Capítulo 1

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Por Manuela

Eu já tinha escolhido minha carteira, decidi me sentar no fundo da sala.
Todos começaram a procurar um bom lugar, a maioria perto de seus amigos, mas torço (várias vezes) para que ele se sentasse perto de mim.

Infelizmente isso não aconteceu, ele se sentou perto de uma amiga.

Embora eu negasse já estava nascendo um sentimento em mim, algo que me consumia por dentro, mas senti que aquele ano seria diferente. Não como no ano passado quando ele ainda não me fazia sentir esse fogo por dentro, mais sim uma raiva infinita por qualquer movimento que ele dava, por qualquer palavra que ele dizia. Tudo que ele fazia era horrível, fora da ordem que eu achava certa, até esse ano...

Esse ano ele parece perfeito pra mim, o seu estilo, o seu modo de falar, o seu olhar descontraído e até seu modo de andar são perfeitos!

Achei que aquele ano seria normal, mais só achei, porque a cada instante que seu olhar desviava e encontrava o meu, eu me perdia em pensamentos em busça da ilusão perfeita, da nossa ilusão perfeita!

Pra mim a nossa ilusão perfeita era assim:

Mesmo quando ele falta ele vem, sentado no mesmo lugar, com aquela toca. De repente vem alguém por trás e tira a sua toca, então ele passa a mão no cabelo, olha pra trás e seu olhar encontra o meu, sorri em minha direção e levanta lentamente. Começa a andar e assim que chega em mim me pega e começa a me beijar. O coração começa a palpitar, parece que vai sair do peito. Ele então olha pra mim e diz tudo o que sente, o quanto me ama, o quanto me quer e o quanto me deseja.

Eu desconcertada com tudo o que ele me disse, coloco a mão por trás da sua cabeça e o puxo para um segundo beijo, desta vez com muito mais amor, com muito mais paixão, com muito mais sentimento...

"Oi" disse alguém me interrompendo dos meus pensamentos distantes que não passavamo de mera ilusão, olhei para o lado e vi ele ali parado. Não conseguia ou não queria acreditar que o menino dos meus sonhos estava ali ao meu lado, tão perto dos meus olhos mais tão longe do meu coração, por mais clichê que fosse.

- Oi, como vai? - gaguejei em sua direção.

- Bem só vim preguntar se você estudou para as atividades de começo do ano.

- Não - eu disse nervosa com sua presença.

Então ele se virou e foi para sua mesa. Será que aquela seria a forma como conversariamos durante o ano? Será que ele só me veria como uma simples colega de turma? Isso não podia acontecer, só que se dependesse de mim ele jamais saberia o que sinto por ele, sou muito tímida e nunca teria coragem suficiente para falar diretamente com ele. Só que eu tenho uma "arma" muito eficaz: amigas!

Um Amor Pra Toda VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora