[0.1] seus olhos que brilham

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!LEMBRANDO QUE: os capítulos estão reescritos, mas não estão sendo betados. Portanto, pode ter erros. Qualquer coisa, só me avisar!

🚬

O barulho alto do alarme fazia-me querer gritar de tão agoniante que era. Abri os olhos e assim quando percebi que estava sozinho, levantei e fui até o eletrônico que soava o som que me acordava todos os dias. Desliguei e me joguei novamente na cama.

Eu estava em uma cama que não era a que eu cresci dormindo. Porra, não era a cama que eu dormir com ele da primeira vez. Era a cama da escola.

Não estava em uma escola comum, meus pais me obrigaram a entrar na Seoul Art School. Um internato para adolescentes no auge da rebeldia televisionada e falsa. Hormônios e desobediência.

Tipo Rebeldes sabe, eu sempre era a Roberta.

Eu gostava de estar ali, de alguma forma fazia sentir-me em casa. Eu não sei bem se era o colégio ou ele que me fazia sentir isso. Levando em consideração o fato que eu estava de pau duro aquela hora da manhã, provavelmente era a segunda opção.

Eu não me incomodava quando ele tirava a camisa no pátio porque estava calor e consequentemente exibia as belas pinturas que moldavam seu corpo delineado. Sempre levava bronca, mas não era como se ligasse. Também nunca reclamaria de quando chegava no quarto xingando as pessoas que tinham te irritado, céus, se qualquer outro ser fizesse isso eu ficaria com dor de cabeça por ouvir tantas palavras de baixo calão. Mas era ele, a forma que um simples caralho saia de sua boca enquanto seu maxilar trincado era visivelmente visto pelos meus olhos famintos, todo esse conjunto era atraente. E claro, não poderia me esquecer de quando eu era obrigado a deixar as janelas abertas às 3 p.m, porque o cheiro de maconha era forte o suficiente para me sufocar.

Não me sufocava pois me sentia mal com o odor, mas sim pois me fazia lembrar de todas aquelas noites, de você, e quando fumei pela primeira vez. Quando a primeita dose de paz ilusória entrou pelos meus pulmões e tomou conta da minha mente.

De forma alguma me arrependo de tudo o que fiz com ele e por ele. Faria tudo mil vezes, se no final do dia, ele estivesse deitado na cama, me esperando com aquele sorriso que dizia mais que qualquer palavra bonita e difícil.

[...]

- Por que você continua com vergonha de falar com ele? Porra, vocês já transaram e todo mundo sabe que você tomou chá de rola.- meu amigo, Namjoon, dizia enquanto rabiscava algo no meu caderno.

- Não é vergonha, Namjoon. Eu apenas sinto que ele não me quer perto agora.- balbuciei, a última parte foi dita como um sopro que me fez cair na realidade. Talvez ele realmente não quisesse que eu chegasse perto.

- Você fez alguma coisa? Algo de ruim?

- Eu jamais faria algo que o prejudicaria de alguma forma. - respondi sua pergunta com uma careta. Repeti a frase na minha cabeça para não me esquecer e acabar me contradizendo.

- Então vamos nos divertir um pouquinho, docinho. - me chamou pelo apelido enquanto levantava e me puxava junto. Fomos até o fundo da grande sala de aula, era um lugar onde alguns alunos iam para fazer nada e tudo ao mesmo tempo.

Alguns jogavam baralho no cantinho, outros se beijavam, uns dançavam e cantavam baixinho, e tinha os que fumavam e falavam sobre putaria e suas aventuras ao mesmo tempo.

Parece algo bonito e arrumado, mas era só uma sala abandonada no fundo do instituto, cheio de cadeiras velhas empilhadas.

Os meninos formavam uma rodinha com as carteiras e ficavam em seu próprio mundinho. Namjoon era mais próximo dos garotos, então apenas cumprimentou eles e se juntou a panelinha.

Erva, love e você | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora