O que meus olhos escondem.

2.

EMMA'S

  Sou acordada logo cedo da manhã por um grito de minha mãe adotiva.

Cynthia- Emma, desce aqui!

  Dou um gemido alto e preguiçoso, logo caio rolando de minha cama por má vontade.

  Coloco algo nos pés e desço as escadas indo em direção a sala de estar.

  Lá vejo Cynthia sentada no sofá conversando com uma mulher acompanhada de um homem alto com um aparelho no ouvido.

  Ambos estavam bem vestidos.

Cynthia- Essa é a menina que eu falei para você. -sou então analisa pela mulher que antes estava sentada. - Ela não tem geito, já tentei de tudo. Não sei mais oque faço. Essa garota me deicha louca.

  Cynthia, a mulher que se diz minha mãe, desde que me adotou tenta me transformar em uma princesa, mas desde o momento em que recusei em me tornar uma, ela acredita que eu tenho algum tipo de problema mental ou sei lá oque.

Cynthia- Ela simplesmente não me escuta, não tem bons modos e age como se fosse um garoto. Nunca passa maquiagem e nem nada do tipo. Essa garota... -então ela me olha com repulso. - ... nem sabe dar um sorriso.

  Cynthia então dá uma pausa dramática, fingindo estar emocionada.

  Sou analisada novamente pela mulher que até agora não se apresentou.

- Que droga tá acontecendo aqui? E porque eu sou o foco do assunto? Mau acordo, não tenho tempo de me trocar ou até mesmo me alimentar, e dentro da casa onde vivo sou analizada e julgada por pessoas nas quais não confio e nem nunca as vi. Se eu for continuar sendo o centro do assunto e dos olhares também, acho que o minimo que vocês poderiam fazer é me contar quem são vocês e o quê ta contecendo aqui.

Cynthia- Viu! -ela aponta para mim como se fosse uma criança e eu a olho com desdem.

Mulher- Me desculpa a falta de educação. -me espanto com sua atitude repentina. - Meu nome é Bridget, e este é o Marcos, meu motorista. -ela aponta para o homem que mais parecia um armário.- Eu sou a cordenadora do Colégio Interno de etiqueta para meninas e meninos Madre Cabrini. -(basicamente um colégio para pessoas riquinhas e mimadas nas quais seus pais não precisam se importar).

  Faço uma cara de quem não se importa.

- Então senhorita cordenador Bridget. -falo debochada. - O quê a senhora deseja de minha humilde residência? -me curvo ironicamente.

Bridget- Viemos porque sua matricula foi concluida com êxito, e com isso, estamos aqui com a permissão de sua mãe, para te levar para o nosso colégio. Marcos irá nos levar para o Madre Cabrini, e você se instalará ainda hoje nos estabelecimentos.

-O QUÊ? QUE BOST@ É ESSA?

Bridget- E não aceitamos este tipo de vocabulario em nossas instalações.

- Então se for assim, só quero pedir uma coisa. -ela me olha curiosa. - Vai tomar no buraco onde o sol não brilha moça. -me viro e ando em direção ao meu quarto, sem nem mesmo esperar para ver sua reação.

  Se for mesmo para fazer essa merd@, vamos fazer direito.

  Pego a maior mala que encontro e coloco dentro todo meu guarda-roupa, porque de qualquer forma não tenho muita coisa. Não sou uma pessoa vaidosa. 

  Desço as escadas fazendo o barulho mais alto que consigo com as rodinhas da minha mala.

  Vou em direção a nossa empregada, a dona May, a única pessoa que realmente cuidou de mim em minha vida inteira, dou um abraço apertado na mesma como forma de despedida.

May- Não deicha aqueles riqueinhos de merd@ te entristecerem nem te influenciarem minha pequenina. -ela sussurra em meu ouvido e logo depois deposita um beijo em minha testa.

  Tia May é a melhor pessoa que já conhecia em toda minha vida.

  Pego minha mala e me posiciona em frente a Bridget.

- Eu estou pronta, e a senhorita "mademosel" -me curvo novamente da forma mais debochada que consegui.

  Bridget engoliu a seco e disse...

Bridget- Vamos Marcos.

  Já percebi que antes mesmo de chegar no colégio, já destrui a minha última esperança de ter paz.

  TÔ FUD1D@!