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PARK JIMIN

Abri os olhos, mas era como se eu ainda estivesse dormindo. Meu corpo não respondia aos meus comandos. Fecho os olhos, tentando voltar ao sono, mas o despertador berra no meu ouvido novamente. Pego o pequeno objeto e jogo do outro lado do quarto, sorrindo quando ouço o barulho do despertador quebrando.

— Sr. park? — Ouço Baekhyun, o mordomo da casa que cuidava de tudo — inclusive de mim —, batendo na porta.

Inferno.

— O que foi, porra? — Abri a porta vendo o criado parado na porta com o café.

— Desculpe-me, são 14:30. — Fiz uma cara de "foda-se as horas." enquanto esperava ele prosseguir com o que veio para me dizer. — Trouxe o café.

Ele disse e abaixou a cabeça quando peguei a bandeja de suas mãos. Bati a porta na cara dele e deitei na cama novamente, ligando a televisão e assistindo um sitcom qualquer que passava.

— Minie! — Ouvi uma voz feminina saindo do banheiro e revirei os olhos.

— Oi, Taeyeon. — Ela veio até mim e tentou me dar um beijo, mas virei a cara na mesma hora. — Já não está na hora de você meter o pé, não?

— Como assim, Minie? — Odiava esse apelido e odiava mais quando saía da boca suja dela. Taeyeon era o tipo de mulher que não havia se tocado como funcionava comigo.

Sexo. Uma noite e só. Nada de trocar números, exceto quando uns fodem tão bem que eu repito a dose algumas vezes.

— Sair da minha casa. Ir embora. Ralar o peito. Meter o pé. Vazar. Descer pelo esgoto, entendeu? — Ela fechou a cara, pegou suas roupas e foi em direção a porta.

— Você é vazio, Park Jimin. Um ser humano podre. Podre até o caroço. — Ela disse antes de sair e bater a porta.

Olhava debochadamente enquanto ela gritava com Baekhyun na saída. Deitado ainda na minha cama, comi uma uva e ri do desespero dela em tentar me colocar pra baixo. O que essa mulher disse são elogios perto do que eu já ouvi. Entediado, decidi ligar para meu melhor amigo.

Jimin! — Alguém atendeu, gritando meu nome; mas não era Taehyung. Era Yoongi.

— Eu mesmo, hyung.

O que você quer, empata-foda? — Disse, e eu acabei gargalhando mais alto que eu esperava. Era engraçado ver a relação que Taehyung e Yoongi tinham de amor e ódio.

— Oh, então você está com Taehyung? Vocês estão fodendo? Vou ligar a chamada de vídeo. — Brinquei, rindo e imitando um gemido.

E com Taehyung. — Ele disse, sério.

— Que tipo de orgia é essa? — Perguntei, fazendo um tom irritado. — E, por qual motivo eu não fui convidado?

Tchau Jimin. — Dessa vez, foi Taehyung quem disse.

Tomei um banho e me arrumei para o trabalho. Uma calça skinny preta, que moldava bem a minha bunda, uma camisa social florida, e botas. Eu era meu próprio chefe, ou seja, não precisava usar uniforme.

Com o que eu trabalho? Casamentos. É algo engraçado porque eu não acredito no amor. Mas, eu gosto de ver os noivos iludidos me dando todos os seus milhares de dólares para fazer uma cerimônia para algo que vai durar, no máximo, dez anos. Eu sou coreano. Nasci em Busan. Mas, me mudei para Ohio para começar minha carreira há 8 anos e depois de sofrer preconceito por ser coreano — americanos xenófobos nojentos — consegui chegar aonde cheguei.

Estacionei minha BMW dentro do prédio onde se localizava minha empresa e entrei no meu escritório, sendo cumprimentado pelos meus funcionários que me chamavam apenas de Park, pois além de serem xenofobós, ainda são burros e não sabem pronunciar o nome Jimin.

— Sr. Park? — Olhei em direção a Jisoo, minha assistente. — Tem um cliente novo na linha.

— Jimin. — Peguei o telefone, sem tirar os olhos do meu celular, onde eu passava os olhos pelo Tinder.

— Boa tarde, Jimin. — Para minha surpresa, o homem do outro lado da linha pronunciou perfeitamente o meu nome. — Desejo contratar os seus serviços como organizador, me falaram muito bem de você.

— Sempre falam. — O homem do outro lado da linha riu e eu pude sentir o mesmo revirando os olhos. — Como você se chama?

— Jeon Jungkook.

sex&marriage | jikook versionOnde histórias criam vida. Descubra agora