Chapter 11~

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Sou acordado por alguns brilhantes feixes de luz que passam pela janela do quarto e acertam bem na minha cara. Meus olhos ainda estão pesados, mas assim que me viro para o lado vejo Millie, eu dormi no hospital, me viro para o outro lado e pego meu celular que estáva em cima de um criado mudo, checo as horas, são exatamente 9am, preciso acordar Millie para que ela possa se preparar para a cirurgia.

- Millie... São nove da manhã, hoje é o grande dia, você tem que se preparar! -digo sacudindo seu braço levemente. -Millie! Para de se fazer de difícil! Acorda logo! -digo rindo enquanto tento acorda-la.
Millie não da resposta alguma.

- Millie? É sério, você tem que acordar! -digo e não obtenho resposta.
Logo me levanto da cama desesperadamente e vou direto a procura de ajuda.

- SELIA! SELIA! POR FAVOR! ALGUÉM AJUDA!

- Finn! Meu Deus! O que houve? -diz Selia tentando me acalmar.

- É a Millie. Ela não acorda. -digo.
Então Selia toma a frente e vai correndo para o quarto de Millie.
A porta é mantida aberta, vejo Selia indo até a garota e sacudindo a mesma, enquanto grita seu nome.

...

É incrível como as coisas acontecem tão rápido, tão derrepente. Hoje me encontro parado com os braços cruzados, vestindo um terno preto, com os olhos marejados, olhando para o chão, sem dizer uma palavra, ou me mover. Me encontro presente no enterro dela, no enterro da pessoa mais importante pra mim. As palavras que são ditas na cerimônia, são ouvidas abafadas.
Logo, várias pessoas deixam flores, e vão saindo aos poucos, eu continuo alí parado, até que todas as pessoa que haviam comparecido fossem embora, então eu me aproximo do túmulo, e me agacho, e assim coloco minha mão no bolso, e do mesmo retiro a florzinha, a florzinha branca, que agora já estáva bem ruim, mas ainda sim, era a flor que eu dei para Millie, e a mesma eu coloco sobre o túmulo, afastada de todas as outras grandes quantidades de flores.

- Finn? -ouço a voz de Selia. - Tenho uma coisa pra você... Pode passar no hospital mais tarde? -diz Selia, e eu apenas digo que sim com a cabeça, e então Selia logo também vai embora.




Andando pelas ruas, usando todas as forças que eu tenho para não cair em lágrimas, enquanto caminho pela calçada. Então paro em frente à uma casa de cor marfim, e caminho até a porta e logo dou algumas batidas na mesma e em instantes é aberta.

- Finn?

- Oi Sadie...

- O que houve? Você estáva chorando? Aconteceu alguma coisa? -pergunta a garota.

- Será que você pode me acompanhar até um lugar? -digo sereno.

- Claro...

Então Sadie sai de sua casa, e começa a caminhar ao meu lado, enquanto eu seguia o caminho em silêncio.

- Mas o que aconteceu? -ela pergunta.

- Sadie! Só... Vamos ir em silêncio, sem conversar... -digo completamente cabisbaixo.

Então, dentro de poucos minutos, chegamos ao hospital, e eu logo adentro o mesmo e Sadie me segue.

- O que a gente ta fazendo aqui? -ela questiona. Não a respondo, apenas continuo andando.
Então estamos no terceiro andar, corredor cinco, eu caminho calmamente até a porta de número sete, e dou algumas batidas, e depois de algum tempo ela é aberta.

- Noah? -diz a ruiva ao meu lado.

- Sadie! -diz Noah.
Logo Sadie da um abraço no garoto, dizendo como era bom estar com ele, eu apenas sorrio e vou até a porta de número onze e dou algumas batidas, mas infelizmente Millie não abriria a porta, nunca mais, e isso é uma tortura.

- Oi Finn. Entre. -diz Selia, e assim faço. - Eu te chamei aqui pra... Te entregar isso... -ela diz me entregando um álbum.

- Obrigado... -digo.

- De nada.

- O que... O que vão fazer com o pulmão? -pergunto.

- Vamos dá-lo para o Noah, assim como Millie havia pedido.

- Entendi... -digo e vou logo para o corredor.

- Adeus Finn! E obrigada por ter feito a minha menina feliz. -diz Selia.

- Tchau Selia. -digo e vou caminhando para as escadas, e passo pela porta de número sete, que se encontrava fechada, mas a persiana da janela se encontrava aberta e pude ver Noah e Sadie conversando e rindo, isso fez me sentir bem.
Então saio enfim do hospital, e caminho para outra direção, direção contrária de minha casa. Vou até o morro, onde fiz um piquenique para Millie, e subo o mesmo, sozinho, ainda com o álbum em minhas mãos.
Então chego lá em cima, coloco o álbum sobre a grama e me sento ao lado do mesmo, e observo o céu, o céu escuro, com várias estrelas, e uma bela lua.
Então pego o álbum novamente, e assim que o abro, um envelope de cor branca, cai em meu colo, e eu pego o mesmo e o abro bem devagar e com as mãos trêmulas.

Oi Finn!  Escrevi essa carta pois eu já sabia do que estáva destinada...
Eu queria te dizer... Na verdade, te agradecer, por ter me feito a pessoa mais feliz do mundo, quando antes eu apenas fingia ser feliz, você me trouxe a verdadeira felicidade! Quero te agradecer pro ultrapassar os limites só para me ver feliz, só para me deixar bem.  Lembro de quando me levou para ver o por do sol enquanto tinhamos um piquenique, e depois fomos em um lugar incrível com vagalumes, tomamos banho de chuva, que foi o meu primeiro e único. Também lembro de quando te levei para conhecer minha "galeria de artes", e te dei  uma de minhas pinturas. Lembro que quando foi no meu quarto pela primeira vez, você acabou afundando no meu puffie amarelo.
Também me lembro de quando nos conhecemos, você precisava de um copo para beber água e eu me ofereci para arranjar algum pra você, e daí começou uma conversa.
Eu sei que você está triste, sei que o que aconteceu foi doído, mas eu quero dizer, aproveite sua vida, aproveita os momentos, sorria mais (porque eu sei que você tem um sorriso lindo), faça amigos e pare de brigar com a Sadie, curta seus momentos em família, momentos com amigos, faça o bem, espalhe amor... E mais uma vez obrigada por tudo.
Eu te amo Finn Wofhard!

By Mills.


Termino de ler a carta completamente em prantos, e então tomo coragem para ver o álbum, e lá haviam, fotos de nós dois juntos... Pensar que eu a perdi, para sempre, definitivamente, e eu não posso fazer nada para mudar isso.

Continuo sentado, no topo do morro, com a luz do luar em minha pele, vento refrescante batendo contra mim, e o chão rodeado de flores em cor branca... Um sussurro vem a meu ouvido e ouço sua doce voz... Tudo está bem.




Fim.

everything is gonna be okay •fillieOnde histórias criam vida. Descubra agora