A procura de um emprego- Capítulo 4

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JOALIN

O sol em Londres resolveu aparecer nessa manhã de quinta-feira, toda a semana estava um frio, ao ver o lindo sol que estava fazendo sinto falta da praia de Cancún, quase todos os finais de semana eu e Sabina ia praia pegar um bronze.

Bailey não falou comigo desde a última vez que achou que podia mandar em mim e dizer com quem devo ou não conversar, só porque ele me viu conversando com o Josh, e por falar em Josh, ele foi super simpático comigo ontem quando fui fazer minha inscrição para entrar nas aulas de dança, ele até me pagou um lanche na cafetaria da Universidade, eu recusei de primeira, é claro, mas ele continuou insistindo, até que eu aceitasse.

Ao sair de um banho demorado por causa do que calor que está fazendo vejo Bailey assistindo TV no sofá do apartamento, ele nem se quer olha para mim, e eu finjo que nem o vi, se ele não fala, eu também não falo.

É óbvio que eu sai do banheiro vestida, pois sabia que ele podia aparecer em qualquer cômodo desse apartamento e acabar me vendo só de toalha, o que seria constrangedor para mim, já que sinto vergonha até de usar biquíni na praia, as vezes eu não gosto do meu corpo, eu tenho baixa auto-estima, o que complica muito, eu não me sinto gorda e nem magra, só não gosto do meu corpo.

Enquanto fico perambulando pelo meu quarto de um lado para o outro, decido navegar na internet a procura de um emprego próximo ao apartamento ou próximo a Universidade, já está na hora de eu lidar com a vida adulta de verdade, ter um emprego, pagar minhas contas e essas coisas toda que adultos fazem.

Após uns 10 minutos a procura de um emprego ideal para mim, acho um em uma lanchonete a uns 4 quilômetros do apartamento, demoraria uns 30 minutos de ônibus para chegar lá, no anúncio diz que há 2 vagas que é para o período noturno, de 18:00 às 23:00 da noite, um pouco tarde para voltar para casa, mas eu preciso de uma dessas vagas.

Troco de roupa rapidamente, vestindo uma calça preta, é uma blusa branca com uma jaqueta jeans por cima, e decido usar uma bota preta, uma que ganhei de presente do meu pai no meu aniversário de 18 anos.

- Aonde você vai? Bailey se levanta do sofá ao me ver saindo do quarto

- Porque o interesse? Eu o encaro

- Só curiosidade. Ele abaixa a cabeça

- Hum... estou indo procurar um emprego para não ter que ficar morando no seu apê. Respondo depois de uns segundos calada pensando se eu diria a verdade ou não

- Ótimo, assim você vai embora mais rápido. Ele volta a se sentar no sofá

- Exatamente isso, não quero viver no mesmo lugar que você para sempre. Pego a minha bolsa diante da mesinha da sala

- Espera! Ele pede

- O que você quer agora? Resmungo

- Onde fica? Você pode se perder, já que não conhece as redondezas. Ele responde logo em seguida

- Sei me virar sozinha. Digo dando as costas

- Toma o meu número, caso aconteça algo. Ele me puxa pelo braço me entregando um papel em que tem seu nome e seu número de telefone

- Já disse que não preciso! Eu devolvo o papel

- Porque você tem que ser tão teimosa, garota? Não está vendo que estou me preocupando com você! Ele parece estar chateado com a minha resposta

O destino me pregou uma peçaOnde histórias criam vida. Descubra agora