-Sanem-
Nada se comparava aquela sensação. Can gemia no meu pescoço. Sua voz estava rouca e arrastada, sua respiração pesada. Sentir sua barba roçando minha pele fazia meu corpo arder ainda mais.
"Caan..." Choraminguei enquanto ele pressionava seu quadril contra o meu exatamente onde eu precisava. Mas meu corpo ansiava por mais, se movimentando involuntariamente ao seu encontro. Ainda que estivesse de olhos fechados senti Can sorri contra o minha pele. Logo seus lábios estavam nos meus. Com um movimento rápido me senti completa.
"Caaan..." Gemi contra sua boca e arqueei meu corpo, seguindo seus movimentos.
"Sanem..." A voz de Can soava distante. Seu ir e vir era lento, quase uma tortura.
"Can... Mais..."
"Sanem?" Sua voz era profunda, parecia até vir de outro lugar. O sofá era pequeno e para facilitar seus movimentos passei minhas pernas em volta de sua cintura. O senti respirar pesado contra meu rosto.
Meu corpo ardia, queimava, e uma onda de eletricidade passava dele pra mim. Seu corpo começou a se movimentar um pouco mais rápido, mas eu queria mais, muito mais.
"Lütfen... Can..."
"Sanem?" Sua voz era distante. Senti um cheiro de flores. Senti sua respiração perto de mim. Foi quando abri os olhos. Can estava encostado ao meu lado, com uma flor na mão, me assistindo dormir. Tinha um sorriso brincalhão no rosto. Me recusava a acreditar que ele tinha me assistido enquanto sonhava, esperava ao menos que não tivesse percebido o tipo de sonho.
"Vim te trazer uma flor, mas acho que o sonho tava mais interessante." Can ria de mim descaradamente, enquanto peguei a flor e me escondi atrás dela. Can se sentou no sofá e eu me aconcheguei em seus braços.
"Obrigada pela flor. É linda."
"Não mais que você. Mas agora me conte, o que você estava sonhando? Parecia... é... interessante..." Can segurava o riso, ele era o pior, mas claro que eu não ia me entregar assim.
"Nada demais." Can colocou minhas pernas encima das suas, e deslizava a ponta dos dedos na minha coxa, desse jeito não iria conseguir me concentrar numa boa mentira pra contar.
"'Mais Can... Lütfen... ?' Pelo menos o sonho era comigo, mas, o que você me implorava Sanem?" Seus dedos continuavam a deslizar lentamente pela minha perna, sua boca a centímetros da minha, sempre tinha resposta pra tudo com minha língua afiada, mas agora minha mente não conseguia formular uma frase.
"Sempre sonho com você... é... Çay... é isso... pedia pra você colocar mais çay pra mim..." Seus lábios roçavam os meus, e simplesmente tive que ceder. Coloquei a mão em seu peito e colei minha boca na sua. Can se rendeu por alguns minutos, mas logo se afastou.
"Çay?"
"É... çay..." A tortura de suas mãos em todos os centímetros da minha pele exposta me deixava completamente fraca.
"Tamam. Posso fazer seu sonho se tornar real agora mesmo." Can foi se levantando do sofá, porém eu impedi.
"Yok..."
"Você não queria çay?" Ele sorria porque sabia que tinha vencido.
"Can... lütfen..."
"Só quero fazer seus sonhos se tornarem reais Sanem." Me desfazendo de todo meu autocontrole, e da minha aparente vergonha, me sentei em seu colo, e com as mãos no seu pescoço o beijei novamente. Assim que nos separamos mirei dentro de seus olhos. Fui me deitando no sofá e puxando sua camisa para ele me acompanhar, o vi sorri, radiante, e com a boca a milímetros da sua novamente disse "Então faça".