Capítulo 6 - The One Where Eddie Won't Go

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Tirado do episódio dezenove da segunda temporada.

A

ideia de morar só foi por água abaixo quando me demitiram da novela Days Of Our Lives. Motivo? Eu mudava as falas do meu personagem. O pior não foi isso, foi como faria para conseguir manter-me naquele apartamento luxuoso, sem contar com as dívidas a serem pagas. Sendo assim, precisaria, urgentemente, conseguir um papel em alguma audição.

Pela manhã, procurei a Estelle, minha agente. Fui conversar com ela e explicar que perdi o papel que ela me havia conseguido.

“Olhe, querido, as pessoas são demitidas da esquerda à direita neste ramo” disse ela tentando me confortar para não me sentir culpado. “Eu já te arranjei uma audição para o Another World.”

“Tudo bem. Motorista de táxi número dois?” falei desgostoso.

“De nada” respondeu com um sorriso, sentindo-se convincente.

“Mas eu era o Dr. Drake Ramoray. Como eu posso ir de neurocirurgião para dirigir um táxi?”

“Ei, houve uma época em que eu costumava interpretar Pickle Tickle com Rick Harrison. As coisas mudam, role com elas.”

“Mas esta é um papel de duas frases, é como dar um passo para trás. Eu não vou fazer isso” respondi com orgulho.

“Joey, vou contar a mesma coisa que contei a Al Minser e sua pirâmide de cachorros. Pegue qualquer trabalho que você possa conseguir e não os desmereça.”

“Me desculpe. Até mais” falei me retirando.

Voltando para o meu apartamento, fiquei pensativo no caminho: Como poderia eu sair de um papel tão grande para um pequeno? Sim, eu sou orgulhoso! Como é que podemos nos contentar com algo tão pequeno se tínhamos algo grande? Eu acho que não é somente eu que pensa assim em relação a isso.

Por fim, quando estava quase me aproximando do meu apartamento, me encontro com o Ross, que estava vindo saber novamente como eu estava. A turma já sabia do fim de meu papel na novela, incluindo o Chandler, que ficou muito preocupado comigo. Sei o quanto ele se preocupava.

Peguei as minhas correspondências e chamei o Ross para entrar. Comentei com ele sobre o papel que a minha agente havia me arranjado, mas que eu não queria aceitar. Ross ainda tentava me convencer, mas eu apenas assentia a cabeça e dizia que não.

Já entrando no apartamento, notei que ele carregava um livro em suas mãos. Perguntei que livro era aquele. Ross me respondeu que se tratava de um livro que a Rachel leu e, depois, parecia estar chateada com ele, falando algo sobre ventos e que ele bloqueava o vento dela. Por esse motivo, comprou para ler e entender do que o livro se tratava, afinal.

“Viu? É por isso que eu não namoro mulheres que leem” falei enquanto abria uma das correspondências. “Uh-oh!”

“O quê? O que é isso?”

“É a minha conta do VISA. ‘Envelope um de dois’, isso não pode ser bom” falei arregalando os olhos e descendo o maxilar.

“Abra, abra.”

“Ai, meu Deus! Olha só! Como gastei tanto dinheiro?” apontei para um valor no papel.

“Uh... Joey? Esse é apenas o valor mínimo devido, esse é o seu total devido” Ross me mostrava o valor correto. Então pude ver que o valor era alto, dando um passo para trás de boquiaberta. “O quê? Não, não! US$ 3.500,00 em safári de porcelana?”

Joey Tribbiani: Meu Colega de Quarto (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora