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Coreia do Sul - Seul
     Jenna Parker

Ontem acabou sendo uma noite bem agradável, menti para Jackson que tinha plantão ontem, não sei por quê fiz isso. Mas eu queria jantar com meus tios, precisava falar com tia Yumin, nós conversamos sobre muitas coisas inclusive sobre Wang, ela acha que eu deveria "investir" nele mas não tenho certeza se devo fazer isso, mas o surto que a mesma teva quando contei sobre ter "dormido" com Jackson foi o mais engraçado, ela achou estranho por não nos conhecermos direito, mas concorda que isso não faz de mim uma qualquer a opinião dela é muito importante para mim me sinto melhor por ela achar isso.
Hoje acordei as quatro da manhã como nos outros dias, mas algo parecia diferente, estava ansiosa, não sabia o que vestir, Jackson quer almoçar comigo hoje, como ele iria me buscar no hospital eu precisava estar pelo menos... Apresentável?!
O clima estava frio, me deixando com poucas opções de roupa, então coloco um casaco bordô sobre a camisa simples, uma calça jeans preta com saltos bege.
  O longo corredor branco estava quase vazio, algumas poucas enfermeiras passaram por mim e me acenaram fiz o mesmo e continuei meu caminho, a troca de turnos é o melhor horário os pacientes são poucos para atender. Sinto uma mão sob meu ombro e viro bruscamente lara trás, sorrio nervosa e encaro Jinyoung
— Você me assustou... Está indo para casa Jin? — Pergunto disfarçando o susto e ele ri sonolento
— Sim, graças a Deus meu turno acabou. Tive que ficar a noite toda ajudando na emergência — Ele passa a mão sobre os ombros massageando-os
— Sei com é, lá pode ser bastante estressante — Faço uma careta
Jenny você quer jantar comigo hoje? — Arregalo os olhos surpresa, abro a boca e a fecho algumas vezes sem saber se ele está me convidando como amigo ou não
— Eu não sei... Preciso...
— Ver seu turno? Tem razão me desculpe por perguntar assim derrepente, mas somos amigos a tanto tempo e nunca saímos jantar — Jinyoung coça a nuca e sorri constrangido — Me mande uma mensagem quando decidir, até Jenna — Antes que pudesse responder ele já estava indo em direção contrária à minha, bom se for um jantar de amigos não vejo problema em ir mas quando encontrar Jackson no almoço vou falar pra ele.
Entro em minha sala e como de costume, ainda nem cheguei mas preciso ver alguns exames. Ligo o computador em minha mesa e sento na cadeira girando na mesma enquanto a máquina liga. Meu celular começa a tocar escândalosamente, olho no identificador de chamadas e o nome de minha mãe está piscando, encaro o celular, ele toca mais três vezes, contra minha vontade mas com muita curiosidade para saber o que ela quer, atendo

— Jenna, não desligue, sou eu, sua mãe
— O que você quer? Eu já disse que não quero falar com você!
— Faz sete anos que seu pai morreu, foi a escolha dele!
— Repita isso e eu desligo — ela respira fundo
— Eu, bem, eu vou embora de Milão, eu sinto falta da minha família
— Eu não tenho nada a ver com isso
— Você é minha família!! — Exclama irritada
— O que quer que eu faça?? Seja direta
— Eu comprei passagem para a Coreia, eu quero ficar com você — Começo a rir
— Não, porque não volta para a casa com o papai? Espera ele se matou por sua culpa! — Desligo frustrada, por que a vida é assim? Quando tudo está entrando nos eixos alguma coisa volta para atormentar. Eu Charlotte - Infelizmente a mulher que me pariu - Temos problemas de longa data, talvez "problema" não seja a palavra adequada mas sim ressentimento. Alguns anos atrás ela conheceu um homem e eles se "apaixonaram" não costumo ser preconceituosa mas ele é vinte anos mais novo que Charlotte, esse caso dela fez as brigas aumentarem entre ela e o meu pai, então ela decidiu que meu pai não era mais suficiente e pediu o divórcio, nem esperou meu pai assinar os papéis e em uma semana ela já tinha vendido a clínica da família e foi morar em Milão. Três dias depois, a empregada achou meu pai morto na cama, ele tinha tomado vários remédios e teve uma overdose. Eu já morava na Coreia a um ano quando isso aconteceu e isso me destruiu completamente, nunca me recuperei, fiz diversas terapias e tive crises de ansiedade e nervos, com o passar do tempo eu entendi, eu nunca iria seguir em frente, porque certas coisas nós nunca superamos, larguei a terapia e decidi viver dia após dia com aquela dor até que ela se tornasse suportável, dizem que os momentos ruins ficam conosco para sempre, elas nós fortalem é assim que evoluímos como pessoa.
Respirei fundo e voltei a atenção ao computador, mas aquela conversa tinha me desestabilizado mentalmente falar sobre meu pai tinha esse efeito sobre mim, ele era a pessoa mais importante da minha vida, apesar de todas as nossas brigas ele era meu ídolo e nem tive a oportunidade de dizer isso para ele.
Uma enfermeira abre a porta de minha sala afobada
— Você precisa me acompanhar doutora Parker — Mordo os lábios e me levanto com rapidez, nem tive tempo de me organizar!
— O que aconteceu? — Me apoio na porta antes de fecha-la, droga me levantei muito rápido e fiquei tonta
— Um acidente de carro, tem uma criança muito machucada e o doutor Hiro disse para chamar a senhorita — Concordo e a sigo assim que minha vista volta ao normal.
Minha cabeça doía tanto que a qualquer momento ela iria estourar, estava me preparando para uma cirurgia de emergência já que precisávamos remover uma *obstrução localizada no pulmão do menino, já havia colocado a roupa de costume e estava desinfetando os braços com o sabão especial,  mas conforme os lavava minha cabeça rodava e comecei a ficar ainda mais tonta que antes - Como vou fazer uma cirurgia nesse estado?! - Pego alguns papeis e seco as mãos  e me seguro na parede, minhas mãos soavam frio e a tremiam. Acho que estou tendo uma crise de pânico.
— Dra. Parker? Nós já estamos prontos só falta a senhora — Diz uma enfermeira ao entrar na sala, respiro fundo e a encaro  com dificuldades
— O quê estamos esperando então?! Vamos logo — Caminho devagar atrás dela a seguindo até a sala de cirurgia, acho melhor dizer que não estou apta para realizar está cirurgia.
Um enfermeiro vem até mim e me ajuda a vestir o avental azul, seguro nas mãos dele e sinto minhas pernas bambas
— Chame outro médico  — O enfermeiro faz uma careta, respiro fundo e me viro em direção da porta, minha vista embaça e tudo parece branco de mais, o chão girava freneticamente, perco o controle de meu corpo e caio no chão, alguns enfermeiros correm até mim mas tudo apaga e não consigo pensar direito.

                 ──────≪✷≫──────

Hummm🤰🏻🤱🏻

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Kisses Kisses 💖

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