o tempo só te fazia bem. Ele namora desde seu segundo ano com Safira Hills, uma garota que estudava na mesma sala que ele.

— Calma, eu já estava vindo abrir. — Jack disse, me trazendo para realidade

— Ah! Vocês estavam demorando para vir, e eu estou torrando no sol. — falei, apontando para a bola brilhante no céu.

— Entra. — ele diz, dando um espaço para que eu entrasse.

— Cadê a Raissa? — perguntei.

Entre na casa e percorri os olhos pela sala.

— No quarto, eu acho. — respondeu, dando de ombros sem saber se havia dado a resposta certa ou não.

— Ok, vou subir.

Ele apenas deu um aceno com a cabeça. Passei pela sala e vi que a Safira estava aqui também, ela estava sentada no enorme sofá, encarava algum filme que passava na televisão. Quando notou minha presença, olhou para trás e me deu um sorriso forçado. Ela parecia não gostar de mim, eu já notei isso, inclusive até comentei com a Raissa. Subi as escadas após cumprimentá-la e entrei no quarto.

— Por que não foi abrir a porta? — ela disse após entrar no quarto e ver que ela estava deitada na cama.

— Por que aqui não dá para ouvir? — levantou as sobrancelhas e se sentou na cama.

Rolei os olhos entediada e cruzei os braços. Sentei ao seu lado, mexi no seu cabelo longo. Os fios grossos pretos embolaram no meu dedo, fazendo a garota me olhar feio e eu pressionar os lábios.

— Foi sem querer. — sorri.

— Trouxe biquíni? — perguntou me encarando e neguei.

Era para trazer? Eu não sabia. Ela não me falou.

— Não. Era para trazer? Você não disse. — respondi com a testa franzida.

— Você usa um meu. — sugeriu simples e dando de ombros.

Levantou e foi até seu closet. Pegou um biquíni vermelho e jogou em cima de mim. Riu em seguida e pegou outro da cor branca, presumo que seja para ela.

— Iremos à praia? — perguntei, ainda sentada na cama.

— Não, Jack e os garotos vão realizar uma festinha aqui. — respondeu. — Você sabe que eles só vivem de festa.

Rolou os olhos e voltou a encarar o closet.

— Ah! Não estou a fim de ficar para festa. — molhei os lábios.