Capítulo 26 - Memories

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Capítulo 26 - Memories. 


- Está vendo aquele carro preto? - Victor apontou para trás. 
- O que tem ele? - Dak perguntou olhando  pelo retrovisor.
- Está nos seguindo faz uns quinze minutos, já dei algumas voltas mas parece que estão mesmo atrás de nós. 
- Então não vamos marcar bobeira, acelera logo esse carro Victor! - Dakota mandou e o moreno a obedeceu, acelerando o mais rápido que podia, iniciando uma perigosa perseguição pelas longas estradas de Dallas. 
~*~
- Ainda está aí? - Nina perguntou se aproximando da avó que estava sentada perto da piscina lendo um livro. 
- Sou persistente. - A morena respondeu fechando o livro e vendo a criança sentar-se a seu lado - Será que agora podemos conversar? 
- Uhum. - Nina confirmou sem olhar muito para ela - O que quer comigo, senhora? 
- Gostaria que me chamasse de vovó. - Lorna disse sorrindo para a menina. 
- Desculpa, mas não vai rolar. Nem conheço a senhora direito ainda e como disse antes, sei que é amiga da bruxa e  amiga da bruxa não pode ser minha amiga. 
- Posso te contar um segredo, Nina? - A garota enfim a olhou mais atentamente, fazendo sinal de positivo com a cabeça - Não sou mais amiga da Irina, melhor dizendo da bruxa. 
- Sério? 
- Juro! Agora sim sei que ela não presta, que não vale não nada. - Afirmou baixinho. 
- Não vale nada mesmo, é uma bruxa do mal que me quer bem longe do Jamie. Se ele não tivesse intervido, capaz deu ir parar no orfanato se dependesse daquela cobra loira! Mas ela me paga ainda, oh se me paga. 
- Nina! - Lorna exclamou espantada com o jeito da garota. 
- Tô falando sério, pode escrever Lorna! Aquela loira azeda ainda vai ter o que merece. - A menina garantiu toda espevitada como sempre. 
~*~
- Renata, Aysha e Andréia... Obrigado por terem vindo. - Garrett agradeceu recebendo a visita das três mulheres na cafeteria que andava frequentando nos últimos dias. - Sentem-se. - Foi simpático. 
- Obrigada. - As três agradeceram juntas - O que quer conosco, senhor Garrett? - Aysha perguntou. 
- Só viemos porque sabemos que você trabalha para o Jamie Dornan! Nós três somos muito fãs dele e da banda, fomos em tantos shows durante a adolescência, não é mesmo meninas? - Andréia indagou nostálgica. 
- Foram anos incríveis, mas crescemos e hoje ainda temos o fã-clube e somos fãs, só que de forma bem mais controlada já que temos família e filhos para cuidar. - Renata disse olhando o cardápio - Esse é o motivo de ter nos chamado, não?
- Certamente. Gostaria de saber o que sabem sobre Dakota Johnson. Soube que era uma das meninas do fã-clube, muitos anos atrás. 
- Sim! - Andréia confirmou - Ela era uma das fãs mais calorosas da banda, especialmente do Jamie. Mas infelizmente não temos notícias dela há muitos anos. 
- Pois é, Dak abandonou o fã-clube quando Don, seu pai, morreu. Sentimos muita saudade dela até hoje. - Aysha completou antes de fazer seu pedido a garçonete. 
- Vocês tem ideia de onde ela pode estar agora? 
- Não, mas Dak tinha parentes no Canadá ou Arizona pelo que me lembro. Acredito que quando foi embora, pode ter ido para um desses lugares. - Renata analisou enquanto via o chefe de segurança anotar suas informações em um caderninho. - Quer saber mais alguma coisa? 
- O que vocês puderem dizer, pode ser qualquer informação... Tudo é muito bem vindo moças! - Garrett respondeu com um sorriso discreto nos lábios.
~*~
- Está tudo bem senhora? - Leah questionou após entrar na sala de Kim e encontra-la com o telefone nas mãos e uma expressão pensativa no rosto. 
- Não, não está. - A vilã negou pondo o telefone no gancho - Sinto como se o chão estivesse prestes a ruir diante dos meus pés. Jamie desconfia que fui eu quem armou para separa-lo daquela vaca, Laurent está me chantageando. Parece até um pesadelo... - Desabafou coçando o próprio pescoço - Mas vou sair dessa, conseguirei me safar como sempre. - Levantou-se pondo a bolsa sob o ombro e ajeitando os cabelos. 
- O que pretende fazer? 
- Irei cuidar de Laurent primeiro, não importa o que tenha que fazer mas não vou ser desmascarada pela Dakota, muito menos pelo Laurent, Leah. Eu juro! - A empresária prometeu saindo da sala e indo de encontro a uma pessoa misteriosa. 
~*~
- Você aqui?! - Eloise questionou com as sobrancelhas arqueadas - Luke? O que veio fazer aqui? Ando recebendo mais visitas do que gostaria nos últimos tempos. - Avaliou dando passagem para que o loiro entrasse em seu quarto de hotel. 
- Esse barulho de chuveiro... Tem alguém aí? Não queria incomodar! - Disse ficando sem graça. 
- Tem sim, mas é minha filha. Está tomando banho. - A morena explicou amarrando os cabelos em um coque simples.
- É sobre meu irmão. Jamie está muito confuso com as coisas que disse a ele e muito triste também. - O ex-baterista contou se aproximando dela - Só queria saber se você realmente disse toda a verdade a ele, se desconhece mesmo o paradeiro da Dakota. 
- Por que eu mentiria? - A jornalista deu de ombros - Não era pra ter contado nada a seu irmão, mas já que acabei contando não perderia meu tempo mentindo para ele. Aliás, não entendo porque está tão preocupado com isso, já que seu irmão e você nunca foram tão próximos assim. 
- Como é que é? - Luke deu risada - Como ousa se meter na nossa vida desse jeito? 
- Pesquisei sobre seu irmão antes de vir entrevista-lo e consequentemente, sobre você também. Teve problemas com drogas na época da banda, depois foi pra reabilitação e por fim, morou na Europa por mais de uma década não se casando nem tendo filhos. Só voltou há pouco tempo para Los Angeles. Alguém que passa tantos anos longe da família não me parece ser tão apegado assim ao irmão.  
- O que você lê na imprensa não é verdade absoluta, senhorita. - Luke retrucou a encarando - Amo meus irmãos e minha família. Aliás, um julgamento desses vindo de uma mãe solteira é no mínimo, incoerente. - Eloise arregalou os olhos - Como pode perceber, você não é a única que gosta de fazer pesquisas e julgamentos sobre a vida dos outros por aqui. 
- Sou mãe solteira porque assim como seu irmão, existem homens que tem essa índole, esse mau caratismo de ser capaz de abandonar os próprios filhos inocentes.  
- Jamie não abandonou a filha e você sabe muito bem disso, garota. - Luke começou a ficar bravo com ela. 
- Isso é o que ele diz, mas eu trabalho com provas e até agora ninguém me apresentou nenhuma sequer. - Eloise cruzou os braços, encarando o rapaz de volta por mais alguns segundos. 
- Quer saber? - Luke olhou ao seu redor - Foi um erro ter vindo aqui. Quando te conheci pensei que fosse uma garota legal, mas não passa de uma fofoqueira que adora se meter e cuidar da vida dos outros mesmo, como a maioria da imprensa americana, mundial se duvidar. 
- De todas as asneiras que você disse, a única realmente correta é de que foi mesmo um erro ter vindo aqui. - Eloise caminhou até a porta, abrindo a mesma e apontando a saída para o rapaz - Tenha uma ótima noite, senhor Dornan.
- Obrigado, senhorita Munford. - Luke respondeu tão irônico quanto ela, saindo do quarto visivelmente irritado e com uma péssima impressão da mulher.  
~*~
- Jamie? Posso entrar? - Nina perguntou entrando no quarto do rapaz, que assim que a viu escondeu algo debaixo do travesseiro - Está chorando? 
- Não, imagina! - O moreno passou a mão pelo rosto, secando as lágrimas e se ajeitando na cama. - Está tudo bem. 
- Não está não. - A menina caminhou até ele, sentando-se ao seu lado - Enquanto não disser porque está triste, não saírei daqui! 
- Você é tão teimosa quanto eu - Ele deu um sorriso triste - É que descobri que armaram para cima de mim. Sua mãe e eu fomos vítimas de uma armação cruel pra nos separar e é por causa disso que não pude ver você crescer. - Voltou a chorar. 
- Não fica assim, Jay! - Nina o abraçou com carinho - Mas como assim armaram pra te separar da mamãe? Quem fez isso? - Perguntou segurando o rosto  
- Eloise me revelou toda a verdade, Nina. Não só sobre a verdadeira amizade sua com a Gabriela como do que realmente aconteceu no passado. Eu nunca soube da gravidez da sua mãe porque alguém impediu que eu soubesse! E essa pessoa, além disso, ofereceu dinheiro para sua mãe sumir no mundo com você, afirmando que não queria saber de vocês, mas é mentira! Se soubesse que seria pai, juro que assumiria a Dak, você... Que seríamos uma família! Naquela época, era tudo que eu mais queria. 
- Naquela época? Hoje não mais? - Nina o questionou fazendo biquinho. 
- Hoje não tenho certeza se Dakota, você e eu conseguiríamos ser uma família de verdade porque não sou mais aquele Edward. Mudei muito, me tornei alguém que nunca quis ser, me perdendo de mim mesmo aos pouquinhos. Adoraria que fossemos uma família como aquelas de comercial de margarina, mas não sei se aquele Jamie do bem ainda existe. 
- Pois eu acho que existe sim. - A menina pôs a mão no peito dele - Aqui dentro. E se depender de mim, ainda seremos uma dessas famílias! - O Dornan acabou sorrindo - Mas quem você acha que armou para nós? Foi a bruxa da Kim, não é? 
- Ela negou ter sido ela. 
- Pois tenho certeza que foi sim! Mais um motivo para aquela cobra loira pagar, ela está na minha lista negra e não é de hoje. 
- Nina, deixa que cuido disso. Você é muito criança pra se meter nessas coisas. 
- Já disse que sou uma adolescente, Jamie! Que mania de me chamar de criança toda hora. - Jogou um travesseiro no pai. 
- Não é mania, é a mais pura verdade mocinha! - Jamie retrucou jogando outro travesseiro na filha, que deu risada dele.  
~*~
- Eric, preciso dos seus serviços! - Rita falou assim que encontrou o moreno na garagem de casa - Estou sentindo falta de voltar a cantar e ando com alguns planos na cabeça. Enfim, preciso de segurança para... Me proteger dos paparazzi porque acabei divulgando minha volta nas redes sociais agora pouco. 
- Já ouvi uma ou outra música da senhorita nas rádios anos atrás. - Eric comentou ajeitando seu paletó - Para onde iremos? 
- Para o estúdio de gravação! Está na hora de Rita Dornan voltar a ativa! - A loira respondeu enquanto ele gentilmente abria a porta do carro para que a loira entrasse no mesmo. 
~*~
Kim caminhou a passos largos assim que entrara em um discreto restaurante da zona leste de LA, já quase de madrugada.  
Sentou-se em uma mesa afastada do local, mas manteve os óculos escuros e uma peruca preta sob os cabelos verdadeiros. Segundos depois um homem mal encarado entrou no local, sentando-se com ela. Após fazerem seus pedidos aos garçons, ambos iniciaram a conversa.  
- Podemos começar logo dona? É que tenho outros serviçinhos para fazer, sabe? - O rapaz de olhos e cabelos escuros disse coçando a cabeça - Meu nome é Karl, muito prazer. - Estendeu a mão para ela, que se recusou a aperta-la. 
Sem graça, ele guardou a mão no bolso da jaqueta novamente. 
- Imagino o tipo de serviço que irá fazer. - A loira o mediu de cima a baixo, fazendo cara de nojo - Você foi muito bem indicado por um antigo amigo para fazer o tipo de serviço que... preciso que faça.  
- E o que quer que eu faça, dona?
- Quero que ache esse homem aqui... - De sua bolsa, a empresária tirou uma foto e  entregou ao criminoso - E livre-se dele. 
- Quer que eu mate esse carinha aqui?
- Fale mais baixo! - A loira mandou olhando para os lados - Mas sim, quero que se livre dsse homem para mim. 
- Por quê quer que ele morra? Aliás, qual seu nome dona? 
- Não interessa meu nome, sobrenome, nem nada disso e sim, o dinheiro que estou disposta a te dar para que realize esse serviçinho para mim. Sejamos mais práticos para que todo esse inferno acabe logo. 
- É, é verdade. - O bandido concordou analisando a foto com cuidado - O que mais? 
- Depois que matar esse homem, quero que vá atrás dessa vadia aqui - Entregou mais uma foto à ele, desta vez de Dakota - E faça o mesmo que fizer com Laurent, com um pouquinho mais de requintes de crueldade, é claro. - Explicou dando um sorriso maldoso - Está disposto a fazer isso para mim, Karl? 
- Depende da grana que esteja disposta a pagar, madame. - Deu um sorriso sacana. 
- O que acha de 100 mil dólares? 
- Tudo isso? - Karl arregalou os olhos - Por 100 mil faço o que a senhora quiser, negócio fechado! 
~*~
- Assim nós vamos acabar batendo esse carro, Victot! - Dak reclamou olhando a todo momento para trás, com medo de ser alcançada pelo outro carro que estava atirando contra eles, em busca de furar seus pneus. 
- Você que mandou acelerar, Dakota! Se  diminuir, eles vão nos alcançar e vamos morrer! - O moreno retrucou abrindo o porta-luvas com a outra mão e tirando as armas de dentro dele. 
- O que está fazendo? - A morena perguntou assustada. 
- Precisamos nos defender. Ou é eles, ou somos nós! - Entregou a arma dela - Atira contra eles! - Falou tomando a atitude de atirar contra quem os perseguia, tentando não deixar de prestar atenção no volante. 
Mesmo estando com muito medo, Dak obedeceu, colocando a cabeça para fora do carro assim como Victor, mirando e atirando no carro de seu algoz. 
No meio de toda aquela adrenalina da perseguição, ambos viram seus inimigos alcança-los, dando uma fechada neles ao pararem o carro na frente deles que foram obrigados a frear, para evitar um acidente ainda maior.  
- E agora, Vic? - Dak engoliu em seco - O que vamos fazer? - Indagou ao ver dois homens armados e encapuzados saírem do carro e caminharem lentamente na direção deles. 
- Ainda tem bala na agulha? - Victor perguntou. 
Dakota checou sua munição. 
- Tenho sim. 
- Então vamos lá. - Victor falou puxando o gatilho e a partir daí, uma grande chuva de tiros fora ouvida. 

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Espero que tenham gostado desses dias de capítulos diários e que tenham conseguido matar a saudade desses personagens todos 💚

Semana que vem pretendo maratonar outra fic💚

Não deixem de votar e comentar nos capítulos, é muito importante para mim. Beijos!

Treinando O PapaiOnde histórias criam vida. Descubra agora