Small Bump || Minsung

|| Capítulo 1 ||

Jisung estava recostado sobre a porta fechada da pequena cabine do banheiro da faculdade. As lágrimas de desespero escorriam por suas bochechas, e a única coisa que ele sentia ao olhar o pequeno teste em seu colo, com duas listras rosas confirmando o resultado, era a enorme vontade de bater a cabeça contra a parede.

Maldita a hora em que resolveu seguir os conselhos de Chan na festa de natal da LeeTech. "Vamos, Hannie, beba um pouco. Tem que se soltar pelo menos uma vez na vida", ele disse. "Vai ser legal, eu juro!".

Não podia negar que, no momento em que estava bebendo e se esquecendo do mundo, realmente havia sido muito, mas muito legal. No momento em que se viu dançando solto, como se não houvesse amanhã, pela primeira vez na pista de dança, também achou a situação libertadora. E quando estava aos amassos no banheiro de deficientes do salão de festa, com o filho do dono da empresa, então, nem se fala.

Sabia que tinha um motivo muito bom para ter passado os últimos anos escondendo sua atração por Minho, e, acima de tudo, mantendo sua distância do garoto que conhecia desde que era pequeno. Podia não ser amigo do Lee, e manter com o outro uma relação de pura cordialidade quando se encontravam em eventos da empresa, ou então em jantares e almoços familiares, mas conhecia bem a figura. E sabia que, o que Minho tinha de bonito, tinha também de cafajeste.

Ou, pelo menos, era isso o que metade dos homens e mulheres da alta sociedade de Seul diziam por aí.

É claro que apenas a fama do herdeiro da LeeTech não foi motivo o suficiente para seus hormônios se manterem calmos quando estava ao lado do homem. E, por mais que tentasse disfarçar - e conseguisse fazer isso com certo sucesso durante grande parte do tempo, devido ao fato de quase não encontrar o Lee, e, quando o encontrava, mantinha sua distância segura, sabia que ficar bêbado em uma festa onde estava dividindo a mesa com o objeto de seus desejos sexuais não era, nem de longe, algo recomendável.

E isso foi comprovado assim que o jovem Han se encontrou gemendo descontrolada e vergonhosamente enquanto estava trancado naquele mesmo banheiro em que iniciara os amassos com Minho, porém agora, implorando para que o mais velho fosse com mais força.

Não podia negar que ficou absurdamente satisfeito depois da transa rápida que compartilharam naquela festa. Apesar da vergonha e de ter simplesmente quebrado todas as resoluções que tinha sobre não se render aos charmes do outro, sentia-se finalmente tranquilo por ter provado do fruto proibido e ter, de uma vez por todas, desintoxicado do efeito Lee Minho.

Pelo menos, era o que ele pensava.

Enxugou o rosto assim que ouviu o sinal da última aula soar pelos alto falantes que não poupavam sua presença nem mesmo nos banheiros. Levantou-se, sentindo a cabeça pesada depois de tanto apertar e puxar os cabelos enquanto chorava compulsivamente pensando na burrice que havia feito, e, colocando o teste na mochila, saiu da cabine. Lavou o rosto rapidamente e tentou recompor a aparência. Dali há alguns minutos estaria indo para a casa, e não queria, principalmente naquele momento, que sua mãe lhe enchesse de perguntas sobre os olhos vermelhos e rosto inchado.

Saiu do banheiro em que havia se refugiado assim que o sinal para o horário de almoço soou, e deu de cara com Hyunjin, que segurava sua mochila em um dos ombros, e uma pilha de livros que o Han reconhecia como sendo seus, o olhando com preocupação.

- Você saiu correndo da sala na hora do almoço e nem sequer levou os livros. Como o bom amigo que sou, estou carregando isso desde então. E você perdeu a matéria da prova de psicanálise, mas como sou, frisando mais uma vez, um ótimo amigo mesmo, eu anotei tudo para você, e ainda dei um jeito de gravar a aula de comportamental, sabe, para você ouvir depois. E sim, Ji, pode xerocar meu caderno com as matérias que você perdeu hoje. – Falou, enquanto depositava os livros nas mãos do moreno, que agradeceu o amigo com um sorrisinho que deixava as bochechas fofinhas em evidência.