Small Bump || Minsung

|| Capítulo 2 ||

O pequeno Han despertou de seu pequeno transe apenas no momento em que viu seus pais, juntamente com Woojin e Chan, se levantarem para cumprimentar os Lee, que chegavam juntamente à Minho. Chacoalhou a cabeça, um tanto quanto desconcertado com a reação que teve ao ver o mais velho, e, colocando seu melhor sorriso no rosto, levantou-se e preparou-se para cumprimentar os donos da festa também.

Assim que os pais de Minho o viram, foi uma festa de abraços e elogios. A mãe do Lee insistia em lhe abraçar a cada cinco minutos, perguntando como tinha passado, como estava a faculdade, e mil e uma outras coisas que o Han teve de se esforçar para acompanhar. O patriarca Lee se limitou a apertar sua mão, comentando brevemente as mesmas coisas que sua mulher, só que de maneira mais discreta. Quando finalmente chegou a vez de Minho, sentiu as pernas amolecerem apenas com um simples aperto de mão, um sorriso, e um singelo tapinha nas costas. Por Deus, estava se sentindo uma menininha apaixonada. Ridículo.

Os donos da festa se acomodaram na mesma mesa que eles e, sorte ou azar, Minho pegou justamente a cadeira vazia ao seu lado. A cada minuto que passava, se arrependia mais de ter concordado em ir à festa. Esperava que Chan aproveitasse muito bem aquele momento, pois seria a única vez que Jisung se sacrificaria para agradar o amigo.

A conversa na mesa recomeçou em apenas um instante. Os Lee, sempre muito gentis e inclusivos, quiseram saber mais sobre Christopher e Woojin, sobre como haviam se conhecido e todo aquele clichê. E o australiano, como adorava contar sua história de amor, sorriu radiante, e encantou a senhora Lee com as aventuras que passou até se acertar com o homem que, além de amor de sua vida, era agora também seu professor. Fato que só rendeu mais perguntas.

Jisung manteve-se em silêncio enquanto podia, limitando-se a responder perguntas que lhe eram dirigidas brevemente. Nunca havia sido tímido para conversar com os outros, muito menos com os Lee, que eram praticamente parte de sua família. Mas ter Minho ali, ao seu lado, parecendo que observava cada movimento e respiração sua, estava o deixando extremamente envergonhado, sem coragem de se pronunciar.

Logo que o assunto sobre a vida amorosa de Woojin e Chan terminou, começaram assuntos sobre a faculdade, emprego e perspectiva de vida. E então seus pais começaram a falar sobre como Minho estava se saindo superbem na empresa, e passaram a soltar milhões de elogios ao mais velho. Assim, por mais algum tempo, Jisung permaneceu em silêncio, apenas se alegrando quando uma garçonete aparecia na mesa para deixar aperitivos.

Quando os assuntos burocráticos envolvendo a empresa começaram, Chan finalmente virou-se para o amigo e ele teve a oportunidade de socializar um pouco, sem se sentir intimidado, já que Minho parecia bem mais interessado no assunto que seus pais discutiam sobre ações, investimentos, e um batalhão de coisas que não entendia.

O tempo foi passando, e, quando se deu conta, os anfitriões da festa haviam se retirado para cumprimentar os convidados restantes, e seus pais os acompanharam, deixando apenas ele, Woojin, Christopher e Minho à mesa. Tentou não se sentir constrangido enquanto procurava não olhar para o homem ao seu lado, e quase deu um pulo da cadeira quando sentiu um cutucão em sua cintura.

- Dá pra você se soltar um pouco, pelo menos? Até um inseto perceberia a tensão mal contida emanando de você. Minho, então, que está do seu lado, já deve ter percebido há tempos. – Sussurrou Chan. Jisung o olhou assustado, e o amigo revirou os olhos, pegando em seu braço e o levantando junto com ele. – Ei, amor, vou com o Ji até o bar pegar mais bebidas. Quer alguma coisa?

Woojin confirmou com a cabeça, enquanto pegava o pequeno cardápio que os bartenders haviam deixado em cada uma das mesas, e escolhia o que iria querer daquela vez.

- Pode me trazer um daquele azul que você tomou pouco depois de chegarmos? – Perguntou, largando o cardápio, e Chan assentiu, sorrindo para o namorado.