Segunda-feira, 4 de Abril de 2006

171 7 2
                                    

Era o dia do meu 8.º aniversário. Acordei com a minha mãe e o meu pai a catar-me os parabéns com um pequeno bolo de chocolate, o meu preferido.

A minha mãe deu-me uma pequena boneca e o meu pai deu-me uma pequena caixa que ainda se encontra embrulhada. Foi a última vez que os vi juntos.

Havia sempre discussões que eu fingia não ouvir sobre o vício de meu pai e o facto de ser o miserável ordenado de empregada de limpeza da minha mãe a sustentar-nos. Mais tarde ou mais cedo a separação teria de acontecer.

Segunda-feira dia de escola, a coisa mais divertida de sempre é passar o aniversário na escola, se bem que nessa altura eu era uma criança pequena e inocente que adorava a escola, estar com os amigo, andar a correr, ... era uma criança feliz apesar de tudo.

Mas a partir da tarde desse dia tudo mudara. Mudei eu.

O meu pai foi-me buscar 30 minutos antes escola acabar algo que estava mal. Levou-me para casa onde ficou 40 minutos sentado sem dizer nada, simplesmente olhando para mim como se eu fosse um quebra-cabeças difícil de responder.

Passado os 40 minutos chegou a minha mãe lavada em lagrimas, e assim os país discutiram sobre algo que eu não prestei muita importância, a partir desse dia não voltei a ver o meu progenitor.

Numb  a.i.Onde histórias criam vida. Descubra agora