Capitulo 1

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Aurora accío.

Desde meus dezesseis anos eu trabalho a noite.

Meus pais me expulsaram de casa muito cedo, eu não tinha pra onde ir, não tinha amigos, não tinha ninguém por mim.

Eu me mudei pro morro do alemão, fiz amizades, e vi na noite minha chance.

Luiza me ajudou no início, eu era inexperiente, não sabia nada sobre o ramo, ela me ensinou tudo.

Eu não sou prostituta, sou acompanhante de luxo, você pode não notar as diferenças mais são enormes.

Nunca fui a meninas certinha, meiga e indefesa, pelo contrário. Sempre lutei por mim, busquei chances, refiz minha vida.

Eu pretendendo ir embora do morro, e quando eu for a Julia, luiza e o gringo vão comigo.

Eu não desprezo o morro, mais fora dele eu tenho mais chances, e posso viver como eu sempre quis.

Com luxúria!

— Luiza, porra. - Grito tentando acorda a Luiza. — Levanta, precisamos sair.

Luiza e cafetina é minha melhor amiga, claro. Ela me levou até a melhor boate do Rio, lá só tem caras ricos, famosos, mafiosos e elite.

As vezes é nojento, mais é meu ganha pão.

— Sai. - Luiza grita é me empurra. — Deixa eu dormi mozi.

— Luiza, eu só vou falar essa vez. - Falo puxando ela da cama. — Vamo, pelo amor que cê tem a mim.

— Tá. - Ela fala é se senta na cama. — Eu vou, deixa eu me arrumar.

— Ok, meu amorzin. - Ri da cara dela de sono. — Seja rápida.

Luiza e como uma irmã pra mim, ela mora junto comigo faz dois anos. Nossa relação é entre tapas e carinhos!

Saio do quarto é vou até a cozinha preparar nosso café. Eu como bem mais que a lu, por isso é mais pra mim.

Faço ovos com bacon, quatro torradas e café. Sinceramente, eu amo café.

— Que cheiro bom. - Luiza fala é vem até mim enrolada na toalha. —Já disse que te amo por ser a melhor irmã do mundo?.

— Não, mais eu sei que sou. - Dou um tapa na bunda dela e me sento pra comer. — Com quem vou ter o privilégio de sair hoje?.

— Deixa eu ver. - Ela pega o celular é olha a agenda, e meio estranho dizer, a lu sempre faz minha agenda, me fala como os homens são e me diz o que fazer pra agrada-los. — Raphael, Agusto é Cezar.

— Os mesmos da semana passada?. - Falo rindo. — Gamou na preta.

— Sim. - Ela ri. — Tem um cliente novo aqui, não sei o nome dele.

— Ui, que suspense. - Falo e tomo um gole de café. — Bora, hoje o dia é cheio mozi.

Eu e lu sempre nos chamamos de mozi, e um apelido meloso, mais eu gosto.

Passamos o dia no shopping, eu realmente precisava se coisas novas, comprei tudo que eu queria.

Depois fui ver meu bebê, o gringo é o melhor amigo do mundo, só que se envolveu no tráfico, eu nem o julgo até porque minha profissão não é da melhores.

— Gringo. — Grito na porta da boca. — Praga, abre aqui ô.

— Gringo não tá não moça. - Um homem sem camisa aparece, que gato. — Quer deixa o recado. - Me olha malicioso.

Santa Maria das siriricas que me proteja.

— Precisa não bê. - Falo mordendo o lábio inferior. — Manda ele ir me ver depois.

Saio rebolando de propósito, aliás, se não for pra causar eu nem saio de casa.

Eu não dou moral pra nenhum do morro, além de sair falando pra todo mundo, vem pagar de surtado. Deus me free.

Volto pra casa e vejo um homem numa moto se aproximar se mim.

— Sobe aí, nega. ‐ Ele fala é para a moto bem do meu lado. — Tô louco pra te comer de quatro.

— Primeiro, não te dei intimidade. - Falo gesticulando. — Segundo, pode sonhar a vontade, até porque isso não vai se realizar, beijo no coração mô. - Falo e mando o dedo pra ele.

Cada cara que me aparece, queria mandar tudo pra puta que pariu, mais eu amo viver né!

Chego em casa é aproveito pra maratonar minha série: Lá casa de papel. Que por sinal tá maravilhosa né.

— Oi mô. - Gringo chega e se joga no sofá. — Tava me procurando é?.

— Oi nenis. - Ri. — Tava, afinal, aonde cê tava Victor Morais?.

— Passei o dia em missão, gata. - Ele fala e meche nas pontas do meu cabelo. — Ah bebê, eu sou todo errado.

— Nem pra avisar né. - Falo e dou um tapa na cabeça dele. — Já deu minha hora Baby, tenho que cuidar.

— Ala, acha que é minha dona. - Fala. — Já?, af.

Dou um tchauzinho pra ele, mesmo sabendo que ele vai me seguir.

O gringo e meu melhor amigo desde que eu cheguei aqui, ele é uma das pessoas mais importantes da minha vida.

Eu não sou muito de chamar ele pelo vulgo, mesmo sabendo que combina com ele.

Somos um quarteto, eu, Julia, luiza e gringo. Amo eles de paixão.

Pego minha toalha e lingerie é vou até o banheiro. Tomo um banho demorado, passo um óleo de ameixa, escovo os dentes e preparo a pele.

Visto a lingerie, e saio do banheiro indo até o closet, separo um vestido curto prata com brilhantes, visto o mesmo e calço um salto preto.

Solto meu cabelo e faço cachos na ponta, coloco pulseiras, anéis, colar e brincos, faço uma maquiagem forte e passo perfume.

— Tá só o pitelzinho hein. - Gringo fala enquanto meche no celular. — Até eu pego.

— Ih, Colfoi. - Falo rindo.

Pego meu celular é minha bolsa é saio do quarto, chamo o uber é espero ele chegar

— Hoje tu chega que horas?. - Gringo fala.

— Acho que bem tarde. - Falo enquanto monitoro se o uber tá perto. — Me leva até a entrada do morro?.

— Entendi. - Ele fala triste. — Levo, bora.

Saio de casa junto com o gringo, fecho as portas e subo na moto.

Luiza já deve está lá, ela é quem comanda todas as meninas e programas.

— Se cuida, viu. - Falo depositando um beijo no gringo. — Já vou indo meu amor.

— Cê também. - Ele ri e beija minha testa. — Qualquer coisa é só ligar.

Entro no uber é vou falando com a Julia até chegar na boate.

A dama da noite Onde histórias criam vida. Descubra agora