Luhan P.O.V
- Cadê seu pai moleque? - Ouço a voz da minha mãe descendo a escada principal sem ao menos olhar para mim.
- Boa noite para você também mamãe.
- Não tenho tempo para isso Luhan, me diz logo cadê seu pai.
- Eu não sei, não vejo ele desde ontem à noite. - Dou de ombros sem realmente saber da sua localização.
- Mas você não serve para nada mesmo, um completo inútil, igual ao seu avô.
- Não ouse fala do meu avô, você não está à altura dele.
De repente meu rosto vira para o lado bruscamente e sinto minha bochecha esquerda arder como inferno.
- Insolente, eu deveria ter te colocado em um colégio interno quando tive a chance, seria muito melhor do que ficar olhando para sua cara de sonso.
- Por que você me trata dessa forma mãe, o que lhe fiz? - Questiono sem conseguir conter as lagrimas.
- Simples, sobreviveu. - Dá um sorriso de lado e deixando-me sozinho.
Mordo os lábios para conter os soluços, olho ao redor sem saber o que fazer ou como agir, doía tanto as palavras que ela sempre dirigia a mim, desde pequeno ela me trata com indiferença que machucava meu coração a cada dia.
- Por que mamãe, por que? - Murmuro pegando as chaves do meu carro e saindo de casa sem rumo.
Park Jimin P.O.V
- Quem é ele pai? - Questiona Sehun olhando para Jungkook adormecido em meu sofá com curiosidade.
- Meu paciente. - Respondo ajeitando seu corpo no sofá para ele não ficar muito desconfortável, quando acordar.
- Então ele é louco?
- Claro que não Sehun, quantas vezes tenho que dizer para não chamar as pessoas de malucas, não é só porque elas vão ao psiquiatra que elas são loucas. - Cruzo os braços irritado.
- Calma papai, não precisa se estressar, eu só estava brincando.
- Sei.
- Mas mudando de assunto, o que ele faz aqui?
- Longa história. - Resmungo admirando seu rosto sereno.
- Ele já acordou? - Pergunta Taehyung vindo da cozinha.
- Ainda não.
- O que deu nele para me agarrar daquele jeito? - Faz uma careta engraçada, parecendo lembrar do acontecimento de hoje mais cedo.
- Ele estava confuso.
- Confuso, claro. Se a Jisoo saber disso, estou frito. - Comenta passando a mão pelos cabelos avermelhados.
- Ela só irá saber seu você contar. - Pisca Sehun.
- Não dê maus conselhos para seu tio garoto, ele tem que ser honesto com sua namorada, sempre.
- Eu sei pai, mas uma mentirinha não vai machucar ninguém. - Defende-se.
- Você que pensa, mesmo a menor mentira pode fazer grandes estragos.
- O filosofo. - Debocha Tae.
- Não é filosofia Tae, é apenas a verdade.
- Não, isso machuca, por favor. - Balbucia Jungkook ainda adormecido nos interrompendo.
- Parece que ele está tendo um pesadelo. - Diz Sehun se ajoelhando ao seu lado e analisando sua expressão.
- 'Tá doendo papai, por favor, para eu prometo não fazer mais. - Murmura começando a suar.
- Não é melhor acordar ele pai, ele parece estar sofrendo?
- Você tem razão. - Fico de frente para Jungkook. – Jeon acorde, Jeon Jungkook. - O chamo sacudindo seu corpo.
De repente ele levanta ofegante e com o rosto completamente suado.
- Jungkook, está tudo bem? - Pergunto vendo seu rosto confuso.
Ele leva seus olhos até os meus e franze o cenho na mesma hora.
- Anjo?!
Bunny P.O.V
Olho ao redor não conhecendo a casa na qual me encontrava, era simples comparada a casa do Jungkook, mas era confortável, as paredes eram azul gelo, com pequenos detalhes feitos a pincel, os móveis eram modernos e aparentemente caros, o piso era de madeira escura e o ambiente bastante espaçoso.
- O que faço aqui? - Questiono olhando para todos da casa desconfiado.
- Você acabou de chamar meu pai de anjo? - Pergunta um garoto aparentando ter entre 16 e 17 anos.
Arqueio uma sobrancelha diante do seu tom desafiador.
- Não importa, o que realmente quero saber é o que faço aqui?
- Aqui é minha casa e eu te trouxe. - Responde o belo homem que encontrei a umas semanas atrás.
- E por que?
- Você tinha desmaiado no meio do parque, e já que não sei onde você mora, te trouxe para cá. - Tenta olhar no fundo dos meus olhos.
Desvio do seu olhar, já sabendo o que ele queria. Passo os olhos pelo resto do meu corpo e percebo que estava vestindo uma regata preta e uma calça jeans surrada. Parece ser a roupa do pirralho.
- Bom, já acordei, então vou embora. - Sigo em direção a porta.
- Espere, deixa que eu te levo. - Fala o dono da casa.
- Não precisa.
- Eu insisto. Tae cuide do Sehun para mim.
- Eu não preciso de babá papai. - Resmunga o garoto.
- Não interessa, não vou te deixar sozinho. Eu não me demoro. - Pega em meu braço e arrastando-me para fora de sua casa.
- Eu sei andar sozinho. - Arranco meu braço de seu aperto.
- Oh...me desculpe. - Seu rosto fica vermelho.
- Tudo bem, olha realmente não preciso que você me leve, aliás eu não irei para casa nesse momento.
- Não? - Questiona fitando-me.
- Não, eu irei me divertir um pouco. - Sorrio em sua direção.
- Ah. - Exclama entendo o que quero dizer. - Bom, acho que o Jungkook não vai gostar disso. - Diz me surpreendendo.
- Ahn? Como assim?
- Eu sei que você não é Jeon Jungkook.
- Ah não? Então quem sou? - Pergunto sorrindo de lado.
- Você é o Bunny. - Sorri parecendo estar orgulhoso de si.
- Parabéns, você acertou, mas agora tenho que ir.
- Bunny? - Ele me chama quando estou prestes a ir.
- Sim?
- Eu...posso ir com você?
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Killer Bunny - Personalidades {Jikook}
FanfictionJeon Jungkook um homem com um passado sombrio se vê preso em seu próprio corpo, onde não só ele habita, mas sim mentes perturbadas e controladas por suas próprias vontades. E uma deles se autodenomina Bunny... (Repostada)