Capítulo 04

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- Me solta você está me machucando. - Um o cara pegou o celular e me encarou sério.

- Vamos ver o que o JP vai querer fazer com você. - O cara discou um número.

- Estamos no lugar combinado chefe, mais tem uma enxerida aqui, que estava nos seguindo. - Ele me olhou como se estivesse me analisando.

- Morena, cabelos longos, bonita, robusta, parece aquela namorada do desgraçado do André. - O cara fez uma expressão de espanto e fez sinal pro outro cara me soltar.

- Tudo bem chefe. Vá embora e não volte nos procurar nunca mais. O JP vai dar uma lição em você se isso voltar a se repetir entendeu? - Confirmei e sai correndo do beco. Meu coração batia tão forte que parecia que eu ia ter um ataque cardíaco.

Fui correndo para casa, fechei a porta do meu quarto e me sentei na cama. Fiquei ali respirando um pouco tentando me acalmar do susto. Meu celular vibrou e era mensagem da Angie perguntando aonde eu estava. Respondi ela e me deitei.

- Renata... eu te amo. Nunca esqueça dessas palavras que eu te amo demais. E quando a gente nos casar, tiver nossos filhos, eu prometo que você será a mulher mais feliz desse mundo inteiro. Eu te amo. – Acordei num pulo. Era um desses sonhos recorrentes com o André. O restante do dia foi normal, ajudei meu irmão com seu trabalho, fiz uns exercícios da faculdade, dormi novamente e lá estava a hora de retornar para a faculdade. Vi o pessoal no lugar de sempre rindo como sempre do Cristiano.

- Oi gente.
- Olha só se não é fantasma que abandona os amigos. – Dei a língua para ele.

- Foi mal por ontem eu me senti meio mau aí fui para casa tomar um remédio. – Paco colocou a cabeça dele no meu ombro.
- Oi gente. – Olhei para meu lado e lá estava o carinha de ontem.
- Que quer aqui? Nos deixa em paz cara.

- Calma Renata. – Angie me olhou seria. Edilane estava olhando para ele meio abismada com a beleza do cara.

- Me chamo Rafael por inicio de conversa. Estava vindo do aeroporto e lembrei que ontem sem querer eu acabei estragando seu notebook e aqui está outro eu comprei como forma de pedir desculpas e reparar meu erro. – O olhei seria para ele.

- Não faz mesmo mais que sua obrigação. – Peguei o notebook e sai da frente dele. Edilane, Marcia e Angie vieram atrás de mim.

- Calma ré. Tadinho do cara, ele foi tão fofo com você.
- Fique com ele então Edilane. – Entrei na sala de aula e de fato o notebook era muito melhor que o meu, mas mesmo assim não tirava a raiva do tal do Rafael.

Alguns dias depois

Depois de dias sem sentir paz, esses dias que se passaram foram um dos melhores desde a morte do André. Élio estava se recuperando aos poucos, Cristiano e Marcia estavam bem próximos, Paco continuava o mesmo caladão de sempre, Rafael se enturmou com os meninos e a Edilane ficava toda atirada para cima dele. E falando dele, o mesmo sempre me encarava o que me deixava sem graça.

- Aí gente o Rafael e tão lindo e fofo ne? – Edilane se jogou na minha cama.
- Sério? Edilane só você que não percebeu que o Rafael e mó gamada o na Re.

- Você está afim dele? – Edilane me olhou seria.
- Claro que não. Rafael e um amigo apenas. E você sabe bem que eu ainda amo o André. – Edilane riu satisfeita.

- Já sei. Hoje a noite vou da uma festa na minha casa. Quero vocês lá hein. As 20hrs. - Edilane se levantou e foi para a casa dela.
- Doida. E agora que estamos sozinhas pode me contar. Você gosta do Rafael?

- Não já disse que não.
- Mas ele gosta de você. Esses dias o tanto que ele deu em cima de você só a tonta da Edilane que não percebeu.

- Problema dele e não meu. – Angie riu e me abraçou.
- Seja como for. Um dia você vai ficar com ele e eu serei a madrinha do casamento de vocês.

- Sai daqui Angie. – Joguei uma almofada nela. De fato, o Rafael era bonito, atraente, mas meu coração no momento era apenas do André.

Como estávamos de recesso das aulas o dia todo foi para me arrumar para a festa da Edilane. Marquei com a Angie e a Marcia para passarem aqui em casa para irmos juntas. Vesti um vestido preto básico, salto alto, maquiagem leve e deixei meu cabelo semi preso. As meninas chegaram e fomos na praça estava nos esperando Cristiano, Paco e o Rafael.

- Olha que princesas. – Rimos dele. Cristiano pegou a Marcia, Paco a Angie e o Rafael estendeu a mão para mim. Ele estava muito elegante e cheirava muito bem. Chegamos na festa e a faculdade quase toda estava lá e velhos amigos da escola também. Fui pegar um refrigerante para mim.

- Você está muito linda. – Rafael se aproximou de mim.
- Obrigada. Você também está muito bonito. – Rimos. Tomei um gole do refrigerante e fui atrás da Edilane. Ela estava cantando uma música que lembrava o André. Todos estavam se divertindo com ela, a vontade de chorar falou mais alto e fui para fora tomar um ar fresco.

- Oi novamente. – Rafael se sentou do meu lado. – Está bem?
- Não. Essa musica que me lembra o André. Apesar de muito tempo já ter passado, mas ainda dói.

- Te entendo. Quando perdi minha mãe levei muito tempo para me recuperar, levar minha vida. Mas o tempo e o melhor amigo Renata. – A vontade de chorar já vinha com tudo.
- É eu sei. Esses dias tem sido ótimos o pessoal tem me ajudado bastante confesso. Segui minha vida não está fácil. – Rafael me abraçou.

- Estou aqui viu. – O abracei mais forte. Era o que precisava nesse momento um bom abraço.

- Que merda e essa aqui Renata? – Edilane ficou parada na nossa frente.

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