[05] ㅡ beijos que incendeiam.

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Jeongguk nunca foi um cara muito fã de festas de fim de ano, ele odiava ter que conviver no mesmo lugar que tantos familiares seus. O clima aos olhos de outras pessoas poderia ser amoroso, mas cá entre nós, pra falar a verdade, ninguém aguentaria cinco minutos perto da família dos Jeon. Os primos mais novos gritando e correndo, a bebê recém-nascida de sua tia literalmente berrando sem parar, ele odeia choro de crianças. E ainda por cima, o costume de falar alto. Ah, Jeon odeia profundamente a mania de sua família de falar tão exageradamente alto como se quisessem que o bairro inteiro os ouvisse.

Para a sua felicidade, a família toda estava indo para Daegu para celebrar o natal, menos Jeongguk. E por quê? A casa não poderia ficar sozinha, além de terem duas cachorros para ficar de olho durante aqueles dias que passariam fora, o garoto não pensou duas vezes antes de se oferecer para ficar com eles e, com muita insistência, o trabalho restou para si.

Pela primeira vez, ele passaria o fim de ano sem a supervisão dos pais, sem se preocupar se seus primos estavam quebrando seu quarto ou rasgando seus preciosos hqs e arranhando seus discos. Paz era a palavra certa, ele precisava apenas ficar de olho em duas cachorras que, para ser sincero, pareciam dois anjos. Ele não teria com o quê se preocupar, a não ser a ração e limpar as necessidades que as duas iriam fazer.

Claro que havia combinado por telefone dias antes se Jimin lhe faria companhia e ele estava quase explodindo de ansiedade para o dia chegar, porque teria ele ao seu lado para passarem o natal juntos.

ㅡ Você vem mesmo, Jimin-ssi? ㅡ Ele fez a pergunta enquanto enrolava o fio do telefone nos dedos longos e magros. Mesmo que soubesse a resposta, ele queria ter um pouco mais de certeza. Céus, e se um imprevisto acontecesse e ele não pudesse mais ir, Jeon passaria o natal literalmente sozinho com suas cachorras.

Ele conseguia ser mesmo um grande pessimista.

ㅡ Eu já disse que vou, Jun. ㅡ O garoto revirou os olhos do outro lado da linha, rindo novamente e pensando no quão insistente seu dongsaeng conseguia ser. ㅡ Eu vou passar a véspera com a minha família e no dia seguinte que for natal, eu vou depois do almoço, certo? Eu não vou te deixar na mão.

ㅡ Você promete, hyung? ㅡ Ele não se deu por tão convencido.

Céus, ele andava tão carente de Jimin nos últimos dias, parecia um filhotinho de gato querendo atenção do mais velho.

ㅡ Eu prometo, sim? Eu vou estar aí fazendo companhia para o meu amorzinho. ㅡ Ele sussurrou a última palavra.

ㅡ É sério que você acabou de me chamar de amorzinho? Isso é tão brega, Jimin.

ㅡ O amor é brega, Jeongguk-ah. Brega e clichê. ㅡ Logo disse o Park. ㅡ Mas se você preferir, eu posso apenas te chamar de amor...

ㅡ Aigo, sério?

ㅡ Sim, meu amor. ㅡ Jimin deu uma risadinha, ele agradecia aos céus que ninguém estava ali vendo a situação de extrema decadência que eram suas bochechas queimando pelo apelido carinhoso e aquele sorriso que faziam de seus olhos meia lua.

ㅡ Porra. ㅡ Jeongguk soltou um palavrão e apertou os dedos no fio do telefone. ㅡ Me chama assim de novo, vai.

ㅡ De meu amor, Jun? ㅡ Ironizou. ㅡ Meu amor, só meu.

ㅡ Só teu, hm? ㅡ Ele afirmou com aquele típico sorriso apaixonado rasgando seu rosto. O estômago cheio de borboletas, as mãos formigando e o frio na barriga, totalmente eufórico. ㅡ Você... v-vai dormir aqui quando vir pra cá?

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⏰ Última atualização: Jul 31, 2019 ⏰

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eighty's summer ㅡ jikook.Onde histórias criam vida. Descubra agora