Live Fast, Die Young (Camren/One Shots)

Summertime Sadness

Pov Camila

-Me beije com vontade antes de ir. -Eu disse, Lauren revirou os olhos. Acabara de me dar um selinho com mau gosto por causa da discussão que havíamos acabado de ter.  Ela apenas ignorou e foi embora.

Depois de um longo dia de trabalho, eu estava em meu melhor vestido vermelho, meu cabelo arrumado como o de uma rainha. Era o casamento de uma das minhas melhores amigas, amanhã ninguém tinha que acordar cedo e a noite é uma criança.

Lauren estava em seu melhor smoking feminino, ela ficava sensual demais com ele. Seu humor estava um pouco melhor da briga de mais cedo. Elas estavam cada vez mais frequentes, eu sentia como se estivesse perdendo Lauren aos poucos e não pudesse fazer nada.

Nos conhecemos através de Dinah, uma amiga em comum. Dinah é minha amiga de infância e conheceu Lauren na faculdade. Isso já fazem 6 anos, e estamos juntas desde então. No começo foi muito bom, experimentar algo novo, me redescobrir. Nossa relação com nossas famílias não era das melhores, eles meio que nunca nos aceitaram, aturavam por educação. Isso foi a maior motivação pra que eu e Lauren morassemos juntas logo. Como nós duas já estávamos formadas e em empregos estáveis, não foi um problema. Lauren era tudo que eu queria.

-Está pronta? -Ela perguntou se aproximando de mim.

-Sim... Estou. -Eu disse.

-Você está linda. -Lauren disse depois de um tempo, eu quase me derreto. Fazia muito tempo que ela não me elogiava mais, ou falava qualquer coisa positiva. Seu olhar pela primeira vez em muito tempo expressava desejo, não repulsa.

Entramos em seu conversível preto, com o teto abaixado permitindo que o vento jogasse nossos cabelos pra trás. Eu estava me sentindo elétrica, enquanto seu carro seguia o norte a 99km por hora. Tendo meu amor ao meu lado, eu sei que se eu morresse, eu morreria feliz aquela noite.

Chegamos até o local da festa, e eu já me sentia renovada, só pela paz que os últimos momentos tinham trazido. Lauren abriu a porta do carro pra mim, e saí segurando sua mão. Mal entramos na festa e fomos uma atração repentina, todos nos olhavam. Nós éramos lindas, especialmente naquela noite. E aposto que a tensão sexual que estávamos sentindo podia ser percebida há quilômetros.

A cerimônia toda ocorreu já no local da festa. Cumprimentamos o casal, tiramos várias fotos e finalmente começamos a nos divertir. Músicas animadas dos anos 90 tocavam enquanto todos pareciam estar contentes enquanto dançavam. Eu e Lauren também, ela estava solta como nunca e mal havia começado à beber. Seu sorriso raramente saia de seu rosto aquela noite, e pensei que estava me pagando em uma só noite pelos últimos anos.

Mas era mais que isso, não estava se divertindo sozinha, estava se divertindo comigo. Fazia questão de segurar minhas mãos e me obrigar à dançar, e se eu demorava demais no bar pra pegar as bebidas, ela ia me buscar. Eu não sei nem ao certo quantas vezes eu me re-apaixonei por Lauren naquela noite, ela simplesmente estava fazendo tudo certo.

As músicas foram pra um pop recente, e então pra músicas românticas atuais, e nós ainda estávamos dançando. Uma música lenta e sensual começou a tocar, imaginei até que era algo como Lana Del Rey. Os casais se juntaram mais ainda pra dançar naquele ritmo embreagante. Lauren segurou minha cintura e a apertou, me puxando pra si. Não havia mais nenhum espaço entre nossos troncos, mas nossas bocas ainda estavam apenas se roçando. Lauren deu brecha pra que acontecesse um beijo, mas quando fui beijá-la, afastou sua boca pra minha bochecha, me acariciando com seus lábios, seguiu pro meu pescoço, ainda sem deixar nenhum beijo. Ficou passeando por ali, me causando arrepios e me excitando. Segurou meu pescoço com sua mão direita, me fazendo levantar a cabeça. Então finalmente seus lábios procuraram o meu pra um beijo. Sua língua procurava a minha e se enroscava em sintonia. A cada segundo daquele beijo, eu não conseguia evitar de ficar mais molhada. Sua mão foi pra minha nuca, onde ela puxou meu cabelo com força, mas só entre seus dedos pra que aos olhos das outras pessoas fosse algo sútil. Não que ninguém tenha percebido tudo, na verdade eu não sei dizer. Mas estava sentindo algo tão grande que tinha até cor.