Uma sorte azarada
Era apena mais um ensolarado fim de tarde, o vento soprava suave e muito embora fizesse sol o ar gelado se espalhava lentamente. O dia havia começado de maneira brilhante, Hae So caminhava cabisbaixa pela rua olhando fixamente para o chão que em breve começaria a congelar, ela chegou a achar que nada no mundo poderia mudar o seu humor naquele dia, porque tudo havia começado bem, ao menos era o que achava... mas ao contrário do que chegou a pensar, sua alegria passageira dera lugar a uma enorme frustração, em resposta aos fatos que se sucederam desde então.
Cha Hae So nunca fora de acreditar em sorte e azar, nem adivinhações, amuletos e outras coisas, mas se deixou levar pela expressão inocente e um tanto insistente daquela ahjumma vestida de forma engraçada que dizia prever o futuro e vendia amuletos para trazer energias boas. Era uma garota prática e determinada que preferia acreditar no próprio esforço do que em coisas predestinadas ou incertas, sua eomoni sempre lhe dissera para acreditar em si mesma e seguir em frente superando as dificuldades e era nisso que confiava.
No entanto, naquele dia algo no olhar intenso daquela mulher lhe fez mesmo que por um segundo acreditar em coisas bobas, levando-a até a comprar um pequeno amuleto, que talvez pudesse mudar completamente a sua vida.
Nada pior poderia ter acontecido naquele dia, era o que pensava incessantemente no intuito de suprimir as ondas de melancolia que vinham constantemente atormentar seus pensamentos. Hae So sentou-se em um banco na praça para poder colocar os pensamentos em ordem, precisava se acalmar e pensar no que faria, afinal sua família necessitava muito dela, e em nenhuma hipótese poderia decepcioná-la.
— Aish! Porquê tudo tinha que acontecer hoje! Ele não tinha o direito de fazer isso comigo. — Dizia a jovem com as mãos emaranhadas nos longos cabelos negros. Estava só, sentada em um banco analizando a sua porção de má sorte.
Após algum tempo levantou-se cabisbaixa seguindo para casa " ao menos sobrou dinheiro para a comida", pensou. Contudo o que ocorrera não tivera tempo algum para comer, mas agora que o dia estava quase em seu fim e já que se encontrava próxima de casa poderia enfim parar um pouco e reordenar os pensamentos.
— Blam! — Um barulho alto fez-se ouvir, Cha Hae So asssustou-se ao perceber que o barulho vinha para a sua direção. Uma moto subiu a calçada e antes que pudesse reagir sua bolsa havia sido levada e com a mesma velocidade que chegou, se foi. Ainda sem acreditar no ocorrido saiu correndo atrás da moto que já estava a uma longa distância, na tentativa desesperada de recuperar a bolsa perdida. Lá se fora o seu jantar... e os seus documentos...haviam lhe roubado a comida!
― Yá! Me devolva isso! ― Reclamou enquanto corria na tentativa desesperada de alcançar o veículo, percebendo seu esforço inútil parou para recuperar o fôlego se esforçando para não sentar no chão e chorar. "Se concentra Hae So, você é mais forte que isso!", pensava tentado se acalmar.
Começava a anoitecer, esfriando gradativamente. O vento que estava quieto outrora agitou-se soprando com mais intensidade. O cabelo negro de Hae So chacoalhava com o vento escondendo por vezes a expressão mortificada da jovem.
— Agora só falta chover! — Gritou olhando para cima como se falasse a alguém em particular. — Só porque eu não trouxe guarda-chuva... — murmurou mais para si mesma do que para alguém. Nesse momento pequenas gotículas de água gelada se precipitaram sob ela. ― Não...não....não! ― Murmurou em desespero, além de faminta chegaria em casa molhada. ― Porque isso está acontecendo comigo? O que eu fiz para merecer isso! ― indagava inconsolável, rapidamente o que eram apenas gotículas tornaran-se grossas gotas de chuva, uma chuva gelada se tornava cada vez mais agressiva. O vento soprava forte no rosto da jovem, ela amaldiçoou seu destino mais uma vez. Embora tivesse corrido para não se molhar mais do que já estava, a chuva que cada vez se tornava mais forte deixou-a um pouco molhada.
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A Outra Herdeira
Любовные романыAcostumada a sempre se esforçar por tudo que precisa para viver, Cha Hae So batalha dia e noite para ajudar a sua família, que para ela é o seu mais precioso tesouro. Seu grande sonho é ver sua frágil irmã finalmente saindo do hospital para que po...