CAPITÚLO 11- ALGO INESPERADO

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*PDV de Grace*

    Entrei na delegacia. Fui até o encontro dela. Eu fiquei esperando na recepção por um tempo. Depois, ela chegou.
 -" Grace?!"- Nada falei. Apenas fiz um sinal com a cabeça para ela me seguir. Ela muito confusa, obedeceu. Entramos no meu carro e, eu comecei a dirigir. Ficamos em silêncio por um bom tempo.
 -" Por quê fez isso?"-
 -" Pensei no que me disse ontem. Eu realmente não me importo com nada além do dinheiro."-
 -" Desculpa, foi bem rude da minha parte."-
 -" Na verdade, eu te peço desculpas."-
 -" Não eu..."-
 -" Me escuta. É verdade sim. Minha vida inteira eu observava ele. Como ele era poderoso e, tudo mais. Ele nunca ligou de verdade para mim. Nem para mim e, nem para a minha mãe. Eu queria ficar rica para que ele me notasse e, me reconhecesse do jeito que eu acho que merecia. E, quando você entrou..."- Dei um grande suspiro. -" Você era perfeita! Fazia tudo na maior dedicação e, paciência. Era tão na sua e, ao mesmo tempo, todos te adoravam. Todo mundo achava que eu era a filinha de papai mimadinha que só conseguiu a porcaria do emprego por quê o dono era o meu pai. Eu me esforcei demais! A única coisa que eu queria era reconhecimento. E, olha. Consegui."- Disse sem nenhuma animação.
 -" Nossa! Eu... não sabia."-  Mais silêncio. -" E... a sua mãe?"- Ela perguntou.
 -" Meu pai tratava ela muito mal. Ela ficou muito doente e... não aguentou. Morreu quando eu tinha 12 anos."-
 -" Meus pêsames!"-

*PDV de Emilly*
    Vi uma lágrima escorrendo do rosto dela. Fiquei com pena. Muita pena. Ela não é tão ruim assim. Só precisava de um amigo. Não tinha ninguém.
 -" Quando eu tinha 12, eu frequentava a escola. Não tinha amigos, minha mãe sofria todos os dias num emprego bem difícil. O salário era pouco. Me xingavam por pouca coisa. Minha vida foi bem dura também. Mas, sabe? Eu acho que perdi tempo demais. Eu era uma criança e, cresci com todo esse rancor no coração. Vingança era tudo o que eu queria, assim como você queria reconhecimento. Eu acho que deveria ter aproveitado o que eu tinha. Não reclamar do que eu não tinha. Agora eu não tenho mais nada."-
 -" É, acho que eu supero. Ele nem gostava muito de mim mesmo."-
 -" Nós superamos e...desculpas aceitas. E as minhas?"- Dei um sorriso e, ela retribuiu.
 -" Sim."- Chegamos no prédio onde morávamos.
 -" Grace, como você sabia sobre a empresa?"-
 -" Er.. Eu tava dando uma olhada em uns documentos e, vi a carta. Fiquei com ciúmes."- Demos risada.
 -" Por quê será ele deixou para mim? Minha mãe dizia que ele nem sabia da minha existência."-
 -" Tive uma ideia."- ...

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