Angústia do poderia ser

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Um homem parado na esquina,
de capuz sobre a cabeça,
com as mãos escondidas,
prelúdio de um momento ruim preste a acontecer.

Ele se aproxima vagarosamente até eu,
nada diz, meia noite marca no relógio,
que já não está em compasso do meu coração,
ele com um leve mover de mãos me apavora.

Era um assalto pensei eu,
mais ele tira apenas um maço de cigarros, e o fuma para se tranquilizar,
pois pelo que me parecia o medo
estava em nos dois.

Por fim ele levanta e chega até mim,
eu a beira de um ataque nada faço,
foi aí que percebi, que ele só se levantou para erguer a mão pra chamar um ônibus.

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