epílogo

1.3K 138 57
                                    

Negação

Havia duas horas que Taehyung estava sentando no banco de frente do local que fora transformado em poeira e pedaços. Médicos e polícias ja tentaram o tirar de lá, mas ele não queria. Kim não aceitava que Namjoon estava morto. Após ele ter saído do local os homens que estavam com Namjoon saíram do prédio tentando afastar a multidão de perto, pois segundos depois o prédio caiu.

Namjoon não estava entre eles, e Taehyung não queria acreditar que ele estava no meio das pedras e poeira. Então lhe restou ficar sentando enquanto reviram nos pedaços do prédio em busca de alguém. O problema era que o prédio era de subsolo e parte afundou. Taehyung olhava concentramente para toda pedra que era tirada. Esperando ele aparecer, mas ele nunca aparecia.

Vamos ter que evacuar o local, o senhor precisa ir.  ㅡ disse um policial após tocar o ombro de Taehyung chamando a sua atenção. ㅡ Quer que ligue para alguém?

ㅡ Eu quero esperar por ele.

ㅡ Ele quem?

ㅡ Namjoon, ele estava no prédio.

ㅡ Olha, a equipe ficará aqui até o máximo de tempo possível, você não pode fazer nada então vá para casa. Se encontrarem alguém vai ser avisado nos noticiários.

ㅡ Eu quero esperar por ele aqui.

O policial suspirou e sentou-se ao lado de Taehyung.

Que tal fazermos algo, você me dá o seu número que se acharmos qualquer corpo eu te ligo, que tal?

Kim olhou para ele. ㅡ Ele está vivo, vocês não acharam um corpo.

ㅡ Você não sabe disso, eu não sei disso. Mas eu preciso muito que você vá agora.

Taehyung aceitou sua derrota e deu o número de Jungkook já que havia perdido seu telefone no prédio.

O meu nome é Kim Seokjin, e o seu?

ㅡ Kim Taehyung.

ㅡ Eu percebi que sua perna está machucado, aliás ele está inchado. Há uma ambulância, ela é última. Vá nela e olhe o seu tornozelo.

ㅡ Ah é. Eu esqueci, nem doi mais.

ㅡ Mas é melhor você ver isso.

Quando Taehyung tentou levantar a sua perna doeu tanto que ele soltou um grito e voltou a se sentar-se. Seokjin colocou os braços de Taehyung em seu ombro e abraçou sua cintura e o ajudou a levantar. Eles foram até a ambulância onde Taehyung ficou sozinho no lado de trás, perdido em seus pensamentos.

Ele não queria aceitar. Não era possível. Era o que pensava.
Parte de si acreditava que Namjoon ia sair de lá. Ele não pode estar morto, pensou. O meu Namjoon não pode estar morto. E ele negou durante tempo demais. A sua mente já sabia: Namjoon está morto, mas seu coração não aceitava e isso doia tanto. Até um pouco mais do que o seu coração.

Raiva

Taehyung destruiu o seu quarto. Ou melhor, o quarto de hóspedes de Jungkook. Três dias depois do acidente Seokjin havia ligado e disse que corpos foram encontrados e segundo os testes de DNA, Namjoon estava entre eles.

Objetos estavam espalhados pelo o chão inteiro. Alguns intactos, outros, quebrados. Mesmo com a dor em seu tornozelo Taehyung não parava de destruir as coisas. Taehyung se sentia revoltado. Não era possível, pensou ele jogando um objeto contra a parede. Ele sentia raiva. Raiva de si mesmo é raiva de Namjoon. Por que ele continuou no maldito prédio?, se perguntou.

Doll | Vmon Onde histórias criam vida. Descubra agora