Desabafos Poéticos

Ciclo Vicioso

Vou dormir pensando quando isso vai acabar e terei paz, mas
Acordo com a alma vazia, entre vômito e azia, pereço viver entre animais
Sou meu próprio refém, sinto como se estivesse preso em Alcatraz

A morte se aproxima, eu digo que não tô no clima e ela me convida outra vez
Vivo cada dia aproveitando o presente, evito todo dia ter que olhar o que deixei
Lá no passado, lembrar dos momentos amaldiçoados não é opção eu sei

Olho para o presente, quero o mundo e quero agora antes que seja tarde e passe da hora
Foda-se o futuro, foda-se o passado se essa merda fosse boa não teria ficado na masmorra
Enterrado no fundo da minha mente com coisas que bloqueei e não mais me importa

Cheguei a conclusão que a vida não tem mais sentido
Coisas boas ao redor se transformam em empecilho
Brinco com fogo, mijo gasolina, eu rio na cara do perigo

Vivo num loop infinito repleto de incertezas
Confusões bagunçam minha mente e inimigos não querem que eu veja
Não dou a foda para o quê cês querem que eu seja
Mas se continuar aqui vai ter sua cabeça posta numa bandeja

Vivo num loop infinito repleto de incertezas
Rodeado por demônios que me levam a loucura e minha alma almejam
Não dou a foda para o quê cês querem que eu seja
Porque a única coisa que eu quero é que você desapareça

É eu sei que isso não traz alívio, me ne frego, meu querido
Coleciono corpos, empilho ossos e adquiro inimigos
Pessoas são hienas famintas prontas pra te engolir vivo

Se eles são hienas então serei um guepardo
Afastando qualquer um que queira atrasar o  com a morte
Às vezes sinto que já não tenho mais noção da realidade
Por um lado é bom pois me refaço, mas por outro talvez seja falta de sorte

Me perguntam se ela é uma opção, sim ela é, inclusive pra você
Mas partir das minhas próprias mãos não, eu garanto isso não vai acontecer
Se realmente me quer, pega a visão porquê aqui o ensinamento é Molon Labe

Vivo num loop infinito repleto de incertezas
Confusões bagunçam minha mente e inimigos não querem que eu veja
Não dou a foda para o quê cês querem que eu seja
Mas se continuar aqui vai ter sua cabeça posta numa bandeja

Vivo num loop infinito repleto de incertezas
Rodeado por demônios que me levam a loucura e minha alma almejam
Não dou a foda para o quê cês querem que eu seja
Porque a única coisa que eu quero é que você desapareça

Cansado de ouvir o mesmo papo de "tua atitude tá estranha"
Lembra no passado eu dei a chance e tu fez o quê? negou a porra da barganha
Agora é tarde não reclame quando eu cortar a porra da tua garganta

Tudo isso é esquisito mesmo, eu não nego, mas omito o que eu sinto
Que está tudo indo pelos ares, mas não exponho, mantenho sigilo
Dos animais que convivo, sei que não posso mostrar os sentimentos malditos

Como abutres famintos procuram uma brecha, sem dar trégua
Se tu for fraco vai acabar na miséria
Só os mais fortes sobrevivem, assim é a porra da lei da selva

Perdi o meu propósito, isso é óbvio, penso escrevendo no escritório
Esssa é minha fuga para sair do ócio
Dinheiro é bom, sim eu concordo, mas será que a vida é feita só de negócios?

Vivo num loop infinito repleto de incertezas
Confusões bagunçam minha mente e inimigos não querem que eu veja
Não dou a foda para o quê querem que eu seja
Mas se continuar aqui vai ter sua cabeça posta numa bandeja

Vivo num loop infinito repleto de incertezas
Rodeado por demônios que me levam a loucura e minha alma almejam
Não dou a foda para o quê querem que eu seja
Porque a única coisa que eu quero é que você desapareça